Horror
- Um brinde! Aos babacas! E às garotas que partem o coração da gente. E ao horror de perder sua melhor amiga porque você foi idiota o bastante para se apaixonar por ela.
O MELHOR
É ver você
Aceito tudo
Menos te ver com alguém
Que ciúme louco
Que horror é se apaixonar
Parece que as noites não querem chegar
Parece que os dias não querem findar
Que maldade
Depois de tanto tempo
Séculos
Milênios
Te vejo de longe
Não quero dormir
Melhor é sentir
Sua presença
Perto
Bem pertinho de mim
Fizeram da morte um horror
Como se a morte fosse um malfeitor
Tiraram da morte o terror
Lá se foi da morte a principal dor
Seja bem-vinda, solidão
Seja linda porque o meu coração
Já está cansado de tanto horror
Seja plena e expansiva
Toma conta e afaste de mim
Qualquer resquício de amor
Faça-me só, somente
Porque mente aquele que diz que estar só
É fenecer em fogo ardente
Seja bem-vinda, solidão
Seja limpa porque a minha alma é pura
E já não suporta mais tanta sujeira
Seja bem-vinda porque a paixão
Nunca foi a minha melhor companheira
Diga-me sim, simplesmente
Porque finge aquele que diz que é feliz com alguém
Mas desconhece sentimentos capazes
De fazer a vida alçar voo e sorrir contente
Foi por esses
E por tantos outros motivos
Que eu escolhi ficar só e ser feliz
Às vezes é preciso isolamento
Pra gente se dar conta
Do nosso verdadeiro valor
A solidão não é tão ruim
E nem causa tanta dor
A solidão é um período essencial
Pra gente se olhar com carinho
E compreender com sobriedade
As inomináveis desventuras do amor
Porque ficar junto de alguém que não nos completa
E que não tem o dom
De nos transformar para melhor
Há de ser um grande desperdício de tempo
E um sacrifício infinitamente pior.
"Tenho horror ao pessimismo!
Minha ojeriza é tal, que nunca pergunto:
' - SERÁ QUE EU VOU?'
Ao invés disso, afirmo:
' - JÁ ESTOU LÁ!'"
Despi-me do horror das sombras da alma.
Senti o fulgor da vida desabrochando;
Beijei o espelho, fiz as pazes com os meus demônios.
Superei sangrando os meus traumas,
Quando uma nova aurora em mim
estava nascendo.
Filho é da Mãe
Não me venha falar em relutância
Porque tu não sabe o drama,
Tu não sabe o horror
Porque querendo ou não....
Filho é da mãe pô!!
Prefiro!! Ah eu prefiro!!!!
Me arrepender de não ter tido um filho,
De que me arrepender
De ter tido um.
Pode jogar nas minhas costas
Esse sentimento todo, eu me viro.
Ontem eu o chamava de "o bebê"
Hoje eu chamo de MEU FILHO
Poema pintado é um horror, adornos matam a beleza interior. A simplicidade, sim! É um brado de amor... A naturalidade tem muito mais valor.
Manifesto do Insubmisso
Eu escrevo a história dos ninguéns, dos que sofrem o horror da perversidade do sistema.
Eu pinto a tela social dos mais atormentados pela exclusão de um sistema estúpido que é vendido como progresso, mas que atua como máquina de fazer embutidos.
Eu sou a pena que sangra nos cadernos rasgados dos que não têm nome nos registros da glória. Eu fotografo com palavras as cicatrizes deixadas pela engrenagem que tritura a dignidade e cospe o resto. Este progresso não é a luz, mas sim a sombra densa onde a esperança é esmagada sob o peso de um capital que se alimenta da miséria e da obediência cega.
Eles nos querem quietos, padronizados, meros ingredientes no produto final do lucro. Mas eu não me calo. Minhas linhas são o grito sufocado que ecoa dos cortiços, das esquinas frias, dos campos varridos pela ganância. Eu sou o memorialista da resistência silenciosa, e minha arte é o espelho que estilhaça a ilusão: o sistema não falhou; ele está funcionando exatamente como foi projetado. E meu trabalho é garantir que o horror não seja esquecido nem perdoado.
Sou a vela vermelha dos Exus das encruzilhadas, sou o terreiro inteiro se mudando de lugar.
Sou a tenda resistindo à estupidez da hipocrisia religiosa.
Sou o Cristo do crucifixo morto – porque a vida pulsa onde a opressão o mata.
Sou a rua, a esquina, a Banda de esquerda, o armário vermelho amarelo.
Sou o furacão que arrasta o ego e o joga no paredão do terreiro das entidades mais intensas.
Eu sou a contradição que liberta. A liturgia profana que desfaz os dogmas e veste o corpo nu da verdade. Não aceito o céu prometido em troca do silêncio na terra.
Sou a Pomba Gira que dança sobre os contratos sociais não cumpridos. Sou o Zé Pilintra que bebe a indiferença e cospe a revolta, dando dignidade aos que o sistema chama de marginais.
Eu sou o ruído necessário que quebra a missa silenciosa da conformidade. Eu sou o verbo encarnado na pele dos marginalizados, o ponto cantado que ninguém pode abafar.
Minha escrita é a macumba social, feita para desmanchar as armadilhas do "progresso" e invocar a justiça sob a luz da Lua e o cheiro de pólvora da insubmissão.
Pedro Alexandre
A eutanásia é tratada como um horror por uma sociedade que obriga você a viver uma agonia sem propósito apenas para não ferir a estética do "milagre da vida". No fundo, a moralidade prefere um cadáver respirando por aparelhos a um homem livre partindo com dignidade.
Eu sou o mal das coisas ruins, o medo do terror, a alegria da tristeza, a beleza do horror , a felicidade na dor , o caos da satisfacao , a comodidade na agonia , incerteza da ilusao , sou a mascara do lado sombrio , a magoa da satisfacao , o lado negro do coracao o sofrimento da emocao!!
Está escrito? A mão que escreve é esta que com horror me faz dilacerar teu rosto; e com amor, acariciar teus seios.
Não me causou horror, temor ou perturbação. Sereno e límpido. Como só o amor que já caiu do pé pode ser.
