História
A vida é bem assim!
Uma hora você é um ouvinte da história de alguém,e em outra você passa a viver também a mesma história!
O verdadeiro patriota ama o solo pátrio, a sua cultura, a sua história e, sobretudo, os seus compatriotas.
Como muitas coisas na história, a História Científica também teve os seus começos pequenos, por vezes mesquinhos, as suas concessões ao poder, suas articulações a projetos de dominação, suas acomodações, ambiguidades, hesitações e recuos. Seja através do Positivismo ou do Historicismo, podemos vislumbrar o curioso paradoxo de que a ‘revolução historiográfica’ do século XIX não deixa de ter em seus inícios alguns aspectos bastante conservadores. Seu mundo contextual será o do assentamento da burguesia pós-revolucionária no poder, após os fracassos do projeto mais radical da Revolução Francesa e da derrocada definitiva da expansão napoleônica, sem mencionar o contexto decisivo da consolidação dos grandes estados nacionais que precisavam agora exercer um controle mais efetivo sobre a sua população, sobre o seu território e sua imagem.
O ambiente político e social que oferecerá uma confortável base de assentamento para o novo tipo de historiografia é aquele gerado pelo compromisso entre a burguesia industrial, as monarquias constitucionais e os setores aristocráticos que conseguiram se adaptar à nova sociedade industrial, de modo a conservar ao menos alguns privilégios. Além disso, de agora em diante já não será mais possível, à nova coligação de poderes políticos, ignorar os setores populares, ao menos como uma força social que precisa ser adequadamente manipulada e conduzida. Os sistemas disciplinares e as tecnologias de controle precisarão ser cada vez mais aperfeiçoados, de modo a atingir maior eficácia com mais sutileza. Mais do que nunca, o Poder precisa se assenhorear do Discurso. Éneste grande contexto que a nova historiografia encontrará seu especial momento de fecundidade, e as possibilidades de estender sua permanência para o futuro.
É claro que, ao lado destes começos pequenos e por vezes mesquinhos, a nova História Científica também surge em um momento histórico no qual começam a aflorar pequenas centelhas de esperanças partilhadas pelos mais diversos grupos sociais que haviam conseguido se fazer ouvir nos movimentos revolucionários iniciados na França e nos Estados Unidos da América, e que depois se expandem para o resto da Europa e para a América Latina. Vive-se também, neste momento, uma nova fase de confiança no Progresso da humanidade, tão bem expresso pelas novas descobertas científicas e invenções tecnológicas. A História Científica, se de um lado se liga à realidade política através de liames por vezes conservadores, é por outro lado um produto da segunda Modernidade europeia.
[texto extraído de 'Teoria da História, vol.2 - os primeiros paradigmas: Positivismo e Historicismo'. Petrópolis: Editora Vozes, p.12-13].
FELICIDADE NO CASAMENTO
O começo de uma nova história é o casamento
Ele põe fim a um romance imaturo
Amplia o sentimento e exige dedicação
Termina o treino e começa a concentração.
Fim do namoro que é provisório
Começa a vida a dois após o matrimônio
Dá-se início à consciência do desejo
Entre o casal, nova fase do conhecimento.
É primordial na convivência ter muito respeito
Devendo existir o verdadeiro sentimento
Viver a claridade e não a escuridão
Fazer acordo pela convivência no relacionamento.
O casamento não passa de um pacto
Não tem receita, é companheirismo
Duas almas que não escondem segredo
Um casal com ideais e o mesmo pensamento.
Se desejarem ser felizes no casamento
Sejam sábios, deem tempo ao tempo
Ao cometer erros, peçam perdão
Gritar apenas em comemoração.
Seja bons ouvintes e se tratem com carinho
A felicidade de um é a felicidade do outro
Afinal, o casamento é um complemento
A cada final de dia uma nova emoção.
LUTA PELA ESCOLA SOL DE MAIO
Minha escola tem história
Ao começar a batalha pela glória
De guerreiros que guardam na memória
Nas reuniões o povo a iluminar.
Caminhos a seguir com calmaria
A cada reunião, uma proposta
A cada proposta, uma esperança
Com uma realidade determinante a provar.
Com muita garra lutamos por uma escola
Com encontro de porta aberta
Eis que surge pelo povo a presença
Para no outro dia a BR 277 fechar.
Com precisão a equipe foi montada
Pelo povo a estrada fica bloqueada
Não demorou muito e logo é liberada
Com a presença da mídia para registrar.
As autoridades entenderam a luta
Com rapidez a escola foi construída
Nossa proposta estava concretizada
No ano seguinte as paredes a levantar.
Não demora muito e ai está
O resultado da bravura e persistência
De uma comunidade segura
A nossa Sol de Maio pronta para inaugurar.
A comunidade escolar era contemplada
E cada aluno sua matricula foi concretizada
O ano letivo começa com euforia
Uma nova jornada para iniciar.
MINHA VIDA EM VERSOS
Meu nome é Nivaldo e vou confidenciar
Um pouco da minha história vou relatar
Nasci em Bandeirantes e devo felicitar
Cidade pequena ao lado de Itamaracá com a qual vai divisar
Pra vocês não ficarem com ciúmes outras quatro estou a citar
Andirá, Abatia, Santa Mariana e Amélia que estão a se confrontar.
Nossa morada era na fazenda pássaros viviam a cantar
Meu pai trabalhava de fiscal e minha mãe era do lar
Meus irmãos são mais velhos, um pouco deles posso falar
O mais velho era torneiro mecânico, a irmã ajudava mamãe a cozinhar
Meu irmão terceiro, meu Deus! Só queria mandar
Coitado de mim, caçula que vivia a chorar.
Da usina fomos à fazenda morar
Lugar de muita fartura, no pomar ia brincar
A bagunça era tanta, ficava sem almoçar
Ah meu Deus que dó, minha mãe vivia a gritar,
Venha para casa logo, senão com vara vai apanhar,
Está bom estou chegando, no balde ia me lavar.
O tempo passou e eu continuava a estudar
No portão da escola ficava sempre a esperar
Minha querida professora que demorava, mas ia chegar
Das aulas eu participava, as questões tinha que acertar
A aula do dia terminava e para casa estava a retornar
Em casa chegava e o material ia guardar.
Outra mudança ocorreu e na cidade fui morar
Estudei muito e vestibular fui prestar
Não foram boas as médias, mas Agronomia fui estudar.
Em Agronomia me formei e logo me atraquei a trabalhar,
Mais uma mudança, Cidade Gaúcha seria meu novo lar,
Numa usina de açúcar e álcool fui contratado para gerenciar.
Alguns meses se passaram, minha vida ia mudar,
Pois apaixonado estava, vou me casar
Isto aconteceu. Três anos depois vi uma estrela brilhar,
Minha filha nasceu, motivo para comemorar
Era a primeira filha, que alegria! Eu tinha que participar
Pai de primeira viagem, sem ninguém por perto, me propus a ajudar.
Três anos após, a segunda estrela nasceu para nos alegrar,
O aumento da família e com sua irmã vai brincar,
Mais uma mudança, para Ribeirão do Pinhal trabalhar,
Ali não fiquei muito tempo, o plano do governo a mim não pôde ajudar
O presidente Collor me confiscou, outra vez eu me pus a mudar.
Acredite, na terra das Cataratas eu vim parar
Em Três Lagoas, Elza e Nivaldo se puseram a ajudar
Por algum tempo em sua casa fiquei a esperar
Construir a minha para lá me acomodar
Resolvido de professor vou trabalhar
No Colégio Arnaldo Busatto fui lecionar
Com muito carinho os alunos quero ensinar.
Dez anos se passaram e eu resolvi desafiar
No Colégio Sol de Maio diretor me tornar
Quatorze anos de direção, quatorze anos a festejar,
Uma escola jovem que muitos querem cortejar
Meu tempo acabou, a outro vou entregar
Missão cumprida, como diretor não vou continuar.
Mais seis anos me propus apenas lecionar
A matemática e ciências passei a ensinar
Um período de ensino aprendizagem o que posso falar
Conviver com adolescentes momentos de humanizar
Com toda experiência de vida chegou a hora de repensar
Acredito que esse é o momento de me aposentar.
Com estes versos me despeço na certeza que vão acreditar
Numa trajetória simples, mas de se respeitar,
Pois com sessenta e cinco anos de vida eu pude me presentear.
Vinte e um anos atrás meu filho nasceu para meu nome herdar
Com certeza todo exemplo que mostrei acredito ele vai carregar.
A minha felicidade se completa quando ele se formar.
RACISMO
O racismo começou cedo
Na história da Humanidade
O racismo de ontem
É diferente do racismo de hoje.
O de ontem faltava com respeito,
O de hoje busca um bode expiatório
O de ontem não tinha compreensão,
O de hoje fugiu do limite humano.
No de ontem não havia a que se apegar,
No de hoje utiliza-se como muleta para sustentar
O de ontem era por uma ideologia,
O de hoje por simples safadeza.
De ontem o negro morava em senzala,
O de hoje em palacete
De ontem não se misturava,
O de hoje sai até casamento.
De ontem tinha racismo coletivo
O de hoje, quando tem, é individual
De ontem eram julgados
O de hoje faz julgamentos.
De ontem mandavam os senhores de engenho,
O de hoje ele é seu próprio comandante.
Antigamente negros não estudavam
E hoje vejo negros da mesma forma eficiente.
Cada rei, num baralho de cartas, representa um antigo grande rei da História: espadas -- rei David; paus - Alexandre o Grande; copas ̶ Carlos Magno; ouros ̶ Júlio César.
[Em "Curiosidades do Mundo", Editorial Notícias Quarto Minguante; página 42].
Nessa história que tivemos linda,você só esqueceu de me ensinar a te esquecer,quando você decidiu me dizer adeus.
Cada um é protagonista de sua própria história, mas são as pessoas que cruzam nosso caminho que fazem nossa história valer a pena
Uma nova história de vida faz um bem danado, basta apenas você começar a escrevê-la que os rascunhos do passado se exaurem.
A criticidade é o produto mais refinado da História enquanto campo de saber. Dos historiadores mais ingênuos que aceitavam acriticamente as descrições depreciativas elaboradas pelos antigos senadores romanos sobre os Imperadores, seus rivais políticos imediatos, aos primeiros historicistas que situaram estas descrições nos seus contextos políticos, sociais e circunstanciais, há um primeiro salto relevante.
Destes primórdios da crítica documental aos dias de hoje, nos quais os historiadores diversificaram extraordinariamente as suas técnicas voltadas para a leitura e análise de textos, temos um potencial crítico-interpretativo que se desenvolveu extraordinariamente. Analisar os discursos presentes nas fontes, diga-se de passagem, requer a mesma capacidade crítica que deve ser conclamada para analisar os discursos contemporâneos. Por esta razão, quando alguém aprende a criticar fontes históricas de períodos anteriores, desenvolve concomitantemente a capacidade de criticar textos de sua própria época. Tenho a convicção de que a transferência social desta capacidade crítica é o bem mais precioso que os historiadores podem legar à sociedade que os acolhe.
[extraído de 'Seis Desafios para a Historiografia do Novo Milênio'. Petrópolis: Editora Vozes, 2019].
"O livro de Jó". A história do servo perfeito, Jó. Ele rezava todos os dias ao amanhecer com os olhos no chão e o rosto na terra. De todos os soldados de Deus, ele era o mais leal e mesmo assim, Deus matou todos os seus filhos, devastou sua terra, flagelou seu corpo até sua pele estar coberta de feridas. Deus lançou miséria e sofrimento sobre a vida do seu servo mais perfeito e mesmo assim, Jó não praguejou.
Sabe o que eu percebi? Que Jó era um covarde. E eu era assim. Eu dei minha vida, suor, sangue e pele sem reclamar porque eu acreditava ser um soldado de Deus. Não consigo acreditar mais. Eu agora sou tudo que faço na escuridão e só sangro por mim. Mas saiba que eu não o odeio, apenas vi sua verdadeira face. Eu tinha uma vida, amigo e uma família... Depois que tudo aconteceu, eles acreditaram que eu estava morto, afinal, eu morri.
Os historiadores mais tradicionais nos seus modos de escrever a história costumam se esquecer de que, ao elaborar o seu texto, eles mesmos são ou deveriam ser os ‘senhores do tempo’ – isto é, do seu ‘tempo narrativo’ – e de que não precisam se prender à linearidade cronológica e à fixidez progressiva ao ocuparem o lugar de narradores de uma história ou ao se converterem naqueles que descrevem um processo histórico. Se o texto historiográfico é como que um mundo regido pelo historiador, por que não investir no domínio de novas formas de dizer o tempo? Por que tratar o tempo sempre da mesma maneira, banal e estereotipada, como se estivéssemos tão presos a este tempo quanto os próprios personagens da trama histórica que descrevemos, ou como se fôssemos mais as vítimas do discurso do que os seus próprios criadores? Indagações como estas, naturalmente, implicam em considerar que a feitura do texto historiográfico se inscreve em um ato criativo destinado a produzir novas leituras do mundo, e não em um ato burocrático destinado a produzir um relatório padronizado que pretensamente descreveria uma realidade objetiva independente do autor do texto e de seus leitores.
O moderno romance do século XX em diante, na sua incessante busca por novos modos de expressão e de apresentação do texto literário, e também o Cinema desde os seus primórdios, já acenaram há muito com uma riqueza de possibilidades narrativas que não parecem ter sido assimiladas por uma historiografia que, pelo menos neste aspecto, é ainda demasiado tradicional. Acompanhar este movimento iniciado no âmbito da literatura do último século, mas também no campo do cinema e das artes em geral – e podemos lembrar aqui, adicionalmente, as experiências cubistas de representação de diversos momentos de uma mesma figura na simultaneidade de um único quadro – poderia contribuir para enriquecer significativamente o discurso historiográfico, ajudando-o a romper os tabus e as restrições que têm limitado a historiografia profissional enquanto uma disciplina que acaba reproduzindo os mesmos padrões, mesmo que nem sempre adequados aos novos objetos e abordagens já conquistados pelos historiadores.
Romper os padrões habituais de representação do tempo, como ousaram fazer os grandes romancistas, artistas e cineastas modernos, implicaria em inventar novos recursos discursivos no que se refere ao tratamento da temporalidade no âmbito da historiografia, com possibilidades regressivas, alternâncias diversas, descrições simultâneas, avanços e recuos, tempos psicológicos a partir dos vários agentes – ou o que quer que permita novas maneiras de representar o passado, mais ou menos na mesma linha de ousadias e novidades que os romancistas modernos encontraram para pôr em enredo as suas estórias de uma maneira mais rica e criativa.
[extraído de 'O Tempo dos Historiadores'. Petrópolis: Editora Vozes, 2012, p.250-251].
A história de nossas vidas é um extenso texto que somente o destino pode descreve-lo, pois foi ele que lado a lado nos acompanhou...
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