Ha mil Razoes para Nao Amar uma Pessoa

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Reza muito pra não aparecer ninguém que mexa comigo enquanto você fica brincando de não saber o que quer.

Eu, ao menos, não homenageio os autores que não me interessam. O contrário do amor não é o ódio, e sim a indiferença. Quem "odeia" está mais envolvido do que supõe...

Martha Medeiros
Crônica "Esculachos", 2010.

Nota: Trecho da crônica "Esculachos" publicada no Blog de Martha Medeiros no Donna, a 23 de abril de 2010.

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Espera aí,
Nem vem com essa história
Eu nem quero ouvir
Não dá pra te esquecer agora
Como assim?
Você disse que me amava tanto ontem
Eu juro que ouvi
Calma aí!
Que diabo você tá dizendo agora?
Que onda é essa de outro lance pra viver?
Você nem pode tá falando sério
Vivi pra você
Morri pra você
Pois então vai
A porta esteve aberta o tempo todo, sai
O que está esperando? Você sabe voar
Então tá bom
É, senta e conta logo tudo devagar
Não minta, não me faça suportar
Você caindo nesse abismo enorme
Tão fora de mim
Tá legal
É, e eu faço o quê com a nossa vida genial?
Cê vai viver pra outra vida
E eu fico aqui
Na vida que ficou em minha vida
Tão perto de mim
Tão longe de mim
Pois então vai, a porta esteve aberta o tempo todo
Sai! Quem tá lhe segurando? Você sabe voar
Mas se quiser, vai
A porta na verdade nem existe, sai
O que está esperando? Você sabe voar De volta pra mim
De volta pra mim...

Socorro, alguém me dê um coração, que esse já não bate nem apanha.

Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas.

O seu santo nome

Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda a razão ( e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra
que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.

Carlos Drummond de Andrade
Andrade, C. D. Corpo, Record, 1984

A ninguém ofereço meu vinho branco
Não empresto minhas roupas mais caras
E são só meus os meus segredos.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Não se compreende música: ouve-se. Ouve-me então com teu corpo inteiro.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Começa, e vai, se envolve, e sonha, e cai,
e chora, e sofre (e como), não para,
vai em frente, acredita, não recua, representa,
e dança, e pula, se diverte, desaba, que agonia,
não desiste, se levanta, recomeça,
olha o riso, se aventura, não adianta,
se entristece, se arrepia, se emociona,
e, de repente,
sem aviso,
é o fim,
e acaba tudo.
(...)
Nunca mais vou me apaixonar na vida.
Mas posso mudar de idéia.

Você vai desejar o que não possui,
irá cansar-se do que conseguir,
e valorizar quando perder.
O ser humano é assim.

Endechas a Bárbara escrava

Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.

Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.

U~a graça viva,
Que neles lhe mora,
Pera ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.

Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.

Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E. pois nela vivo,
É força que viva.

(...) Esperando porque é o que resta mesmo, não é falta de coragem, não é de se fazer, é de se sentir e só.

Flerte é um namoro inofensivo, sem consequências, que não acaba nem na pretoria nem na Casa de Detenção.

Que eu não esqueça que a subida mais escarpada,
e mais à mercê dos ventos, é sorrir de alegria.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Primavera ao correr da máquina.

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Ora, se não sou eu, quem mais vai decidir o que é bom pra mim?

Não penso muito em legado para as próximas gerações. Penso apenas em acordar de manhã e trabalhar com pessoas brilhantes para criar coisas que, espero, sejam tão apreciadas por outras pessoas como são apreciadas por nós.

Steve Jobs

Nota: Wall Street Journal, 2007

Não sou religioso (...) mas tenho assistido a muita mágica, sou supersticioso e acredito em milagres, a vida é feita de acontecimentos comuns e de milagres.

Jorge Amado
De corpo inteiro

Nota: Trecho de entrevista de Clarice Lispector a Jorge Amado.

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"Você não se sente sozinha aqui no deserto?"
"No meio da multidão também nos sentimos sozinhos."

Não esqueça os elogios que receber.
Esqueça as ofensas.
Se conseguir isso, me ensine.

Lembre-se não só de dizer a coisa certa no lugar certo, mas ainda muito mais difícil, de não dizer a coisa errada no momento de tentação.