Ha mil Razoes para Nao Amar uma Pessoa
Uma vida a dois, é mais alegre, mais
produtiva... Para que está união se
concretize, é preciso que ambos
cedam em prol do relacionamento que se deseja vivenciar..
"Quem dobrou o seu paraquedas hoje?"
É uma pergunta que serve para refletir sobre as pessoas que ajudam no dia a dia, mas que muitas vezes não recebem o reconhecimento que merecem.
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Que a poesia e a beleza sejam para nós,
Uma fonte sem reserva.
E torne-se em nossa rotina.
Pontos de encontro.
MÉTODO POÉTICO
.
.
Meu método?
O mesmo das Estrelas.
Primeiro, surge uma ideia –
vaga, ou mesmo fantasmagórica.
Ou então uma combinação inesperada
de palavras, por vezes embaraçosa...
Talvez – quem sabe – uma imagem
cujas estranhezas e travessuras
afrontem todos os cânones.
Uma eloquente frase
que cale ao peito
solitária:
sincera
lágrima.
.
Em uma palavra: Poeira
– nuvens de poeira desgarradas
vindas dos confins da mente
e das bordas do acaso.
.
Mas então, depois de muito vagar pelos meus arquivos,
ou de pairar errantemente sobre os meus sonhos,
algumas delas começam a se combinar
– como se, irmãs, viessem
de famílias distintas –
E eis que surge,
alegre,
a Gravidade,
pronta a juntar em um só giro
o que se queria disperso e sem mais rumos:
Ansiosa para, com violenta ternura,
moldar a forma.
.
Por fim, emerge,
do caos girante, uma estrela
– supremo milagre no delirante acaso
de um universo improvável
em sintonia fina.
.
Faz-se o Poema
– estranho acontecimento
cuja tenra fornalha interna
queima a pretensão
de alimentar
as almas...
.
A ti parece, este, um método por demais aleatório?
É porque não sabes de toda a paciência que foi necessária
para não limpar intempestivamente a poeira errante
que por tanto tempo pairava nos escuros céus
dos meus arquivos, sonhos, lembranças.
Quantas vezes fui tentado a deletar
um quase-embrião de verso,
ou quis me desfazer
da tal metáfora
tão desajeitada!
Mas ouvi a voz:
Guarda este pó
que de ti vieste.
.
Sem esta paciência,
não seria possível a criança:
ver, do poema, a forma brotar esperança
como flor que redefine as suas próprias pétalas
e decide, magnífica e hesitante,
se pétalas terá...
.
Ver, da alma poética,
redesenhar-se certo corpo
quando é corpo o que se quer...
E, quando não é isto o que se almeja,
aceitar-se como alma pura-chama,
ou reconhecer-se, mesmo,
tão somente como pó.
a dignidade do pó:
despretensioso,
periférico,
errante.
.
Este é o método:
render-se ao que se tornou possível
no oceano do improvável
com a bem ajustada
sintonia fina.
Respirar
a poesia
como destino
que se fez do acaso...
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Revista Sede de Ler, 2024]
Saudade é uma magrela
Com uma fome sem limite.
Sedenta, com apetite
Fita quem serve a ela.
No centro da mesa dela,
Vê-se a bandeja vazia:
Sequer escapou a vela.
Como nada mais servia,
O garçom, em agonia,
Foi devorado por ela.
Quando minha missão estiver completa e me for permitido partir, uma certeza que eu quero deixar aos meus amigos é que eu os amo, verdadeiramente; e aos poucos que não amo, o consolo de que não os odeio.
Após perder o tesouro mais valioso do mundo, você escolhe viver a vida de uma maneira tranquila e confortável, ou prefere perdê-la indo atrás do impossível? Porque o Material não irá suprir a perca de um amor incondicional.
Olhei pra cima
e lá estava uma
ave de rapina
por certo,
se aninharia
por perto
ou iria
para alguma ilha
isolada,
esquecida
deserta
assim
eu nunca
mais a veria
e a despedida
é sempre
uma agonia.
PREMONIÇÃO
.
.
Em um dia de meio dia,
meus olhos, somente os olhos,
tiveram uma visão.
.
Lembro-me que a luz me doía
como uma ponta de sabre
no corpo do coração.
.
Lembro-me, sem muito assombro,
que tudo quedava incompleto,
como se as luzes buscassem em vão
o preenchimento das coisas.
.
Na sintonia das imagens
dissecavam-se as paisagens
sem mistificação:
.
Não obstante o colorido,
ficavam os homens repartidos
como se feitos de pão.
A uns: o ouro e a prata;
a outros: a fome e a crença;
a esses: a esperança;
para aqueles: quitutes em lata.
.
Tanto sol doía
nos ombros da nação
(talvez não houvesse justiça
em sua distribuição).
.
E talvez por ser evidente,
ficavam doídas e claras
as sombras dos coqueiros.
Ali, onde outrora era verde
espreitam crianças no desamparo.
.
Desamparadas, porém livres,
querem construir a nação
– mas faltam-lhe os instrumentos:
os braços, e as mãos...
.
.
Igualmente iluminados,
os andarilhos nas estradas:
pés descalços, chapéus de palha,
– ou capacetes e mãos de graxa –.
Todos, embora cansados,
querendo correr o chão.
.
Mas falta-lhes segmento:
as pernas da multidão.
.
Arre!
Tanto sol
arde como uma tarde
de Verão...
.
.
BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Insurgências, 2024]
Em nossa breve passagem pela vida, cada ato em prol da humanidade é como uma semente lançada ao vento. Na segurança pública, protegemos vidas, mantemos a ordem e zelamos pelo bem-estar da sociedade. Na administração, organizamos recursos, lideramos pessoas e criamos estruturas que sustentam o progresso. No direito, defendemos a justiça, asseguramos a dignidade e equilibramos os pesos da balança social. Na medicina, aliviamos dores, prolongamos vidas e restauramos a esperança. Na docência, transmitimos conhecimento, formamos mentes e inspiramos futuros. Na pesquisa, desvendamos mistérios, impulsionamos o conhecimento e pavimentamos o caminho para inovações que transformam vidas. Nas artes, expressamos a essência humana, damos forma aos sentimentos e preservamos o que é eterno no efêmero. Tenho feito a minha parte em cada uma dessas áreas, deixando marcas no mundo e contribuindo para que ele seja um lugar melhor. Tudo o que fazemos para melhorar o mundo é um eco de nossa própria busca por sentido, uma prova de que estivemos aqui e que nossas mãos tocaram o coração da vida.
Só o espírito nos permite uma profundidade da experiência, a captação do simbólico, de mostrar que o que move a vida é um sentido mais elevado, pois só o espírito é capaz de descobrir o sentido certo para a nossa existência.
A Jornada de Olivia
Olivia sempre foi uma garota diferente. Desde pequena, ela se sentia mais confortável em seu próprio mundo, cercada por coleções de pedras e suas guitarras. Enquanto outras crianças corriam e brincavam no parque, ela se perdia em seus pensamentos, observando os detalhes de cada pedra que encontrava, admirando suas texturas e cores.
Por muito tempo, seus pais não entenderam por que Olivia era tão introspectiva. No início, pensaram que era apenas uma fase. No entanto, à medida que Olivia crescia, ficou claro que ela tinha um jeito único de ver o mundo. Na escola, seus professores a descreviam como “inteligente, mas distraída”, e seus colegas a viam como a "mascote" do grupo — uma garota peculiar que tinha um carinho especial por borboletas e por sua coleção de pedras.
Foi em uma dessas consultas médicas, após meses de observações e dúvidas, que seus pais finalmente receberam o diagnóstico: autismo. O médico explicou que Olivia tinha um grau leve, o que significava que ela poderia enfrentar algumas dificuldades em interações sociais, mas também que tinha habilidades únicas e uma maneira especial de entender o mundo.
Olivia, ao ouvir a palavra “autismo”, não entendeu completamente o que isso significava. Para ela, nada mudava; ainda amava tocar guitarra e colecionar pedras. Mas seus pais reagiram de maneiras diferentes. Enquanto sua mãe parecia se preocupar e começou a pesquisar sobre o assunto, seu pai estava mais presente, tentando entender melhor as necessidades da filha.
Com o tempo, as diferenças entre seus pais começaram a se tornar mais evidentes. A pressão e a preocupação com Olivia pesavam sobre o relacionamento deles. A mãe de Olivia se dedicou a entender melhor as necessidades da filha, enquanto o pai buscava maneiras de apoiá-la e incentivar suas paixões.
No entanto, a tensão foi crescendo. A mãe de Olivia, sentindo-se sobrecarregada, decidiu que era melhor para ela sair de casa e seguir seu próprio caminho. Olivia ficou devastada ao perceber que sua mãe iria embora, mas seu pai prometeu que ficaria ao lado dela, cuidando e apoiando-a em tudo o que precisasse.
Após a partida da mãe, Olivia se sentiu perdida. A casa que antes era um lar agora parecia vazia. Seu pai, embora tentasse ser forte, também lutava com a ausência da esposa. Mas juntos, eles começaram a reconstruir suas vidas. Olivia se refugiava em sua música e em suas coleções, enquanto seu pai fazia o possível para proporcionar um ambiente acolhedor e seguro.
A música se tornou uma ponte entre eles. Cada acorde tocado por Olivia era uma forma de expressar suas emoções e suas dores. Seu pai, percebendo o talento da filha, encorajou-a a tocar e a se apresentar em pequenos eventos locais, onde ela encontrou uma comunidade que a acolheu.
Com o tempo, Olivia começou a encontrar sua voz. Mesmo que os laços familiares não fossem mais os mesmos, ela aprendeu a navegar sua nova realidade com a ajuda de seu pai. Juntos, eles enfrentaram os desafios do dia a dia, criando novas memórias e celebrando cada pequena conquista.
E assim, a jornada de Olivia começou. Uma história de autodescoberta e resiliência em meio a mudanças, mostrando que, mesmo em tempos difíceis, é possível encontrar beleza e propósito na vida. A relação que se formou entre pai e filha se tornou uma fonte de força, mostrando que o amor e o apoio podem superar as dificuldades.
A confiança é como uma delicada taça de cristal, que enchemos com os melhores vinhos ao lado de quem amamos. Porém, se for quebrada, não há como reconstruí-la ou substituí-la, e não é sobre taças que estou mencionando.
A poesia é uma atitude diante da vida, uma forma de ver o mundo que transcende as fronteiras de qualquer gênero literário.
Pausas fazem uma clareira na vida da gente. São uma forma de respirar, angariar nesses momentos, força para continuar.
Todo coração tem uma porta de entrada e outra de saída, infelizmente para certas pessoas temos que mostrar somente a porta de saída.
Vivemos Em Uma Sociedade Na Qual Algo Meramente Simbólico Aos Seus Olhos - Pode Virar Um Monopólio Aos Olhos Dos Fracos Pensadores
