Coleção pessoal de rubens_delfino

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A única vez que não haverá tempo, será quando não houver interesse.

⁠Não existe a coisa perfeita. A perfeição não está em nenhum lugar.

⁠Que a tua fé seja tão grande que te impulsione a alcançar o que para os outros é impossível!

⁠Olha que curioso:
Você já pensou nisso, já parou pra pensar que um dia você escolheu o que seria quando crescesse, que fez isso muitas vezes?! Construiu sonhos lindos e os reservou para o momento futuro...
E agora, depois de crescido, o que você fez, o que você faz; o que você deixou de fazer, e quem deixou de ser?
Espero que entre tantas escolhas, você ponha abaixo todas as falsas expectativas, e decida pela mais importante: ser feliz.

⁠Entenda isto: passos pequenos te levarão a grandes conquistas!

⁠⁠Não espere que a vida seja justa.
Não importa o que aconteça.
Faça sempre o seu melhor para si e para os outros!

⁠Algumas vezes pela vida, gente estranha, gente que sem nem nos conhecer, dará demonstração de amor, e irá embora sem esperar nenhum gesto de gratidão, gente assim é memória.

⁠Ainda que lhe falte fé para acreditar, quando Deus quer usar a sua vida por instrumento, Ele leva você a visitar lugares e a estar com pessoas que você jamais imaginou. E todo propósito se cumpre.

⁠Você tem o exato tamanho do que decide ser.

⁠Penso que não acreditar em algo, é na verdade uma maneira de querer acreditar, um esforço sutil para ser convencido do inevitável. É ter esperança mesmo que lhe falte a fé.

⁠O exercício, pela prática, desenvolve a excelência.

⁠Você pode até hesitar, mas não deixe de enfrentar os seus medos, as suas falhas. Não negue a oportunidade de corrigi-los.

Presentes à luz

Perceba-se quão vulgar é celebrar a vida,
a todo momento e detalhe,
e o quanto renovamos os votos,
e nos repetimos em alegres estimas,
felizes pelas experiências, pelas trocas gentis;
tamanhas as nossas fraternidades,
as emoções seguras de calor arrefecido,
as incontáveis cores de cada primavera.

A obra incompleta importa a todo ente,
fica impressa na história,
constroe-se em memórias a cada vela acesa,
de onde se contempla a força das vidas contente.

FÔLEGO

Se um dia for preciso que eu corra,
que me vá sem demora ou atrasos,
que não haja quem me pertube por nada,
quem me turve os passos e a reserva,
quem ainda moleste meu tempo roto e parco.
Que me descanse ao espaço abaixo de todo ego.
Que morra!

João e Maria


João vai sair e gastar o seu ócio à rua,
ser jovem tanto quanto queira,
sentar à praça, à sombra de coqueiros,
ver passar as senhoritas, e as senhoras,
apresentar-se a uma delas e saber sua graça,
declarar o seu amor à primeira vista,
dizer uma única vez que deve casar.

João vai acordar cedo de sono mal-dormido,
andar pelo passeio e pela madrugada;
subir, altivo, as ladeiras;
virar, de repente, nas esquinas;
descer com os santos as escadarias;
correr e se esconder no beco,
culpado de medo por vultos delinqüentes;
atravessar a ponte,
cruzar a cidade,
andar léguas de distância;
encontrar a casa de Maria pelo floreio,
bater à sua porta,
surpreendê-la e dar todas as respostas,
aceitar o convite para o doce lar.

João de Maria o atrevido amor;
fazê-la feliz, lado a lado;
dedicá-la os hábitos da vida;
povoar dos seus sonhos o melhor.

O MELHOR DE SETE MUNDOS

Seguindo os reflexos em cada espelho d'água,
espero a brevidade com a liberdade reduzida,
com os desejos guardados na mala,
com os sonhos protegidos em outra vida,
um lugar aonde não sinta a meia presença
de mil palavras em minha direção.
Finalmente, aonde eu possa me encontrar
com os próprios pensamentos, com os afãs
secretos de minha individualidade,
distante de sofrimento, deste algós que me
aprisiona às suas vontades, à sua vigilância hostil,
à sua natureza perversa, imprópria a si.

Tenho uma certeza que me importa,
a alma gasta e mal vestida
carregando as dores do mundo sozinha,
o grito mais alto preso na garganta,
a emoção sacudida às plantas dos pés.
Também tenho a palavra inventada,
a melhor versão de mim,
os primeiros raios de sol sobre a face ,
toda a esperança para expirar,
todo o verbo para jogar ao vento.

Sim, terei um canto onde eu posso cantar,
experimentar a fantasia mais simples
e gostosa, onde o pouco me contenta
e o pequeno me cabe.

Bem e Mal

De onde me trazem, para aonde me levam
estes caminhos tortos,
estas idéias fecundas que combato em mim.
Entre sóis, sempre estas,
colhidas de própria lavra,
aquilatando a qualidade das estrelas.

Mal sabes dos phantasmas que me causam assombro;
o tamanho esforço que faço, contrário a si,
de bem silenciar,
de cerrar os olhos e ouvidos,
de gritar o que começa e se encerra
de forma inesperada,
o sussurro, o sofrer,
e trazer cada diálogo aos apontamentos,
cada orvalho que te agrade saber.

Entre Pai e Filho

Inquieto, sempre quis um pouco mais do que a vida
pudesse oferecer. Por esta vez, dou-me satisfeito,
entrego-me aos pequenos eventos de cada dia.

Por aqui estou; eis-me, a certa altura do solo,
nos braços da nostalgia ainda distante,
pendurado em um sorriso que se insinua.

Ei-lo, devendo-me a mim mesmo,
permitido na primavera que se inicia,
guiado por luz irregular; devagar, divagando...

Em paz, eis-me, a certa altura do solo,
tendo por vaidade, a esperança concebida,
tocado pelo doce curso da existência.

- Cedo te busco, daqui a pouco, trago-te ao colo.
Bastarás. Bastaremos. Fosse este o último ato...
Que te abram portas, os menores sonhos, meu filho!

Rubens Delfino

CÉU DE ESTRELA

Tive saudades do que haveria de ser mais importante, tive o tempo na palma da mão,
as cores exatas de cada memória,
e uma vontade esmagadora de ficar isolado do mundo, em cima do muro, apoiado no medo, pequeno em minha sina.

Eis que o amor,
o brilho nos olhos, o sol no espírito novo;
eis que irradia fora de mim a verdade mais sincera que tanto quero bem
- e não sou dono -,
a verdade que me revela e liberta,
a forma pura e honesta, tangível e bela.
Certamente, o maior gesto de generosidade Divino,
a maior prova de amor,
a melhor razão para lutar e morrer,
de estar e viver, de ter e de ser,
de ver e de crer, de fazer e se encher de esperança,
de voltar a ser criança todos os dias.

Rubens Delfino

Divagações


A minha alegria de estar aqui é maior que qualquer felicidade.
Às vezes, espero em alguém a promessa de existir.
Às vezes, chego bem perto de tocar o céu.
E quando às vezes é sempre e sempre não basta,
fico sem saber o que pensar,
sem experimentar o sabor das cores.
Ficarei onde estou pelo tempo além imaginado;
embora, agora, dedique às coisas do mundo a observância.
Os lampejos que surgem, são relâmpagos e trovões.
A chuva que cai, é tempestade interior.
Nos olhos, o brilho, a esperança de vida.
Uma música triste toca ao fundo de uma lágrima,
tem o peso de uma pena caída de muito alto.
Estou aqui, a este momento vazio e silencioso.


Rubens Delfino.