Ha mil Razoes para Nao Amar uma Pessoa

Não há coragem triste.

Não pode haver graça onde não há discrição.

Não há poder. Há um abuso do poder, nada mais.

Não há nada de justo ou de injusto que não mude de qualidade ao mudar de clima.

Não há dois tempos iguais de solidão porque nunca se está só da mesma maneira.

Não há homens cultos; há homens que se cultivam.

Não ha coisas úteis ou inúteis: a medida do seu valor está em nós.

Não há ofensa que não perdoamos, depois de nos termos vingado.

Não há coisas de que mais te devas recordar do que daquelas em que hajas errado, para nas mesmas não tornares a errar.

Não há fealdade na natureza. Ela só existe nos nossos olhos.

Não há amor da parte de um ser sem liberdade. Ao que ele chama o seu amor é à paixão dessa liberdade.

Não há médico igual à experiência.

Não há prazer que dure se não for reanimado pela variedade.

Há momentos em que o governo perde a confiança do povo, mas não conheço momentos em que o governo possa confiar no povo. O povo concede o seu favor, nunca a sua confiança.

Miséria deste século; não há muito eram as más acções que tinham de ser justificadas; hoje são as boas.

Há, sim, um direito do mais sábio, mas não um direito do mais forte.

Tudo deve ser discutido. Sobre isso não há discussão.

Não há nada mais torturante para o homem do que os seus próprios pensamentos.

Não há homem, por santo e virtuoso que seja, que não se sinta por vezes cocegado pelos atractivos do pecado.

Contra a maledicência não há muralhas.