Ha de ser Forte sem Jamais Perder a Docura

Se um tanto de sonho é perigoso, não é menos sonho que há de curá-lo, e sim mais sonho, todo o sonho. É preciso conhecer totalmente os nossos sonhos, para não sofrermos mais com eles.

Não há crianças ilegítimas - só pais ilegítimos.

Há que trabalhar, ainda que não seja por gosto, ao menos por desespero, uma vez que, bem vistas as coisas, trabalhar é menos aborrecido do que divertirmo-nos.

Há coisas que só a inteligência é capaz de procurar, mas que por si mesma nunca achará. E essas coisas só o instinto as acharia, mas nunca as procura.

No muito falar há muito desgaste. É preferível guardar silêncio.

Muitas vezes há mais bom senso numa única pessoa do que numa multidão.

Não há alegria neste mundo tão privilegiada, que não pague pensão à tristeza.

Nada há de mais sujo do que o amor-próprio.

Onde é necessária a astúcia não há lugar para a força.

Há pouca amizade no mundo, sobretudo entre pessoas da mesma classe.

Não há nada no socialismo que mais alguns anos ou algum dinheiro não possam curar.

O universo desaparece aos olhos da mulher enamorada. Não há no mundo senão um homem para ela; todos os outros limitam-se a acompanhá-lo.

No ciúme, há mais amor-próprio do que amor.

Há algo mais triste que falharmos os nossos ideais: é termos conseguido realizá-los.

Não há no mundo livros que se devam ler, mas somente livros que uma pessoa deve ler em certo momento, em certo lugar, dentro de certas circunstâncias e num certo período da sua vida.

O erro que começou há mil anos é tão errado como o que começa hoje, e o acerto que surge hoje é tão certo como se tivesse a sanção de séculos.

Não há animal mais degradante, estúpido, covarde, lamentável, egoísta, rancoroso, invejoso, ingrato que o público. É o maior dos covardes, porque de si mesmo tem medo.

Os jovens adoram desobedecer. Mas, actualmente, não há mais ninguém para lhes dar ordens.

Há muitas maravilhas neste mundo, mas a maior de todas é o homem.

Só se devem ler livros escritos há mais de cem anos.