Ha de ser Forte sem Jamais Perder a Docura

Não há homem, por santo e virtuoso que seja, que não se sinta por vezes cocegado pelos atractivos do pecado.

Na terra há lugar para todos.

Não há prazer que dure se não for reanimado pela variedade.

Há tantas espécies de pessoas de vinte anos ou de cinquenta anos como há espécies de amigos, amantes ou pais.

É que há tantos malvados neste mundo, que nem vale a pena reter aqueles a quem apetece sair dele.

Não há nada mais feio do que a razão, quando ela não está do nosso lado.

No amor não há desastre maior do que a morte da imaginação.

A vida é amarga e doce. Por isso não há outra forma de descrevê-la senão captando esses dois sabores.

Muita gente há que não se arrepende verdadeiramente senão das suas boas acções.

Há pessoas que, da moral, só têm um pedaço. É um tecido de que nunca farão um fato.

Não há fealdade na natureza. Ela só existe nos nossos olhos.

Há momentos em que o governo perde a confiança do povo, mas não conheço momentos em que o governo possa confiar no povo. O povo concede o seu favor, nunca a sua confiança.

Há o que tem limite e o que é sem limite. A arte é a forma perfeita da consciência destes opostos.

Não há nada mais torturante para o homem do que os seus próprios pensamentos.

Um grande homem há-de encontrar um grande assunto ou, o que dá no mesmo, de engrandecer qualquer assunto.

Há cem poéticas para um poema.

Contra a maledicência não há muralhas.

Há aqueles cujos desejos se cumprem. O que interessa é desejar, por mais que nada haja de concreto.

Há poucos livros nos quais não se aprende como não se deve escrever.

O trabalho está em todo o lado e o sofrimento também: só que há trabalhos estéreis e trabalhos fecundos, sofrimentos infames e sofrimentos gloriosos.