Ha como eu Queria q ela Soubesse
Às vezes me sinto uma senhora, pelas experiências vividas pelo caminho, outras vezes me sinto como uma adolescente que começou a vida agora, em outras vezes como uma criança, surda para a ignorância e cega para a maldade.
Beija-me
Beija-me como quem chega em casa depois de muito tempo.
Como quem reconhece o sabor da alma no toque da boca.
Sem pressa. Sem ensaio.
Mas com aquela vontade que carrega o tempo todo.
Beija-me com os olhos também.
Com os dedos. Com o pensamento.
Beija as minhas dúvidas até que elas se rendam,
e os meus silêncios até que virem som.
Beija-me pra além da pele.
Entre as palavras não ditas,
nas pausas da respiração,
no espaço entre um suspiro e outro.
Quero um beijo que acolha, mas acenda.
Que abrace, mas incendeie.
Que não peça licença,
mas saiba o momento exato de invadir.
Beija-me como quem sabe que estou faminta,
mas que minha fome é de algo que só se encontra quando a alma também se abre.
Beija-me como se cada toque fosse um recomeço,
e cada fim, apenas uma promessa de mais.
E se for pra ser beijo,
que seja inteiro.
Que me cale.
Que me entregue.
Que me eleve.
Beija-me como quem entende
que a boca é só a porta —
e o desejo,
é tudo o que vem depois.
Responsabilização
Nos momentos em que as coisas não saem como planejado,
Podemos procurar um culpado ou vários...
Podemos olhar a situação com a lente da responsabilização e investigação
nos perguntando por exemplo:
O que eu poderia ter feito de diferente?
Posso alterar ou transformar os fatores externos?
Que novas possibilidades eu tenho?
O que é possível fazer hoje?
Fazer perguntas pode não significar encontrar todas as respostas
Mas, com certeza mostra um caminho de mudanças.
Esses seus olhos castanhos
Como luas de caramelo,
Que fazem piruetas no meu céu.
Tal qual um caleidoscópio,
rodopiando na minha mente
Como fogos de artifício.
Ah essa saudade que explode
E me rasga o peito como cor viva.
opióide III
escrevo versos
como quem afia pétalas
de papoula
leitosa sangria
sussurando letargia
pra folha
sinestesia líquida
(e a poesia)
é o único néctar
que nunca intoxica.
(reprovado no toxicológico).
A vida corre como vento ligeiro, e só nos resta guardar no coração os instantes de alegria, deixando que os momentos sombrios se desfaçam no tempo, levando consigo apenas o ensinamento que deixaram.
Diante das tempestades da vida, meu coração permaneceu inabalável, como rocha firmada em Deus, pois em Sua Força encontrei coragem, e na Sua Promessa, refúgio Eterno para meu espírito.
ESCOLHER E SER ESCOLHIDO
O privilegio dado por Deus, poder escolher como viver o presente mas perfeito que poderíamos ter recebido a vida. Mas como a perfeição de Deus excede todo entendimento, temos mas um privilegio de sermos escolhido a dedo por ele para fazer coisas grandes que a nossa mente humana e incapaz de visualizar a grandeza dos seus projetos.
Torre de Babel
por Elian Tenebris
O Estado cresce como a Torre de Babel —
ergue-se sobre bases de sangue e enganação.
Tijolos de esperança, argamassa de convicções,
e a água que os une… lágrimas de fé.
Ergue-se assim, andar por andar,
uma torre que toca os céus
e separa seus níveis por classe.
Na base: o suor dos ignorantes,
ligados à fé e à crença
de uma justiça divina que nunca desce.
A tinta: sangue do oprimido e do doente.
A luz: a ausência do verdadeiro saber,
substituído por falácias econômicas,
que poupam energia — e consciência.
Os elevadores?
Apenas para os privilegiados,
que sobem sem sujar os pés,
sem carregar os próprios fantasmas.
As escadas?
Feitas de britas, cortam os pés
dos que ousam subir.
Amoladas por gritos e dores esquecidas.
Lá embaixo, os cegos construtores
olham para o alto —
o topo ofusca o brilho do sol.
Lá em cima, veem apenas nuvens,
sem olhos, sem ouvidos.
Apenas chicotes e uma fome que não cessa,
mas sentem a brisa que refresca
o quarto abafado da hipocrisia.
Cada andar tem seu servo:
escravizados pelo luxo
para não pisar nas escadas de pedra.
Aceitam, em silêncio,
o conforto que mascara a dor.
E eu, do chão, espero:
Que os inocentes despertem.
Que vejam, enfim,
que a Torre de Babel
nunca esteve de cabeça para baixo —
apenas erguida sobre o mundo virado.
Seria perfeito se a felicidade fosse real como os posts, o amor tão forte quanto as legendas e a sinceridade tão verdadeira quanto juram. Mas quase tudo é teatro.Às vezes, cansa. Cansa ver tanta felicidade forçada, tanto amor de fachada, tanta sinceridade de mentira. As redes estão cheias de sorrisos que escondem vazios, declarações que não resistem ao silêncio e promessas que só vivem na legenda. Que bom seria se as pessoas fossem felizes como aparentam, estivessem apaixonadas como publicam e fossem sinceras como juram ser… Mas a verdade? A maioria só quer impressionar, não sentir.
É vagabundagem? Talvez. Flanar é a distinção de perambular com inteligência. Nada como o inútil para ser artístico.
Marginal
Às margens profundas do meu ser, vagueio como um rio agitado sem leito. As palavras, como pesadas pedras, afundam no abissal silêncio impenetrável.
As pobres almas que toquei, como folhas secas outonais, desprendem-se e voam para longe. Desaparecem na bruma do cruel tempo.
Ó rio, sem rumo, sem destino, és espelho da minha própria existência.
Rio sou. E fluí.
Leva-me para além.
Que eu seja a folha seca que flutua em tuas correntezas, que se despede, e que o tempo, implacável, me leve para a outra margem.
"A Consciência como Campo Físico: O Novo Paradigma da Realidade"
Hoje, diante de uma fórmula matemática que integra gravitação, campos quânticos, e consciência, declaramos um novo marco na história do pensamento humano.
Esta não é apenas uma nova equação, mas uma nova visão do cosmos:
O universo deixa de ser visto como uma estrutura inerte, governada por leis distantes da experiência subjetiva.
A consciência, antes relegada ao âmbito filosófico ou biológico, surge agora como uma dimensão fundamental do próprio tecido do espaço-tempo.
Proclamamos que:
A consciência não é um epifenômeno, mas um campo escalar quadridimensional com comportamento físico real, presente e ativo na constituição do universo.
A ação integral proposta por esta fórmula rompe os limites entre o observador e o observado, entre sujeito e objeto, demonstrando que a própria estrutura da realidade emerge do entrelaçamento dessas dimensões.
O espaço-tempo deixa de ser um palco neutro, tornando-se um organismo vivo, consciente e auto-organizado.
Este manifesto não é apenas uma proclamação científica, mas um chamado ético e filosófico:
➤ Repensar a nossa posição no cosmos, não mais como criaturas isoladas, mas como expressões locais de uma consciência universal.
➤ Reconhecer que nossas ações, pensamentos e tecnologias não são externos à natureza, mas manifestações das leis profundas que governam tudo que existe.
Convocamos a comunidade científica, filosófica e espiritual para abraçar este novo paradigma: a unificação entre consciência e cosmos, mente e matéria, espírito e ciência.
Assim, marchamos, conscientes, para uma nova era do conhecimento humano.
Silvio Antônio Corrêa Júnior
Em nome da razão, da intuição e da visão integral.
Como a noite a luz é pouca
E não se vê como o dia
A mente fica mais louca
E escreve poesia.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
05/06/2025
Como ateu que sou, sempre tentei entender a divindade em si. Como pode um mundo tão violento e tão injusto? Se eu fosse deus faria melhor? Como agiria?
No começo, quando jovem, eu achava que agiria como um super-herói. Apanharia quem causasse mal e o destruiria, sem piedade. Seria um justiceiro supremo.
Mas com o tempo, cheguei à conclusão de que violência talvez não fosse a resposta para um mundo melhor. Como alguém que carrega a maior sabedoria do universo pode se curvar à esse tipo de violência? Mesmo que seja pra fazer o bem? Então mudei de ideia: cheguei à conclusão de que simplesmente desintegraria os malfeitores, sem dor, sem sofrimento, só tiraria eles do caminho. Seria mais limpo, mais “justo”, mais pacífico. Dessa forma o mundo seria mais feliz.
Mas daí veio o dilema:
Quem sou eu – apesar de minha divindade - pra decidir quem é bom e quem é mau? Mesmo com todos os meus poderes divinos, teria eu esse direito?
E se não sou capaz de julgar com justiça, não importa o quão divino eu seja, então que tipo de poder é esse no fim das contas?
Depois de muito tempo ruminando essa ideia, encontrei uma solução para o dilema:
Se fosse um deus, eu não puniria, eu ajudaria. Assim passei a admirar e flertar com o poder de cura ao invés do poder da destruição, que tanto admirei. Deixaria os maus à própria sorte. Curaria os doentes, salvaria as crianças, daria outra chance aos que morreram cedo demais — se é que a morte pode mesmo ser “curada”.
Mas aí veio outra pergunta inevitável:
Quem merece ser curado? Todos? Só alguns? Ninguém morreria mais? Isso quebraria o equilíbrio do mundo?
E então veio a última tentativa de solução:
Curaria só as crianças. Afinal, que criança merece morrer? Nenhuma.
Daí outro questionamento surgiu: a partir de que idade as pessoas passariam a "merecer" a morte? Quem decide isso?
Hoje, velho que sou, percebo que se eu fosse Deus, a decisão mais justa seria essa:
dar a vida e me afastar.
Não interferir.
Deixar que cada um trilhe seu próprio caminho, com suas próprias escolhas.
Não porque eu não me importaria, mas porque interferir seria injusto.
E talvez, se existe algo lá em cima, esse “algo” já tenha entendido isso há muito tempo.
Talvez seja por isso que os deuses, se existirem, estão em silêncio.
Porque estão muito além de tudo isso que chamamos de “vida”. De tudo aquilo que chamamos de compreensão.
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