Gostar de Ti
Porque não há mais onde por a cabeça e ouvir incentivos e força...
O colete protege o coração de tiros mas é atingido fácil pela pessoa que se ama.
Por ti...
Aprendi a tirar do tempo os segundos
Aprendi que o amor é nosso mundo
Aprendi o significado das rosas
Aprendi que com amor a vida fica mais gostosa
Aprendi a trocar as palavras por olhares
Aprendi que amar não é ser escravo dos palmares
Conheci milhões de formas de beijar
Por ti descobri o que é amar.
Gosto de mais da Primavera
embora não sinta por ela
o mesmo que por ti ...não desminto
Mas é mesmo na Primavera
que corre água na minha janela
...lágrimas do amor que por ti sinto
"Tem paciência com tudo não resolvido em teu coração e tenta amar as perguntas em ti, como se fossem quartos trancados ou livros escritos em idioma estrangeiro. Não pesquises em busca de respostas que não te podem ser dadas, porque tu não as podes viver, e trata-se de viver tudo. Vive as grandes perguntas agora. Talvez, num dia longínquo, sem o perceberes, te familiarizes com a resposta."
Se em algum dia da minha vida não me lembrar de ti, então acordem me, porque não quero ter este pesadelo.
O claro nessa história toda é que eu gosto muito de ti. Muito mesmo. Não adoro nem venero, mas gosto na medida sadia e humana em que uma pessoa pode gostar de outra. O resto é detalhe.
Cada centímetro do meu corpo grita por ti, pedindo socorro, pedindo abrigo. Só você pode salvar o ultimo vestígio de vida que ainda pulsa em mim.
Possa ser que um dia eu venha a ter que não me lembrar. Mas aqui no fundo, há algo que chama por ti.
Sim, estou só, carente de ti, perdido nos versos, em silêncio. E não te escuto porque tua voz é interna e não voa aos meus braços.
Infeliz! Não és um tolo? Não te enganas a ti mesmo? Porque te entregas a esta paixão desenfreada, interminável? Todas as minhas preces dirigem-se a ela; na minha imaginação não há outra figura senão a dela, e tudo que me cerca somente têm sentido quando relacionado a ela. E isso me proporciona algumas horas de felicidade – até o momento em que novamente preciso separar-me dela! Ah, Wilhelm!, quantas coisas o meu coração desejaria fazer! Depois de estar junto dela duas ou três horas, deliciando-me com sua presença, suas maneiras, a expressão celestial de suas palavras, e todos os meus sentidos pouco a pouco se tornaram tensos, de repente uma sombra turva meus olhos, mal consigo ouvir, sinto-me sufocado, como se estivesse sendo estrangulado por um assassino, meu coração bate estouvadamente, procurando acalmar os meus sentidos atormentados, mas conseguindo apenas aumentar a perturbação – Wilhelm, muitas vezes nem sei se ainda estou nesse mundo! E em outros momentos - quando a tristeza não me subjulga e Carlota me concede o pequeno conforto de dar livre curso as minhas mágoas, derramando lágrimas abundantes sobre suas mãos – tenho necessidade de afastar-me, de ir para longe, e então me ponho a errar pelos campos. Nessas horas, sinto prazer em escalar uma montanha íngreme, em abrir caminho num bosque cerrado, passando por arbustros que me ferem, por espinhos que me dilaceram a pele! Sinto-me um pouco melhor então. Um pouco! E quando então, cansado e sedento, às vezes fico prostrado no caminho, no meio da noite, a lua cheia brilhando sobre minha cabeça, quando na solidão do bosque busco repouso no tronco retorcido de uma árvore, para aliviar meus pés doloridos, e então adormeço, na meia-luz, mergulhando num sono inquieto – Ah, Wilhelm!, nessas horas de solidão de uma cela, o cilício e o cíngulo de espinhos seriam um bálsamo para minha alma sequiosa! Adeus! Somente o túmulo poderá libertar-me desses tormentos.
