Gente Mimada
Parassonia
Estou cansado, é claro,
Porque, a esta altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
Estou cansado de pensar, a toda hora, há tantos anos, desde a minha mocidade.
A minha cabeça já não mais encontra repouso, noite após noite, o sono me escapa, como se temesse adentrar neste caos que é a minha mente.
Quando finalmente o apanho, sonâmbulo, eu converso com as paredes.
A gente já se veste de quase.
Quase casados, quase lá…
mas o sentimento é inteiro, há tempos.
O amor já mora aqui: no jeito de olhar, no toque leve,
no silêncio que entende e no riso que sempre volta.
Agora é só esperar o tempo nos alcançar.
Falta um mês.
E quando ele chegar,
vai ser só mais uma forma bonita
de chamar o que a gente já é.
"O que a gente não enfrenta, memórias de dores, o inconsciente joga na nossa cara! #TRGResolve" (CH²)
Hoje acordei pensando no quanto o mundo gira — e a gente gira junto, sem perceber, meio tonto.
As pessoas mudam, os lugares mudam, e às vezes nem reconhecemos mais quem fomos ali, naquela rua que parecia nossa, naquele riso que parecia pra sempre.
É estranho — tão estranho — ver amigos virarem estranhos, amores virarem lembranças, e lembranças virarem silêncio.
Mas talvez seja assim que a vida ensina: que cada pessoa, cada abraço, cada história tem um papel, mesmo que seja nos ensinar a desapegar.
Às vezes, quem mais nos marca é quem mais nos parte, e quem mais nos fortalece é quem mais nos faz chorar.
Eu, que sempre escrevo com o coração aberto, percebo que sou feito de todos esses retalhos:
dos que vieram e se foram, dos que ficaram, dos que doeram e dos que ainda doem.
E, mesmo que doa, é isso que me faz quem eu sou.
E quem eu sou é quem eu escolho ser — um coração que não desiste de sentir.
A gente precisa conversar seriamente sobre limites, sobre impulsividade, sobre essa arrogância coletiva que faz todo mundo se sentir no direito de invadir o espaço do outro.
A infância não termina com a idade.
Ela mora na gente — nos gestos espontâneos, nos medos antigos, nas memórias que doem e também nas que salvam.
Às vezes, a gente reclama e diz que viveu uma infância pobre, sem sair do lugar, mas isso não é verdade. Éramos ricos e não sabíamos. A inocência nos protegia da superficialidade do supérfluo. No quintal simples da nossa casa cabia o mundo inteiro, mas só descobrimos isso quando já estamos tão longe daquele lugar encantado que é impossível voltar e explorar um pouquinho mais aquele universo lúdico, feliz e tão repleto de magia.
Eu conheço um monte de gente pedindo para Deus abrir portas que Ele fechou. Eles oram, jejuam, buscam, fazem uma força enorme, e depois ficam cansados e frustrados, pois não conseguem discernir que essas portas que Deus fechou não são para o bem da vida deles.
Algumas pessoas não somem, elas viram capítulos que a gente reler de vez em quando, mesmo sabendo o final.
Demora um certo tempo para que a gente descubra que mais importante do que ser perfeito é ser melhor a cada dia. Entre erros e acertos ganhamos algumas cicatrizes no corpo, outras na pele sensível da alma, mas seguimos confiantes de que é possível ser feliz assim.
O que a gente vai construir se não tivermos uma relação com a terra? É possível construir uma sociedade socialista numa terra arrasada?
Às vezes, a gente só precisa de um olhar… de uma companhia… Isso já é o bastante para encher o coração da gente.
Eu dependo dos outros para me sentir feliz. É como se eu não tivesse luz própria. Preciso de gente. De gente que me escute, me admire, que goste de olhar para mim.
No fundo, no fundo, nós somos todos iguais
No fundo, a gente ainda é o rapaz
Indeciso...
No fundo, no fundo, ainda temos tanto medo
De passar a vida e perdermos o tempo
Impreciso.
Atrás de cada ser humano adulto
Existe um ser carente e inseguro
Escondido
Que no fundo, no fundo,
No fundo, ainda é a criança
Carente de abraço, carinho e atenção;
Ficando emburrada, brigando por nada
Explodindo em prantos sua frustração...
No fundo, no fundo, nós somos todos iguais,
No fundo, a gente é frágil demais,
Mas disfarçamos.
No fundo, no fundo, ainda buscamos a esmo
Admiração e reconhecimento
Dos que amamos
Atrás de todo adulto tem sempre a criança
Que perde o ritmo, mas não perde a dança
E que faz de tudo para impressionar!
No fundo, no fundo, a gente ainda é o menino
Que esquece no palco a letra do hino,
Mas mexe a boca e finge cantar!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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