Coleção pessoal de natanfenomeno

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Adoro seu beijo em minha boca
Adoro seu cheiro em minha roupa
Adoro seu cabelo em devaneio
Adoro seu caminhar pelo estreito

Adoro suas tiranias sacanas
Adoro seus trejeitos costumeiros
Adoro suas gírias tribalistas
Adoro seus sorrisos inteiros

Adoro seus olhos brilhando
À me pedir um abraço
Querendo ocupar, junto a meu corpo
O pequeno e mesmo espaço

queria ter braços tão longos, que com eles pudesse abraçar o mundo
queria ter pés menores, para medir melhor os caminhos
queria um oceano inteiro só para mim
queria nós dois, agora, agarradinhos

queria ter pernas tão grandes, que com elas pudesse pular seus obstáculos
queria poder parar o tempo, de vez quando
queria morar nesse seu beijo
queria saber onde nossos santos andam se encontrando

também queria que perdêssemos o medo
de se curtir um pouco à cada dia
esquecer desse papinho que ainda é cedo
para fazer de nós dois, o que só o amor poderia

Tenho desejos infinitos com uma mulher
Faço dos seus defeitos, um empecilho qualquer
Te jogo as fichas
Só pra entender o porque do garfo, e não colher
E o que importa se for sopa?
Eu só quero voce por inteira
Com todos os riscos
Mas sem roupa

Aconteceu que eu já não possuía minha pouca idade
Mas, ainda entendia o mundo com o olhar de uma bela criança
Demorou pra compreender tudo de uma maneira ampla
Não entendia porque tanta pancada.
Aconteceu que, de tantos tombos, aprendi a derrubar
Nocaute atrás de nocaute, um leão por dia.
Aconteceu que o tempo passou tão depressa
Que eu me imaginava com o mesmo físico de outrora.
Mas, chorar não é solução. Aconteceu, acontece e sempre acontecerá!

Você controla suas ações
Sua vida, e o que julga certo
Você controla seu nariz
Seus passos e quem tem por perto

Mas seus sonhos
Ah! Os sonhos...
Esses são incontroláveis!

Peço-te toda sinceridade
Peço-te todo seu perdão
Só não me deixe sem o que me dá
Não consigo ir sozinho, sem suas mãos

Aprendi com as manhãs
Que tudo se renova a cada dia
Aprendi com o entardecer
Que a fúria também se vai com o sol

Mas ainda não compreendi
O porque de tanta complexidade
Se eu ainda ando pelas mesmas ruas
Percorrendo a mesma cidade

Calma, tudo há de se resolver
As derrotas estão sempre aí
Pra te ensinar, acima de tudo
A não deixar de vencer

Vem comigo, e deixa tudo de lado
Vou te ensinar o que há de melhor
Nessa vida corriqueira
E te mostrar que, sozinhos
A vida é muito mais passageira

Pela cor e o brilho dos seus olhos, dá pra ver que não consegue enxergar nada, a não ser minha imagem, refletida nos seus pensamentos mais sacanas.
Pelo seu andar, dá pra enxergar que tá difícil caminhar sem minhas mãos pra te guiar. Sem meu carinho pra te relaxar, sem meu calor pra lhe tirar do frio, que entra pela porta que você deixou aberta ao sair.
Mas, calma! Eu tô voltando. Pra te fazer aguentar meu mau-humor de manhã, minhas piadas, que de tão sem graça, nos faz chorar de rir. Te fazer aguentar minhas bebedeiras, que de tão sadias, me tiram da depressão. Ou, minhas frases de efeito, sempre com um gole de humor. Ou, o meu egocentrismo sádico, que eu sei que você odeia, mas faço questão de te fazer odiar cada vez mais.
Eu tô voltando! Mas, não se iluda. Eu sou meio assim, de lua, às vezes durmo em casa, às vezes na rua. E depois, quando o sol da manhã entrar pela sua janela, com certeza eu já fui embora. É meu jeito, não tem jeito, não dá pra mudar, e você sabe disso. Mas até parece que gosta, apesar de não te fazer bem.
Na verdade, eu não sei bem porque nunca escrevi nada pra você. Tive mil e um motivos pra te escrever uma canção, uma poesia ou algum texto que te fizesse emocionar-se. Ou não. Já escrevi textos e poesias pra pessoas que mereceram muito menos, mas pra você, incrível, ainda não havia conseguido. Mas, agora, pode se orgulhar de ter um. E, um dia, eu sei e você também sabe, que é só isso o que você vai ter. Mas, já vai ser o suficiente, e até um pouco mais que isso. Quando se cansar. E for embora antes de mim."

"Hoje o dia amanheceu mais triste. Sem motivo aparente. Sem explicação. Hoje, de tão infeliz, até parece que o sol acordou com a preguiça de uma ressaca. Até parece que quando ele se for, nem estrelas, com tanto brilho, aparecerão.
Mas quem sabe amanhã, todas as flechas de luz se voltem para o caminho de onde nunca deviam ter saído. Quem sabe amanhã, eu acorde ainda mais cedo, e tente tudo de novo, com mais vigor e vontade.
Mas, já tá decidido! Hoje eu não fico triste. Não mesmo. Nem hoje, nem todos os outros dias que virão. Não vou aceitar nenhum tipo de sentimento que não seja fantástico. É uma questão de respeito. Comigo mesmo, e com meu coração."

"Agora é a hora que eu te falo, Zé: Eu avisei! Achou que eu tava de brincadeira, e tudo que aconteceu foi exatamente o que te alertei. Olha só como você tá! Revigorado. Com um semblante maravilhoso. Feliz! É isso aí Zé, é assim que se vive, com a cabeça erguida, com alma limpa e livre de problemas e dúvidas. Mas, calma, Zé. Isso também passa. Não se acomode! Continue lutando, buscando o que quer, sei muito bem que você ainda quer muito. Se ligue bem nessas pedrinhas pequenas, elas também podem te desequilibrar. Bora, Zé? Que agora a gente tá no mesmo barco, e não tô afim de vê-lo afundando."

Eu amo o que é belo, o que brilha, e o que faz apaixonar-me.
Eu amo o que me prende, que me faz girar em torno de sua áurea magistral.
E não importa se não gostaram de minha música.
E não importa se a crítica detonou minha peça teatral.
E não importa se minha monografia se perdeu junto com meu pen drive na bebedeira de ontem à noite.
E de que importa se ninguém curtiu minha última poesia? Eu a escrevi pra mim, só expus um pouco de arte aos próximos.
De que importa os tantos tolos andantes, variantes e em pleno devaneio, criticando e rasgando tudo que lhe é alheio?
Com o foda-se desligado, não dá pra viver! Ah, mas não dá mesmo!

E daí que o sol ainda não nasceu? Também sei enxergar no escuro, se quiser.
E daí que a chuva não parou? Adoro caminhar entre gotas d'água.
E daí que ainda não dormi? Eu não tenho tempo a perder.
E daí que ainda não cheguei onde quero? Eu não tenho pressa.

Levanta essa cabeça, apruma essa alma, a vida é mais que isso, Zé! Não se abata pelas derrotas, elas são parte das tuas conquistas. Mas, não se congratule demais pelas vitórias, isso atrai derrotas. Vai! Luta! Não Desiste! Você pode! Você sabe que pode. E isso, é mais importante que qualquer forma de tristeza, desconforto ou infelicidade. Aliás, essa tal felicidade existe sim, Zé, não se iluda com o pessimismo alheio. Só tome muito cuidado, ela é tão simples, que talvez você não a sinta chegar, e se lamente depois. Não se lamente, Zé. Vivendo do passado, lamentando o trágico, esquecerá seu presente. Abre o olho, Zé, não deixem que te derrubem assim, ninguém tem esse direito sobre você. Viva, Zé! Viva...

Se sou, se não sou. Se vou ser, se não vou ser. Se tenho, se não tenho. Se posso, se não posso.
Sociedade medíocre!

Aí a gente percebe que tá faltando algo.
E a gente sabe o que é.
E também sabe que já não dá mais...

Eu quero mais segundas de folga
Mais terças de brincadeira
Quartas sem futebol
Eu quero mais quintas sem feira
Sextas, sábados e domingos sem memória.

Dizem que um homem à beira da morte, vê toda a sua vida passar como um filme. Preciosismo excessivo ou exagero compulsivo? O certo é que nem uma super-produção
de Hollywood conseguiria expressar em sentimentos, ao menos um terço de uma vida. Os seios fartos de mamãe, que eram o bem mais precioso, quando recém-nascido. O primeiro passo. A primeira palavra. O primeiro dia de aula no primário. Coisas que, em seus turbinados momentos, eram os mais valiosos pra si. Como expressar uma segunda-feira de febre, sem ir à aula? Como expressar a alegria de cada réveillon, na verdade, de cada ano vencido? Como expressar a conclusão do ensino médio? E o ingresso na faculdade? A formação, primeiro emprego... E, depois de tantas emoções... tristezas, que são descrições descartáveis, vem um desavisado e afirma que tudo isso pode ser expresso em segundos, à beira da morte. Quanta hipocrisia, quanta falta de compromisso com a vida. Bom mesmo é não precisar vê-la em segundos, em flashes, e sim, em emoções. Vivendo! Sendo.

Vai silêncio, falar tudo por mim.

A primeira vez

Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa.
Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado.
Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado.
Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”.
Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.
Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.

Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa!