Garganta

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Há algo, preso em minha garganta. Não é resto de comida e nem um remédio mal engolido. É apenas a vontade de falar certas coisas pra você. Eu tive um sonho, onde o sangue,saia de dentro de você,a sua face, estava deformada,e o medo cobria em seus olhos. Nesse sonho você havia me machucado muito,com palavras e com atos,e então, aconteceu algo, e desse jeito você ficou. E eu dizia para mim mesma: não o ajude, ele foi hipócrita contigo . mas é, a vida é assim,sempre fazemos o que não devemos. E quando uma gota de pena atingiu meu coração,nesse momento fui te ajudar. E sabe o que aconteceu? Fui apunhalada pelas costas,pelo meu melhor amigo, e vi,que tudo aquilo que estava acontecendo com você era apenas um de seus showzinhos, e parabéns, tenho que confessar,você é um bom ator. Mas eu não tinha mais forças para bater palmas, pois estava morta, e a única coisa que via,era um escuro infinito.

BLUSA FÁTUA

Costurarei calças pretas
com o veludo da minha garganta
e uma blusa amarela com três metros de poente.
pela Niévski do mundo, como criança grande,
andarei, donjuan, com ar de dândi.

Que a terra gema em sua mole indolência:
"Não viole o verde das minhas primaveras!"
Mostrando os dentes, rirei ao sol com insolência:
"No asfalto liso hei de rolar as rimas veras!"

Não sei se é porque o céu é azul celeste
e a terra, amante, me estende as mãos ardentes
que eu faço versos alegres como marionetes
e afiados e precisos como palitar dentes!

Fêmeas, gamadas em minha carne, e esta
garota que me olha com amor de gêmea,
cubram-me de sorrisos, que eu, poeta,
com flores os bordarei na blusa cor de gema!

(Tradução: Augusto de Campos)

A cada tapa na cara ela sucumbirá e exalava seu cheiro de ira mal resolvida.
A cada nó na garganta depois da sua rigidez brutal, ela sentirá que a vida ressurgia a cada espasmo cerebral.
A cada volta de corda que a envolvia, sentia que não era apenas seu corpo, mas sua vida te pertencia.
A cada pingo queimado da sua vela perversa, queimava cada vazio que existirá dentro dela.
A cada dor eminente que ela achava que poderia padecer, seus olhos famintos a faziam renascer.

Ela viverá a vida pra sua vida, transbordaria e não apenas completaria.

A cada raiva sentida no dia a dia, ele guardava com sua postura rígida.
A cada vontade dos seus desejos insanos, acumulava semente para o plantio bucal humano.
A cada hora que longe passava da sua escrava da vida, com maestria traçava as penitências doentias.
A cada marca deixada pelos seus apetrechos perversos, ele sentia sem mágoa que ela iria do “céu ao inferno”.
A cada grunhido, gemido, suspiro ou birra que ele retirava daquela que dele era, sentia sua dominância era para ele fundamental.

Ele viverá sua vida pra própria vida e fez de propriedade sua, uma outra vida.




06.02.2019

É um nó na garganta que não saí, tá, tudo bem, vou esquecer o nó da garganta e ser feliz.

E na minha garganta, um nó. No meu coração, uma dor. A dor de saber que eu fiz tudo errado, tudo errado para esse amor acabar. Desculpe-me, mas eu nunca soube ama não do jeito que você merece. Talvez eu tenha que começar tudo de novo, mas eu sei que nunca mais vou te ter, eu te perdi e não a nada que eu possa fazer para esse amor voltar. E o pior é que quando eu tinha você, deixei escapar por que nunca pensei que esse sentimento iria existir, e agora quanto menos pessoas souberem disso, melhor. Eu não sofro tanto, sabendo que você ama outra, ou pelo menos acha que ama. Eu não sei o que acontece, mas eu tenho certeza que nunca daria minha vida por você, como eu daria para outras pessoas, talvez pelo motivo de eu saber que você sabe se cuidar sozinho (?) mas e eu também não gostaria de ouvir um ‘eu te amo’ vindo de você. Mais motivos para eu achar que isso não é amor. E quando você está perto, eu quero sair, pois eu não quero ficar perto de você, você me faz mal. E tudo o que é bom pra mim acontece sem querer, eu posso querer nada, acontece tudo errado. Isso é motivo para risos. Mas uma coisa que eu quero levar para sempre é meu jeito de escrever qualquer palavra, sem querer, tudo na minha vida acontece sem querer, nada eu planejo, assim, totalmente. Tudo vem como uma surpresa. Por isso talvez que eu amo surpresas. Eu não vou aguentar ficar longe de você, apesar de que você me faz mal quando está perto. Eu sei que eu não posso te proibir de fazer o que você quer, mas eu não vou ficar bem sem você. E o que eu preciso é sorrir, e fingir que nada está acontecendo para tentar ser feliz, vendo o que eu jamais poderei mudar.

No quarto desarrumado o dia se arrasta
e da garganta se ouvem gritos
Na cama permaneço inerte, sem vida,
e em um único olhar incerto
miro a janela de cortinas ao vento.
Dava pra sentir as pessoas em movimento,
a explosão de cor e fogo
invadindo o meu mundo tão preto e branco.
O chão estremeceu, meu coração parou
a respiração ficou ofegante,
meus olhos ainda mais vidrados.
Não, isso não foi um acidente
isso foi VOCÊ.
Foi o que você provocou
quando chegou na minha vida.

- Dizem que...
"Meu sorriso engasgado na garganta
Meu olhar redirecionado por pupilas dilatadas
Minhas mãos tremem de pensar em você
Meu coração faz pequenos intervalos entre as batidas
Meu sistema nervoso está em depressão
E o meu ar? produtos radioativos".
- E dizem que foi tudo por um coração partido...

Cada lágrima que derramei tem uma história e um significado. Cada grito preso na garganta são as lembranças de tempos bons que se tornaram ruins. Cada palavra fria que digo, é porque tenho medo de me aproximar e machucar ainda mais meu coração. Se afaste, corra o mais rápido que puder desta confusão que me tornei.

verdadeiro amor
No momento tenho vontade de dizer tudo que esta encabulado,mas a garganta seca,nao deixa isso acontecer.
Gostaria de te contemplar com palavras lindas,infelizmente nao sou poeta.
Apenas te digo que se voce nao estivesse aqui...
As estrelas nao teriam o mesmo brilho;
O sol nao teria mais sua intensidade;
A lua passaria chorar comigo de saudade;
O mar passaria ficar sem ondas;
Os passaros nao cantariam mais;
A rosa nao teria o mesmo perfume;
As flores murchariam;
A vida passaria a ser uma rotina chata,eu nao teria prazer em vive-la.Pois voce que esta lendo essa é tudo para mim,é o ar que eu respiro,resumindo...é minha vida,sem voce eu nao vivo,nao teria forças para continuar vivendo.Voce é um presente de deus,é uma pessoa maravilhosa.
Resta-me agradecer pela tua vida,pois voce foi a melhor coisa que apareceu na minha!!!

A minha siceridade é tão verdadeira que ultrapassa os limites da garganta e dos olhos.

Sentia-se agoniada fazia dias, aquela mesma sensação estranha de coração batendo na garganta não a deixava em paz. Paz. Era disso que seu corpo mais precisava. Aquela paz interior que só sentia quando estavam juntos, quando o via sorrir, quando sorria com ele. Queria sair a procura de sossego, mas sabia que seria inútil. Decidiu então que faria as malas e iria embora, não dava mais pra viver assim, a falta de ar era tamanha e seu coração acelerava só de lembrar. Enquanto se preparava rapidamente para a viagem foi jogando dentro da bolsa só o que era realmente necessário, não precisava de muito afinal para ser feliz. E se foi. O caminho era longo, seu coração acelerado, e os pensamentos giravam e corriam mais que as rodas dos carros que passavam por ela. Conforme ia chegando ia sentindo aquela sensação tão familiar de alivio, como se alguém soltasse seus pulsos e pudesse voltar tudo ao normal, sentia que ele sabia que ela estava a caminho. Chegou, ele estava lá. Abriu a porta o mais rápido que suas mãos lhe permitiam. Pararam frente a frente e se olhavam como se fosse a primeira vez. Aquele rosto tão familiar, aquele sorriso que enlouquecia, o brilho nos olhos que só ficava presente quando estavam. Ela percebeu que seu semblante levemente se enrugava num tom de questão, ele não precisava fazer perguntas, ela sabia a resposta:
- Onde meu coração tem paz.

(...) senti que se me apertava a garganta e, à falta de palavras, mordi a voz.

Despedidas, sempre fazem minha garganta doer...
Eu ando precisando de mais ''olás''.

“Quantas vezes você ficou com um nó na garganta? Quantas vezes você estava mal e disse que estava bem? Quantas vezes você quis chorar e sorriu, ou chorou desejando sorrir? Quantas vezes uma só palavra, um só gesto destruiu o seu dia? Quantas vezes você ficou calada mesmo querendo falar? Quantas vezes você guardou pra si mesma tudo o que te corroia por dentro? Quantas vezes você se sentiu sozinha, mesmo com tantas pessoas a sua volta? Quantas vezes uma simples brincadeira te matou por dentro e você apenas sorriu mostrando que estava tudo bem? Quantas vezes você foi forte o suficiente pra passar por tudo isso? Quantas vezes você disse que não é forte e esqueceu-se de tudo o que um dia enfrentou?”

Pode sorrir, pode fingir, pode tentar seguir, mas a alma sente, os olhos denunciam, o nó na garganta perturba querendo expressar o sentimento.

"Aquele nó na garganta
que doí pra engolir
mais desce seco"

Nostalgia que me aflige.
Garganta seca de cervejas,
de aventuras baratas,
de vícios,
de ócio,
de pequenas vulgaridades.

Acha que precisa ser durona
Não dá espaço para a dor passar
Tem um grito preso na garganta
Que não está deixando ela falar

Na manhã em que me levantei para começar este livro tossi. Algo estava a sair-me da garganta, a estrangular-me. Rasguei o cordão que o retinha e arranquei-o. Voltei para a cama e disse: Acabo de cuspir o coração.

Existe um instrumento chamado quena que é feito de ossos humanos. Tem origem no culto que um índio dedicou à sua amante. Quando ela morreu ele fez dos seus ossos uma flauta. A quena tem um som mais penetrante, mais persistente do que a flauta vulgar.

Aqueles que escrevem sabem o processo. Pensei nisto enquanto cuspia o coração. Só que eu não estou à espera da morte do meu amor.

Anaïs Nin
NIN, A., A Casa do Incesto, Assírio e Alvim, 1993

Retrato Ardente

Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Obscuro Domínio, 1972