Fuga

Insana(mente)

No labirinto da mente
que sempre mente
pede fuga a saudade
inesperada(mente)
uma lágrima
silenciosa(mente)
desarma o ego
crendo então
sentimental(mente)
que em tudo vives
amorosa(mente)
indefinida(mente).

Rita Eduardo

Para alguns pode ser loucura, mas para outros é uma fuga da realidade.

Preciso dos momentos em que me transformo num coco totalmente oco, pois este é o momento de fuga que me permito, para assim suportar a realidade que vivo.

Para alguns, filmes e seriados servem clandestinamente como rota de fuga da realidade!

Deus é a fuga pros doentes emocionais acreditarem que é mais conviniente acreditar em algo, do que se encarar que de fato estamos todos sozinhos. Deus é a fuga, a razão é a arma.

Quando as palavras não surtem mais efeito nenhum, o silêncio se torna a melhor fuga.

Religião, a desesperada fuga do desespero.

Não somos movidos pela busca de felicidade e sim pela fuga do medo.

Às vezes,
o recolhimento
se faz necessário.
Não como fuga,
mas uma forma de
reoganizar afetos.

909/08/2015)

A maior crueldade da paixão
É não permitir a fuga

Não temos incertezas...temos medos.
Medos nos protege e é um plano de fuga para realizar os nossos sonhos.

Ser humano anda perdido, sem mapa e sem razão. Na rota da fuga, porque a ROTA nas ruas exterminou a direção.

Escrever nao é um dom.
Escrever é uma fuga,
talvez uma arte;
Dom é poder ver
mas para isso acontecer
basta nao furar os olhos!

FUGA

Dos olhos brilhantes do sonhador
Uma transparente visão surge como um raio,
Enchendo de luz o ambiente sombrio,
Bela e abundante causando desmaio.

E quando adormece,
Vê a tua imagem...
Mas sua visão dura pouco...
Logo acorda e percebe que tu eras apenas uma miragem.

Então as lágrimas escorrem pelos cantos,
Dos olhos que lamentam por coisas não vividas,
Quanto tempo desperdiçado...
Quantas coisas mal resolvidas!

Sabe que nunca poderá tê-la novamente,
Por isso foge,por isso sonha,
Tu estás ausente,
E não és concreta,
Mas na fuga do sonhador,
Tu estás completa.
Por isso foge, por isso sonha!

Fuga



E voou para o além em acrobacias inimagináveis
Roubando ao som de melodias
O verdadeiro script de seu autor.
Inventou sua própria história,
Sentindo a dor da ilusão,
Fugiu ao deparar com a vitória,
Sabendo que sofrer, iria então.
Nada na vida daria glória,
Nada do mundo seria canção
Tudo que tinha estava na memória,
E tudo que perdeu restou no coração.

Fuga para o encontro
Percebo-te partindo...
Antes mesmo de haver chegado,
Mudando o seu caminho
Em passos descompassados...
Percebo-te indo embora,
Antes mesmo de ter voltado!
Tentas resistir,
Ao que já está incorporado;
E fugir,
Do que te mantém aprisionado.
Tentas esconder,
O que nos olhos teus, está escancarado;
Submergir deste mar que estás mergulhado;
E sequer percebes que estás ancorado!
Inútil querer separar
O que está homogeneamente misturado.
Ou ignorar a felicidade
De estar completamente apaixonado!
Fechar os olhos à doçura deste pecado,
E punir-se temendo não ser perdoado!
Inútil querer acordar
De um sonho já começado
Ou desistir de um caminho que já foi traçado!

monte de lenha
do calor do fogão
a fuga da lesma

A força do livre
Arbítrio com certeza...
Ah!... que nos escapa em fuga
Como que a brindar loucos
desvairados e excêntricos
se deuses ou demônios
comandando
num tabuleiro jogos.....
com expressões sublimes
fitando com surpresas
exclamações e consternados risos
a se divertirem no Olimpo
com reações dos arbitrariedados
gladiadores
dessa nossa suposta
presunção de livre arbítrio.

ÁGUARELA

Lua vida no ar
Onde está a cantar, sem estar
A subir á noite em fuga ausência
Profundo descuido
Sem cuidado, sem nada.
Vagando em busca de ciência,
De si em essência...

Deseja pintar-se em vidas
Bela em tela
Cores em águarela
Água-íris a escorrer
Fecha os olhos e ainda ouve...
O canto que quer viver!


Pois quando pensa ser Lua
Torna a ser Mar
Entorna-se em mar
Tanta água, quase sem mágoa.
Ofuscada com o canto,
E com esta dor...

Raso descuido
Sem cuidado, sem nado.
Transbordando
Em busca d’outro grito
Sabendo-se mais um rito
Antecipando seu desamor.
(aurora)

Para o poeta, o fim de cada poema escrito é como mais uma fuga do cativeiro