Frustração
A gente deixa a condição de vítima, para de se lamentar, de colocar a culpa das nossas decepções na outra pessoa, quando descobre que o único culpado fomos nós por termos apostado todas as nossas fichas numa imagem irreal, numa projeção criada pela nossa carência e o nosso excesso de expectativa em quem, nem de longe é o que a gente queria que fosse.
A gente se decepciona porque espera apoio de quem mal consegue ficar em pé, se desaponta porque cobra profundidade de quem por natureza é raso. A gente fica confuso porque espera clareza de quem não consegue enxergar a si próprio. A gente se frustra porque espera ter conversas interessantes com quem é superficial e não consegue ir além de conversas bobas e fúteis. A gente se desencanta e se desencanta feio porque cobra chuva de qúem não consegue ser outra coisa além de alguns pingos isolados na vidraça do nosso olhar.
Primeiro a gente se encolhe em um canto, se reprime, se apaga, perde a cor, o brilho, a autoestima, o amor-próprio. Depois recolhe as palavras, emudece; em seguida recolhe os sentimentos e os guarda em um canto qualquer do coração. Por fim recolhe o que sobrou da gente, retira-se definitivamente, da vida da pessoa, deixando sonhos para trás, levando apenas um coração amordaçado e a frustração de um amor que não deu certo.
Uma vida amorosa fracassada decorre diretamente do desatendimento às suas expectativas - que são fomentadas por suas próprias escolhas em descompasso com os auspícios de seu(sua) companheiro(a).
Atualmente as gerações mais novas possuem enormes habilidades, mas ainda são despreparadas porque não sabem lidar com frustrações e perdas. Acham que nasceram com direito adquirido à felicidade e ao sucesso pleno, sendo que felicidade e sucesso pleno são adquiridos ao longo da vida e a partir da dor e do esforço. Pais e mães não devem se sentir eternamente “devedores” de seus filhos emburrados e mimados.
Existem duas formas de estragar filhos, querer que o seu filho seja o que você é, e querer que os filhos sejam o que não conseguiu ser.
Como abri mão das expectativas, das várias ilusões (segurança, etc) e comparações sejam quais fossem, as decepções, ansiedades, medos e outras primas nefastas raramente me visitam sem ligar antes.
O Peso Invisível
✍ Por Diane Leite
Dizem que o home office foi a grande revolução do trabalho. Dizem que agora podemos conciliar tudo – carreira, filhos, casa, sonhos, ambições. Dizem que podemos trabalhar no conforto do lar, produzir enquanto assistimos ao crescimento dos nossos filhos. Dizem tantas coisas…
Mas ninguém diz a verdade.
Ninguém fala sobre as palavras interrompidas, sobre o cursor piscando na tela enquanto uma voz infantil chama sem parar: “Mamãe, mamãe, mamãe…” Ninguém menciona o caos mental de tentar responder um e-mail enquanto alguém puxa sua blusa pedindo atenção. Ninguém fala sobre a raiva silenciosa de tentar construir um futuro enquanto mãos pequenas tentam te puxar para o passado – para aquele tempo em que você era apenas mãe, apenas colo, apenas entrega.
O mundo aplaude pais que trabalham de casa, admirando sua dedicação e equilíbrio. Mas quando é a mãe que tenta, o que ela encontra? Um labirinto sem saída.
Ela tenta negociar, tenta explicar.
"Filho, me dá só mais meia hora e depois a gente brinca."
"Mamãe está ocupada agora, mas depois vamos ver seu desenho favorito juntos."
"Por favor, me deixa terminar isso, é importante."
Mas as crianças não entendem tempo. Elas entendem presença. E quando percebem que a mãe está ali, mas não está, insistem, persistem, exigem. Querem tudo. Querem agora.
E a mãe?
A mãe não está frustrada porque não ama o filho. Não está frustrada porque não quer estar ali. Ela está frustrada porque precisa pagar as contas. Porque precisa trabalhar para sustentar o filho que, ironicamente, é quem a impede de trabalhar.
E o pior: a criança não entende.
Ela não sabe que aquela mãe exausta que pede “só mais um minutinho” está tentando garantir um futuro para ela. Não sabe que, enquanto brinca distraída, aquela mãe está planejando, negociando, buscando um jeito de fazer tudo funcionar.
A mãe engole a raiva. Engole o cansaço. Engole o grito que quer sair.
Porque o mundo já a ensinou que mães não devem sentir raiva dos próprios filhos.
Porque o mundo já a convenceu de que esse é o seu papel e que reclamar é ingratidão.
Mas lá dentro, um vulcão silencioso se forma.
Não é culpa.
Não é medo.
É frustração.
Porque enquanto o pai seguiu sua vida, ela parou. Enquanto ele construiu, ela segurou tudo sozinha. Enquanto ele dormiu tranquilo, ela ficou noites em claro, estudando terapias, pesquisando tratamentos, garantindo que aquele ser pequeno e frágil tivesse um futuro.
Agora que o filho cresceu e que ela finalmente tenta respirar, tudo parece puxá-la de volta para aquele tempo de doação total. O tempo que parecia ter ficado para trás, mas ainda vive dentro dela.
Ela sente raiva porque percebe que ninguém vai dar esse espaço a ela. Ela terá que tomar esse espaço.
Mas ninguém ensina como.
E então ela segue, tentando negociar, tentando encontrar um pedaço de tempo entre as exigências do dia.
O cursor ainda pisca na tela.
Os e-mails ainda esperam.
Os sonhos ainda querem nascer.
Mas há um peso invisível sobre seus ombros.
O peso de ser mãe e ser mulher ao mesmo tempo.
O peso de carregar tudo enquanto o mundo finge que não vê.
Mas ela vê.
Ela sente.
E um dia, de algum jeito, ela vai conseguir respirar de verdade.
E não pedirá mais desculpas por isso.
Diane Leite
O Despertar da Força Interior...
Quando tudo parece estagnado, quando cada tentativa se dissolve em frustração, é fácil acreditar que você está preso em um ciclo sem fim. Mas lembre-se: a verdadeira mudança começa dentro de você.
DOMINADO
Era disso que eu tinha medo.
Era sobre essa sensação de insegurança e de estar na mão de outra pessoa.
Era sobre ser independente emocionalmente e de me blindar de uma eventual frustração.
Ai você apareceu de repente, com esses seus olhos castanhos, esses cabelos pretos e essa sua voz com esse doce timbre da paz.
Toda minha inteligência de nada me serviu.
Eu, inexperiente nessa disciplina, fui golpeado de surpresa, e me encontro agora ansioso, dominado, louco, inquieto, apaixonado e anelando por te rever o mais rápido possível.
O meu coração sangra e me encontro desolado.
E curiosamente, não me arrependo de nada.
Será isso amor?
Devaneio e Verdade
Já acreditei em utopias,
na ilusão doce de um amor perfeito,
em promessas que pareciam poesia,
mas se desfaziam no peito.
Devaneio é crer que tudo é sonho,
que o amor não tem falhas nem fim.
Mas aprendi, com o tempo e os tombos,
que o amor de verdade começa em mim.
Carrego marcas que não me ferem,
mas me lembram de onde vim.
E mesmo quando tudo se perde,
me reencontro no que há de mais simples, enfim.
Como um gato que dorme no colo,
e diz com o olhar o que o mundo não diz,
há amores que não cobram nada,
só ficam. E ali sou feliz.
Não busco mais perfeição,
mas presença, verdade e abrigo.
Quem quiser ficar que fique inteiro,
porque vazio...
eu já não sigo.
Há negócios esperando acontecer; mas, o que mais espero é a criatividade nas realizações pessoais, sem envolver negócios egocêntricos, deixando pessoas frustradas e desiquilibradas pelas suas atitudes infames.
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