Fronteira

Cerca de 376 frases e pensamentos: Fronteira

Ninguém cruza a fronteira de um país subdesenvolvido em busca de uma vida melhor. Da mesma forma, uma empresa que não oferece um bom atendimento e produtos de qualidade terá dificuldades em conquistar clientes.

Inserida por nosor_beluci

⁠Nem todo comportamento que deixa a fronteira da normalidade deve ser considerado loucura.

Inserida por dylugon_dy

⁠Enquanto permanecemos na ignorância julgamos existir uma fronteira intransponível entre coisas boas e ruins. Ao descobrir a sabedoria constatamos que tal visão é mera ilusão da mente, pois que a diferença depende apenas do significado que atribuímos a elas.

Inserida por bodstein

⁠Todo aquele que vai a fronteira não pode ter medo de arriscar ir adiante até onde possa ir.

Inserida por Raimundo1973

⁠Somos estruidos em bons caminhos para chegar até a fronteira sem lamentar os desalentos vividos.

Inserida por Raimundo1973

⁠Na Fronteira de Nós Dois
William Contraponto

Na esquina estreita do mundo,
onde o olhar pesa mais que a pedra,
nós dois existimos à revelia,
de um céu que nunca nos celebra.

Gritam nomes, constroem muros,
com dogmas, cruzes, fardos e leis,
mas vivemos, mesmo sem permissão,
num agora que ninguém desfez.

Disseram que amar era errado,
que Deus não cabe no nosso abraço...
Mas se o inferno é o outro,
não sou eu quem lança o laço.

Vivemos, apesar do medo,
no absurdo que a fé construiu,
somos escolha em meio ao silêncio,
somos desejo que nunca fugiu.
E mesmo que tudo negue o que somos,
seguimos, porque amar é ser.
Na fronteira de nós dois,
há um mundo que não quiseram ver.

Carregamos angústias herdadas,
verdades partidas em becos calados,
mas cada toque teu me ancora
no sentido que não vem dos fados.

Saltamos sem chão sob os dias,
com a fé de quem teme e insiste,
e encontramos abrigo nos gestos
que provam que o amor persiste.

Disseram que a alma tem forma,
e que a nossa é ausência e engano...
Mas não há essência que nos prenda
quando o afeto é soberano.

Vivemos, apesar do medo,
no absurdo que a fé construiu,
somos escolha em meio ao silêncio,
somos desejo que nunca fugiu.
E mesmo que tudo negue o que somos,
seguimos, porque amar é ser.
Na fronteira de nós dois,
há um mundo que não quiseram ver.

Não há condenação mais cruel
que viver sob o olhar alheio.
Mas o amor é nossa resposta
ao vazio feito de receio.

Vivemos, apesar do medo,
no absurdo que a fé construiu,
somos coragem em carne e beijo,
somos liberdade que resistiu.
E mesmo que tudo negue o que somos,
seguimos, porque amar é ser.
Na fronteira de nós dois,
há um mundo inteiro por renascer.

Inserida por Fabrizzio

"Ao bom ser vivo, digo! Não há fronteira fechada, não há autoridades poderosas, não há sentido na palavra ordenada, não há vibração na forma, não há frequência na antecipação... Entender que tudo que vem a vossa presença lhe ensina algo, cria: a música como frequência, a dança como vibração, o pensamento rompante frente às fronteiras transforma o muro em deserto, e as autoridades poderosas passam a serem espinhos de uma bela flor. Aos bons seres vivos a luta não permite que baixem suas guardas, não fiquem obedientes, pois não existe obediência a um ser vivo bom, quando aprende algo novo permanece e quando nada aprende se vai como a água na lei da gravidade. Ao ser vivo bom, existe um modo de viver, mesmo em total atenção, este modo serve como manto que fornece alento e muito saber em ensinos aos seus usuários. Não me sigam, seres vivos bons, sigam a lei do aprender para ensinar, assim sempre estaremos próximos... Caminhando rumo ao saber como o estrategista ruma a sua vitória planejada e executada com exímio poder em suas habilidades...
Aos seres vivos bons, digo!
É uma enorme satisfação aprender em vossas companhias... "

Completa um trecho de algo que li em algum lugar.
[...] A Verdade deve ser medida de acordo com o grau de evolução do ser; na ignorância, a verdade deve ser velada e fraca, pois a mesma enlouqueceria o buscador. Mantê-la no teu coração e deixe-a falar através do teu trabalho. Conhecimento será tua força, fé sua espada, e o silêncio tua armadura que não pode ser quebrada. [...]

Inserida por desfragmentador

Nada ultrapassa a fronteira da amizade verdadeira.

Inserida por nereualves

⁠A morte é a última fronteira de salvação do nosso planeta contra as investidas insanas e brutais dessa praga chamada: [Ser humano]

Inserida por PensadorPoetaGG

A última fronteira do amor é a tolerância.(Walter Sasso - autor dos livros "Dobra Púrpura" e "Sem Denise")

Inserida por walsasso

⁠Não ignorem
a juventude
e a infância
adoçadas
pela guerrilha
na fronteira,
se ninguém fizer
nada a tempo
em boa coisa
isso não vai dar,
os filhos do povo
não podem servir
de diversão
em parque eleno.

Tudo anda a cada
dia neste mundo
anda mais insólito
como o estranho
mistério de Anabel,
como deputado
fugindo de fininho
depois ter aceso
o pavio do bloqueio;
quem faz isso
cedo ou tarde
a História irá cobrar,
porque se ela
assim não fizer,
eu é que vou recordar.

Insisto que ele
e os outros salvem
a vida do General
que nem deveria
ter sido preso,
só de saber que ainda
segue desassistido
tem me causado
um confesso tormento.

Algo me diz que
os olhos de azabache
inabaláveis do General
observam cada
verso de insistência
que pedem
a reconciliação nacional.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Eu sou o poema
da dupla fronteira
venezuelana e brasileira,
E de todos os povos
originários do continente.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A esquerda fica o Rio Esequibo

o poema da fronteira

entre Guiana e Venezuela,

No centro fica Bartica

a segunda cidade mais populosa

do Esequibo

com toda a poesia,

A direita fica o Rio Mazaruni

repleto de si em abundância,

E eu de longe ainda tenho

a esperança da notícia

deste território em total

liberação porque ali pertence

as estrelas onde perenes

teceram o destino e a bandeira.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Rafah

No sul de Gaza na fronteira
com o Sinai no Egito,
Você sabe que pode parar
a ameaça e mudar
o curso do destino que só
os mais frágeis têm atingido.

O Sol nasceu sentindo
a ansiedade de Rafah,
A Lua se ergueu sentindo
a ansiedade de Rafah
e as estrelas continuam
sentindo a ansiedade de Rafah.

Mais cedo as bombas
levaram pelo menos trinta,
Se a ameaça for concretizada
a sua vida não será a mesma,
Viva ou morta a poesia continua
informando mesmo que você não queira.

Eu sei, você sabe e todos
sabem da gravidade que
esta invasão a Rafah pode acarretar,
E se ela ocorrer posso vir
a não mais estar aqui,
a minha poesia pelos séculos
estará incumbida de relembrar.

O mal que já foi feito nunca mais
você e os seus não vão conseguir
apagar e se ainda não entenderam
que sagrada é a hora de parar,
a vida ensina da forma mais potente
que não há quem consiga dominar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O real e o virtual estão intrínsecos nas nossas sociedades, mas individualmente a fronteira entre os dois está muito bem demarcada na minha cabeça. Um mundo de fantasia não é para mim.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não foi como
eu pensava,
não voltaram todos,
houve um incidente
na fronteira
com os bolivianos
que querem
voltar para casa,
e segue a desgraça
plantada pela
autoproclamada
deixando completamente
a gente esfomeada
e totalmente abandonada,...
Na Pátria do Condor
tem sido rotina:
quando pouco se sabe,
não se sabe de nada,
tem sido normalizado
deixar muitos abandonados
nas fronteiras
e estradas da orfandade;
Por aqui virou terra
de contra-informação,
informação falsa,
informação pela metade
ou mesmo nenhuma,
e uns querem que
até para fazer
pergunta você se cale,...
Assim tem sido com
o nosso povo, com a tropa
e com o General preso
injustamente há mais
de dois anos que há
mais de três semanas
não recebem por ele
roupas limpas e comida
(e ninguém mais sabe
de absolutamente nada),
e de vez em quando
só recebem mesmo é água.

Inserida por anna_flavia_schmitt

O verdadeiro filósofo é aquele que crê além dos limites da fronteira.

Inserida por Rita1602

⁠Não há fronteira mais difícil de cruzar do que aquela que separa as palavras das atitudes.

Inserida por ateodoro72

quando é evidente a solidão, nem levo a sério se dizes que me amas, o eco da tua voz fica na noite que desce sobre mim...faz fronteira com o inverno que me envolve, mas traz-me uma fugaz esperança ao coração, que obstinado ainda te quer ouvir...

Paisagens em movimento

Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século XVII ou XVIII. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.
Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.
Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois Paris-Oslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela f i ta de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — “café com pão/ café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar.
Caio Fernando Abreu, in Pequenas epifanias