Friedrich Nietzsche
O homem precisa daquilo que em si há de pior se pretende alcançar o que nele existe de melhor.
Os homens graves e melancólicos ficam mais leves graças ao que torna os outros pesados, o ódio e o amor, e assim surgem de vez em quando à sua superfície.
O homem procura um princípio em nome do qual possa desprezar o homem. Inventa outro mundo para poder caluniar e sujar este; de fato só capta o nada e faz desse nada um Deus, uma verdade, chamados a julgar e condenar esta existência.
Nos indivíduos, a loucura é algo raro – mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra.
Muitos são os obstinados que se empenham no caminho que escolheram, poucos os que se empenham no objetivo.
O que o pai calou aparece na boca do filho, e muitas vezes descobri que o filho era o segredo revelado do pai.
Nós fazemos acordados o que fazemos nos sonhos: primeiro inventamos e imaginamos o homem com quem convivemos – para nos esquecermos dele em seguida.
A maturidade do homem consiste em haver reencontrado a seriedade que tinha no jogo quando era criança.
Começamos a desconfiar das pessoas muito inteligentes quando ficam embaraçadas.
O amor revela as qualidades sublimes e ocultas do que ama, - o que nele há de raro, de excepcional: nesse aspecto facilmente engana quanto ao que nele há de habitual.
Uma alma que se sabe amada, mas que por sua vez não ama, denuncia o seu fundo: vem à superfície o que nela há de mais baixo.
Quem só tem o espírito da história não compreendeu a lição da vida e tem sempre de retomá-la. É em ti mesmo que se coloca o enigma da existência: ninguém o pode resolver senão tu!
