Fria
O orgulho produz a ingratidão e os efeitos são: "ausência de consciência e uma personalidade friamente dúbia".
Seu tempo não funciona para mim
Tá quebrado, não percebeu?
Sua montanha-russa não me diverte
Nada em você é real
E te vejo como carne quente
Seu tempo não funciona para mim
Você precisa notar, rápido
Minha fome é de folhas frias
Mas te vejo como carne quente
E giro em roda-gigante só pra te confundir
Meu tempo conduz sua fome
Tem fome de mim, ainda??
Não consegue perceber... ainda?
Só como tua carne pra sarar o tédio da roda-gigante
Tu diz e desdiz e eu sorrio
Tu grita, esperneia e chora
E eu só espero sua calcinha encharcar
Pra brincar na sua carne
Sentir você arrepiar e tremer sozinha...
Que ilusão mais imatura a tua.
Seu tempo não é nada para mim...
E o meu tempo é só para me divertir.
Sim, sigo vazia,
enquanto você arde de desejo
Em todo vazio gelado que sou.
Para a tua dor quero ser alívio.
Para a tua noite fria quero ser calor.
Para o teu dia seco quero ser chuva.
Para a tua loucura quero ser equilíbrio.
Noite fria! Em vez de me entregar ao sono, tremendo, escrevo versos para você. O vento forte parece sussurrar seu nome."
Mente fria
Menti o controle
Emergiu o sossego
Natural tornou-se tenso
Tendência explodiu
Esperava ficar tranquilo
Mas é difícil manter a frieza.
Noite de chuva fina que cai, fazendo ressurgir as plantas semimortas. Diante das lutas travadas no íntimo, sempre ressurge algo que pensávamos estar morto. Assim a madrugada vai passando, levando com ela o que se tornou vivo e não passou de uma grande ilusão.
Eis, que é o vosso dia!
Sem que a noite, seja fria…
É dia de amor, nesse longo escurecer.
Mas que o vosso amor, faz nele, a luz nascer…
Amai! Neste jardim de rosas brancas.
Nesse amar, infindo, onde as pombas,
Voam ao vosso redor e cantam…
Sim!... Cânticos dos anjos, entoam…
Não façais … como eu fiz!
Que fui infeliz, no meu amar!
Mas amai! Amai!... Sem parar.
Pois, eu vosso amigo…
Também, assim fazer o quis!...
Mas vós! Sede! Zelosos e amigos…
Levai esse ramo de rosas, juntos!
E olhai para os Brancos cisnes,
Porque, vede! Como nadam,
No lago dos juncos…
Onde também!...
Há andorinhas!
E coelhos saltam, até ao ar…
Em redor, desse lago,
Que é vosso e das avezinhas.
Fazei, vosso ninho, oh rouxinóis!
Vós os dois, nesse eterno amar!...
Dedicado aos noivos…
Você jogou tantos baldes de água fria na fogueira dos meus sentimentos que eu já não sei dizer se ainda existe alguma brasa embaixo dessa cinza toda.
Salva por dois lobos que uivaram em direção a lua, clamando as divindades de luz, para que a salvasse-a de suas sombras que a arrastava, para as profundezas fria e escura.
Ela tem um olhar instigante,
um corpo atraente,
longos cabelos,
uma presença marcante
um jeito bastante envolvente
às vezes, até parece ser fria,
mas na verdade,
tem sentimentos calorosos
como uma paixão ardente
e um desejo audacioso,
quiçá um pouco selvagem,
então, deixa-me facilmente extasiado
com estas intensas qualidades
que percebo
como se fosse um dia ensolarado
durante o frio do inverno.