Fria
Superação em Versos
Era uma vez uma menina jogada na rua,
Desamparada, sentia a fria lua.
Sem abrigo, sem um lar,
Nas noites escuras, aprendeu a sonhar.
Enfrentou o mundo, frio e cruel,
Descobrindo em si uma força sem par.
Medos se tornaram degraus,
Para a valente menina, não havia muros.
Do passado, as dores se desfizeram em aço,
Pavimentando o caminho para um forte abraço.
Com coração audaz e olhar reluzente,
Superou tempestades, cresceu resiliente.
Triunfou sobre sombras, em luz se banhou,
E ao mundo mostrou o que a esperança gerou.
Deus sussurra em brisa suave,
Quebrando o gelo, a fúria que trava.
Terra quente, terra fria,
Um abraço celestial, a vida que guia.
Gotas de chuva, um presente do céu,
Refrescando a terra, em um toque suave e fiel.
Sementes e plantas, em seu abraço se acodem,
A vida renasce, a natureza responde.
Noite fria, os lares estão mais aconchegantes,
enquanto, lá fora, a chuva está caindo,
renovando a flora, deixando-a mais radiante,
então,uma simples e calorosa ocasião de lindos e distintos pormenores.
Em plena noite fria,
uma bela imagem que aquece
de um ser encantador
de lindos cabelos
usando um vestido azul,
cujo amor resplandece
assim como o romantismo
contido numa simples flor
de uma beleza incomum,
dianteda qual, sorrisos se acendem
pupilas se dilatam, coração estremessse,
e assim, a emoção alcança
a sua vez de fala.
"Entre o Tempo e a Distância"
Eles se conheceram numa tarde fria de outono, quando o acaso parecia conspirar a favor de um encontro que mudaria tudo. Sofia, com sua alma livre e olhar sonhador, cruzou o caminho de Miguel, um homem silencioso, com um mundo guardado no peito, daqueles que carregam histórias nas entrelinhas do silêncio.
Desde o primeiro olhar, souberam que havia algo ali — uma ligação invisível, intensa, como se tivessem se encontrado antes, em algum lugar além do tempo. Não demorou para que as conversas virassem noites, os passeios virassem memórias e os abraços se tornassem abrigo. Não precisavam de promessas; o sentimento era evidente em cada gesto, em cada palavra não dita.
Mas a vida, com sua maneira implacável de provar a força das coisas, colocou um obstáculo intransponível entre eles: Miguel carregava uma responsabilidade que não podia abandonar, uma família que dependia dele, raízes que o prendiam a uma cidade que Sofia não poderia chamar de lar. Já ela, era feita de movimento, de sonhos que a levavam para longe, de uma carreira que a fazia mudar de país a cada ano.
Por muito tempo, tentaram acreditar que o amor seria suficiente para segurá-los, que resistiria à distância, ao tempo e às ausências. E, de fato, resistiu — mas não como eles queriam. O sentimento cresceu, ficou mais maduro, mais silencioso, mas também mais dolorido.
Em uma despedida que nenhum dos dois queria dar, sentados em um banco à beira do rio onde costumavam caminhar, eles se olharam pela última vez como quem segura o mundo nas mãos, mas sabe que não pode carregá-lo para sempre.
— “A gente se ama, mas não basta, não é?” — perguntou Sofia, com a voz trêmula.
Miguel segurou a mão dela, apertou forte e respondeu:
— “Às vezes o amor não é pra ser vivido, é só pra ser sentido... e lembrado.”
E assim foi. Eles seguiram caminhos diferentes, construíram vidas em que o amor entre eles não coube, mas também nunca morreu. Era aquele tipo de amor que ninguém mais entendia, silencioso, eterno, escondido entre as dobras do tempo e da memória.
Sempre que olhavam para o céu em noites frias, pensavam um no outro, sabendo que, apesar de estarem longe, haviam encontrado, ao menos uma vez, aquilo que muitos passam a vida toda procurando: um amor verdadeiro, ainda que impossível.
Quando a paixão morreu no território do coração, o amor enfraquecido foi extinto, a fria indiferença foi a arma usada para assassinar a paixão!
A noite, fria, aguarda-me, espera-me...
conforta-me...
em sua escuridão reflete meu tormento.
Meu pensamento, triste, sombrio, um pouco de luz procura.
A noite, escura, se faz mais escura
por um momento...
envolve-me, dissolve-me...ameniza meu sofrimento,
diminui meu tormento.
A noite, sombria,
lúgubre, triste, cada vez mais triste...
se faz mais noite a cada dia.
A noite... em sua escuridão absoluta...
resoluta me diz: chego na frente, chego primeiro...
abro caminho, abro espaço
e te recebo, e te abraço...
e te conforto nos meus braços.
Seus pés pisaram a areia branca... quente, macia.
Num salto, molhou os pés no mar... a água fria.
Incerto ainda, o corpo todo mergulhou num movimento certo
deixou-se levar pelas águas do mar,
as ondas de leve a balançar.
O calor... o frio
A vida... a morte.
O corpo inerte.
As ondas... o movimento contínuo,
ir e vir... quebrar e reconstruir.
Então...
seus pés pisaram de novo a areia quente
agora milhões de ideias em mente...
e a vida toda pela frente.
Caminho sem avançar.
É longa a noite.
Escuras trevas.
Fria a escuridão no meu coração.
Longa estrada.
Passado que não se tem mais.
Presente que tanto faz.
Futuro que não teremos jamais.
Nunca estaremos onde deveríamos estar.
Um eterno presente a eternamente acabar.
Fecha o dia todo dia
o cinzento céu - pesada tampa...
Um cinza, cor fria cobre a terra
transforma em noite o dia.
Noite pardacenta
Só com a luz da Lua e das estrelas se alimenta.
Noite que das cores mais coloridas esvazia o dia...
Noite que se esparrama.
Pássaros se recolhem em seus ninhos, entre, das árvores, as ramas.
Voltam para o aconchego do lar os homens...
A luz que clareia o dia fecha os olhos, deixa tudo no escuro ficar...
Querem eles também descansar.
Abraço, aconchego, chamego...
No lar querem eles encontrar.
Alimento, braços que os aninham,
Não há luz que faça falta
quando calor há no ninho.
Delírio
Madrugada fria, vazia...
Deliro.
Conto as estrelas do céu.
Elas bruxuleiam de leve, levemente.
Insistentemente.
Qual delas consegue sequestrar tua atenção? Qual delas atrai fortemente o teu doce olhar?
Que me troques por ela eu deixarei...
Sim, consentirei que ela te envolva...
Que te leve... levemente.
Doce fantasia... doce ilusão...
Se não for meu teu coração
Que ele vagueie pelo infinito
Que seja o teu o caminho mais bonito...
eu deixarei...
e
jamais te deixarei...
deliro... é madrugada que nunca acaba.
Para falar de amor
A casa vazia...
cada dia mais fria.
Sente falta de poesia.
Mãos calejadas
pra sempre caladas.
palavras cansadas
No sofá da sala jogadas.
Uma luminária fracamente tenta quase que inutilmente tudo iluminar...
Não há mais versos para versejar.
No canto da sala uma mesa e um computador... mudo, frio e vazio...
...esperando que alguém o use para de amor falar.
É noite... noite fria.
Não há estrela guia.
Não se distingue nada.
Os ruídos da noite tomam uma sonoridade rouca.
Não há forças.
Coração tenta ser perseverante.
Mas suas tentativas não são o bastante.
Escolhas do passado
Seguiram o rumo errado.
Desejo que não me apontem direções censuráveis.
Que me deem escolhas certas.
Que me cerquem de caminhos planos... de estradas trafegáveis.
Que eu atinja – nem que seja uma pequena parte – de todos os meus planos.
Mesmo que eu cante triste.
Mesmo que às minhas mãos imponham limites de só um dia...
Sempre é mais um dia.
Mais uma chance.
Mais uma porta.
Mais uma via... mesmo que torta... que eu possa endireitar.
Vivo a esperançar.
Meus sentimentos
Acordo sobressaltada.
É madrugada fria...
Deixei a janela aberta
A friagem torna-me desperta.
Meus fantasmas já não me apavoram mais.
Meus medos, deixei-os pra trás.
Eles que vão outros endereços aterrorizar...
Outras casas têm eles de assombrar.
Minhas emoções a mim reveladas
agora só as uso para aprendizado...
Cada uma delas uma lição.
Meus sentimentos, já nem lembro mais de por eles sofrer... estão tão esquecidos que acabaram por se enferrujar
Meu coração
Manhã fria de inverno.
Vento forte a soprar
Não há o canto dos pássaros
Pra minha vida alegrar.
Um aroma firme de café.
O quarto gelado...
O espelho quebrado...
Com você foi embora minha fé.
Sórdido este presente em desarranjo.
Roupas espalhadas pelo chão.
O medo batendo à porta.
Dói com a dor mais doída do mundo meu coração.
Diante deste mundo sombrio...
Nuvens carregas no céu...
O sol que escondido está faz-me sentir um mais forte frio.
Diferente
Fria... indiferente...
Descuidada... negligente.
Insensível... impassível...
Impiedosa... inclemente.
Apática... antipática...
É o que acham de mim por aí.
Mal sabem...
Por dentro é tudo diferente.
Não sou nada negligente.
Sinto demais... sinto muito
Por mim... por ti...
Por toda a gente.