Frases sobre poesia

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Hoje quero com a violência da dádiva interdita.
Sem lírios e sem lagos
e sem o gesto vago
desprendido da mão que um sonho agita.
Existe a seiva. Existe o instinto. E existo eu
suspensa de mundos cintilantes pelas veias
metade fêmea metade mar como as sereias.

Acredite em vc mesmo que pra isso ,vc passe por cima de pequenos orgulhos , não questione nunca a vida ,vença a cada fase com dignidade...

Não quero essa mudez de condolências
a mim, a ti, ou só à terra
que tu e eu pisamos — e comemos.
Pergunto simplesmente se tu eras,
quem eras, e onde foste
depois que se fizeram quatro horas.

Há a mulher que me ama e eu não amo.
Há as mulheres que me acamam e eu acamo.
Há a mulher que eu amo e não me ama nem acama.

Em cada verso há um naufrágio
não sei de poema que não seja mar.

Quero um poema que diga
Que nada há que dizer
Senão que a noite castiga
Quem procura uma cantiga
Que não é de adormecer

Se você
Não morrer
De amores

A morte
Será traçada
Como fores

É necessario abstrair para não se abster.

Me procura, pra mim te procurar.

O que fizemos só a gente vai saber, as paredes não falam, meu amor.

Gafanhoto.

Irei te dar um tempo,
o que for preciso.

Mas não encontre;
Um lugar melhor que o meu,
um canto melhor que o meu.

se não eu morreria
de tanto pular.

Te descrevo como deve ser descrita, e te vejo;
com meus olhos fazendo parte da minha vida.

A única coisa real é a dor.

MORFINA


Embora, eu seja maior que todo esse "nada" existencial em mim,
desatino a ficar preso nos mesmos entulhos que o passado me criou.
Nenhuma morfina poderia fazer passar tudo que se criou,
e de certa forma, fui eu, o culpado de toda essa dor.

Embora você roubasse todas as cenas,
nunca imaginei que apagaria a minha preferida: nossa história.

Sinto o que não sentia
Quero o que não queria
Penso no que não podia
Desejo o que não devia

Eu sei

O efeito do racismo em um branco.
É vê um preto milionário, e não foi roubando um banco

Só dentro dessa velha cachola nula entupida de poesias é que consigo puxar algumas poucas lembranças da nossa vida, que foi curta.

Os naufrágios são belos
sentimo-nos tão vivos entre as ilhas, acreditas?
e temos saudades desse mar
que derruba primeiro no nosso corpo
tudo o que seremos depois

José Tolentino Mendonça
Baldios. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.

Nota: Trecho do poema Murmúrios do mar.

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Só cuida da dor do outro quem não neglingencia a sua.