Frases sobre Pessoa Mesquinha

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sobre a cerca,
os mais novos girassóis -
ninguém à vista

Tudo o que sabemos sobre a felicidade é que ela é variável.

O sol se põe
Sobre o riozinho sujo -
Ah, infância!

Reconhecer autoridade sobre si é um sinal de superior humanidade.

A virtude resplandece na adversidade, como o incenso reacende sobre as brasas.

Uma nuvem sobre a alma cobre e descobre muito mais a terra, do que uma nuvem no horizonte.

Escreve a visão, grava sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo.

Sobre verde imenso
um ponto saltitante
pássaro cantante

Aconselharia as mulheres, quando se interrogam sobre os efeitos da idade no seu encanto, a consultarem menos o espelho do que o rosto dos seus contemporâneos.

Cresci com gorjeios
sobre a jabuticabeira
entre os sabiás.

Noite no jasmineiro.
Sobre o muro,
estrelas perfumadas.

Ao dizer algo de condensado sobre a realidade, aproximamo-nos já do sonho, ou antes, da poesia.

Todo o espírito que existe no mundo é inútil para quem não o tem; ele não tem perspectivas sobre nada e é incapaz de aproveitar as dos outros.

Uma borboleta
Beija uma flor murcha
Sobre a lousa fria

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.

Fernando Pessoa
Poesias Inéditas (1930-1935). Fernando Pessoa. (Nota prévia de Jorge Nemésio.) Lisboa: Ática, 1955.
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Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho de poema do livro "Odes de Ricardo Reis", de Fernando Pessoa (heterônimo Ricardo Reis).

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Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
(Álvaro de Campos)

Ao longe, ao luar


Ao longe, ao luar,
No rio uma vela,
Serena a passar,
Que é que me revela ?
Não sei, mas meu ser
Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.

Que angústia me enlaça ?
Que amor não se explica ?
É a vela que passa
Na noite que fica.

Como nuvens pelo céu
Passam os sonhos por mim.
Nenhum dos sonhos é meu
Embora eu os sonhe assim.
São coisas no alto que são
Enquanto a vista as conhece,
Depois são sombras que vão
Pelo campo que arrefece.

Símbolos? Sonhos? Quem torna
Meu coração ao que foi?
Que dor de mim me transtorna?
Que coisa inútil me dói?

A morte chega cedo

A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.

E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto.