Oiço os teus gritos mudos
No querer gritar contigo
As mesmas palavras mudas
Arrancar-te as dores presas
De uma prisão sem portas
Onde os teus olhos choram
No desassossego dos dias
Da tua ou minha solidão.
A vida é uma simples aventura
Viva, cante, sinta
Ame, chore, brinque
Ganhe, perca
Caia, tropece, levante-se
Sorria, apaixone-se
Deseje sem medo
E siga em diante
Vem, fica
Sentirás amor
Como nunca sentiste
Repousa, olha-me
Afaga-me, despe-me
Sente-me na adrenalina
Que timidamente te provoco
Do meu ser, num abraço
Que te prende num longo beijo.