Frases de Sartre
"o homem... o homem começa a aborrecer-me. É ao livro que me prendo (...) à medida que vou envelhecendo, dir-se-ia"
"... uma pequena história, que não é vergonhosa nem extraordinária, recusava-se a sair. Nada de novo. Admiro-me de como se pode mentir com a verdade na mão"
Mas, enfim, tenho de reconhecer que sou sujeito a estas transformações súbitas. Sucede que só muito raras vezes penso; assim uma infinidade de pequenas metamorfoses vai-se acumulando em mim sem eu dar por isso, e depois, um belo dia, produz-se uma verdadeira revolução.
Que estava eu ali a fazer? Porque estava a falar com aquelas pessoas? (...) Tinha morrido a paixão que me submergia e arrastara durante anos; naquela altura sentia-me vazio?
... nunca recusei estas emoções inofensivas; pelo contrário. Para as sentir, basta ficar-se sozinho um momento (...) Antes conservava-me muito perto das pessoas, à suprefície da solidão, bem decidido (...) a refugiar-me no meio delas: no fundo, até aqui, era um amador
A vida, em si, não é nada, mas nos cabe dar-lhe sentido, e o valor da vida não é outra coisa senão este sentido que escolhemos.
É então isso…o Bem? Ser-se dócil. Muito dócil. Dizer sempre “perdão” e “obrigado”…É isto? O Bem. O bem deles…
A escolha livre que o homem faz de si mesmo se identifica absolutamente com o que se chama o seu destino.
Um dia, eu abrir a janela do quarto e escutei minha vizinha dizer: "A náusea é olhar para si como o próprio Deus e entrar em desespero". Talvez, ela tenha lindo Sartre.
Como a terceira de newton você cativa o que atrai
Como a 7ª de Beethoven notas que me distraem
Destoam da irrelevância de existir
Entoam a necessidade de persistir
Como já diria Sartre: “O homem é condenado a ser livre, porque depois de atirado neste mundo torna-se responsável por tudo que faz”, e para completar vou utilizar uma citação de Freud: “A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade”.
A liberdade é seu jardim secreto. Sua pequena conivência para consigo mesmo. Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, razoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida, feita de inércia, e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?
Se não me engano, se todos os sinais que se vão acumulando são percursores duma nova transformação brutal da minha vida, então tenho medo. Não que a minha vida seja rica, importante, nem preciosa. Mas tenho medo do que vai nascer, apoderar-se de mim - e arrastar-me ... arrastar-me para onde?
Esse sofrimento preto e branco de cinema europeu existencialista e niilista, apesar de ter um charme, é um porre, depois de um tempo. Aquele ar blasé de inteligentinho que sofre pela insolubilidade da vida e preferia estar morto, sem se matar, esconde, geralmente, uma futilidade pseudo-cult de Lana del Rey, Los Hermanos e Wikipédia do Sartre. É um saco!