Frases de poetas famosos

Clair de lune, chiaro de luna, claro de luna... jamais os franceses, os italianos e os espanhóis saberão mesmo o que seja o luar, que nós bebemos de um trago numa palavra só.

Amor: uma palavra em duas mentes.

Os grandes sofrimentos maiores ainda se tornam à vista do que poderia aliviá-los.

Que obra prima é o homem!
Como é nobre em sua razão!
Que capacidade infinita!
Como é preciso e bem-feito em forma e movimento!
Um anjo na ação!
Um deus no entendimento, paradigma dos animais, maravilha do mundo.

Como perdoar aos inimigos

Perdoas... és cristão... bem o compreendo...
E é mais cômodo, em suma.
Não desculpes, porém, coisa nenhuma,
Que eles bem sabem o que estão fazendo...

Tudo é orgulho e inconsciência.
Tudo é querer mexer-se, fazer coisas, deixar rasto.

Fernando Pessoa
Poemas Inconjuntos. In Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática, 1946.

Gastei tudo que não tinha.
Sou mais velho do que sou.
A ilusão, que me mantinha,
Só no palco era rainha:
Despiu-se, e o reino acabou.

(...)
Que fiz de mim? Encontrei-me
Quando estava já perdido.
Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime
No que lhe foi desmentido.

Que jamais cresça em meu peito um coração que confie num juramento ou numa afeição.

When we are born, we cry, that we are come
To this great stage of fools.

Doubt thou the stars are fire,
Doubt that the sun doth move,
Doubt truth to be a liar,
But never doubt I love.

A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos...

Tudo em meu torno é o universo nu, abstrato, feito de negações noturnas. Divido-me em cansado e inquieto, e chego a tocar com a sensação do corpo um conhecimento metafísico do mistério das coisas.

Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Um livro onde qualquer um escreve torna-se um livro sem credibilidade

A verdade é que os bichos, quando imitam as pessoas, perdem toda a dignidade.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Tão fora de tempo chega aquele que vai depressa demais como aquele que se atrasa.

O único modo de encontrar um amigo é ser um.

"Não será merecedor dos favos de mel aqueles que evitarem as colméias, porque as abelhas têm ferrões".

Nós só amamos os amigos mortos
E só as amadas mortas amam eternamente...

Mario Quintana
Apontamentos de história sobrenatural. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

Nota: Trecho do poema Sempre.

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A decadência é a perda total da inconsciência; porque a inconsciência é o fundamento da vida. O coração, se pudesse pensar, pararia.