Frases de Pobre Coitado

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Os contos de fadas são assim.
Uma manhã, a a gente acorda
E diz: "era só um conto de fadas..."
E a gente sorri de si mesma.
Mas, no fundo, não estamos sorrindo.
Sabemos muito bem que os contos de fadas
São a única verdade da vida.

Tudo que eu não invento é falso

Manoel de Barros
Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 1996.

E melhor é naturalmente cedo do que artificialmente tarde.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Quando a gente anda sempre em frente, não pode ir muito longe...

Antoine de Saint-Exupéry
O pequeno príncipe (1943).

No fundo, existe apenas um único problema neste mundo: como fazer com que o homem encontre de novo o sentido espiritual da vida, como provocar a nós mesmos para que retomemos o caminho que nos faz olhar nossas próprias almas.

Há amigos de oito dias e indiferentes de oito anos.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

Nos amores deste mundo, desde Eva, há sempre um que ama e outro que se deixa amar.

Eça de Queirós
Eça de Queirós entre os seus: cartas íntimas

Não diga as coisas com pressa. Mais vale um silêncio certo que uma palavra errada!

As coisas muito claras me noturnam.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Honrar exemplos ilustres não é o mesmo que subscrever suas idéias.

DEZEMBRO

Quem me acode
à cabeça e ao coração
neste fim de ano,
entre alegria e dor?

Que sonho,
que mistério,
que oração?

Amor.

Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim.

Álvaro de Campos

Nota: Adaptação de trecho do poema "Começo a conhecer-me" de Álvaro de Campos

O seu amor, a sua ternura, eram apenas um sonho. Mas valeria a pena aceitar sonhar um amor que queremos viver na realidade?

O amor, porém, é contagioso, com especialidade na solidão, onde a alma tem necessidade de uma companheira, e quando de todo não a encontra, divide-se ela própria para ser duas: uma, esperança; outra, saudade.

Sua tarefa não é de prever o futuro, mas sim de o permitir.”

Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.

Todo discurso deve ser como o vestido das mulheres; não tão curto, que nos escandalizem, nem tão comprido, que nos entristeçam.

Apesar de tudo, o amor era menos simples do que ele julgava. Era mais forte do que o tempo. O amor, no fim das contas, era feito de inquietações, de renúncias, de pequenas tristezas que surgiam a todo instante.

Cada um, afinal, projeta no mistério divino as qualidades imanentes à sua própria alma.

O mundo não foi feito em alfabeto. Senão que primeiro em água e luz. Depois árvore.

Manoel de Barros
BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Editora Record, 2000.