"Quisera eu ter nascido um beija-flor
ou quem sabe um poeta.
Se beija-flor eu fosse...
talvez eu poderia beijar teus lábios,
ou se poeta eu nascesse...
talvez eu poderia decifrar tudo o que diz teu olhar."
Minhas letras, estrofes e rabiscos
viajam de carona, flor em flor,
sigo o vento rápido, vento de corisco,
escrevo a poesia inteira na areia,
e escondo na renda do pescador.
Tão cheia de graça,
toda prosa,
no azul que eclode em céu,
na pétala faceira da flor
contrasta, tão "ninha",
num voo assim, assim...
encantada,
a incansável joaninha.