Frases de João Guimarães Rosa

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Qual o caminho da gente? Nem para frente nem para trás: só para cima. Ou parar curto quieto. Feito os bichos fazem. Viver... o senhor já sabe: viver é etcétera...

Rede é uma porção de buracos, amarrados com barbante.

Amor vem de amor. Digo. Em Diadorim, penso também - mas Diadorim é a minha neblina...

Minha tristeza é uma volta em medida; mas minha alegria é forte demais.

Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniÃES...

Por esses longes todos eu passei, com pessoa minha no meu lado, a gente se querendo bem. O senhor sabe? Já tenteou sofrido o ar que é saudade? Diz-se que tem saudade de ideia e saudade de coração…

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

O fato se dissolve. As lembranças são outras distâncias. Eram coisas que paravam já, à beira de um grande sono. A gente cresce sempre, sem saber para onde.

Lembro de Guimarães Rosa, quando dizia que “o que tem de ser tem muita força”.

há qualquer coisa no ar
além dos aviões
da Panair...

o bambual se encantava
parecia alheio
uma pessoa

os aloendros
em fila
nos separavam do mundo

Pãos ou Pães é questão de Opiniães.

Um sentir é o do sentente, mas o outro é do sentidor.

O amor não precisa de memória, não arredonda, não floreia:
faz forte estilo. E fim.

Significa que posso não ter muito conhecimento e/ou experiência, porém desconfio de como as coisas sucedem já que possuo imaginação. (Riobaldo - Grande Sertão: Veredas)

O corpo não traslada, mas muito sabe, adivinha se não entende.

Viver é etcétera!

Coração da gente – o escuro, escuros.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

No que vagueia os olhos, contudo, surpreende-se-lhe o imanecer da bem-aventura, transordinária benignidade, o bom fantástico.

Mas; também, cair não prejudica demais – a gente levanta, a gente sobe, a gente volta! (...) O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Nota: Os trechos costumam vir unidos, mas, no livro, eles são separados por algumas páginas.

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