Frases de João Guimarães Rosa

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Eu sou é eu mesmo. Divirjo de todo o mundo…
Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Os outros eu conheci por acaso. Você eu encontrei porque era preciso.

Hoje, temos a impressão de que tudo começou ontem. Não somos os mesmos, mas somos mais juntos. Sabemos mais um do outro. E é por esse motivo que dizer adeus se torna tão complicado. Digamos, então, que nada se perderá. Pelo menos, dentro da gente.

Penso que chega um momento na vida da gente, em que o único dever é lutar ferozmente por introduzir, no tempo de cada dia, o máximo de "eternidade".

Guimarães Rosa

Nota: 24 Cartas de João Guimarães Rosa a Antonio Azeredo da Silveira.

Se a gente puder ir devagarinho como precisa, e ninguém não gritar com a gente para ir depressa demais, então eu acho que nunca que é pesado.

Sigo à risca.
Me descuido e vou… Quebro a cara.
Quebro o coração.
Tropeço em mim.
Me atolo nos cinco sentidos.

Refresca teu coração. Sofre, sofre, depressa, que é para as alegrias novas poderem vir.

Reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa muito a passar, mas que sempre passa. E você ainda pode ter um muito pedaço bom de alegria (...) Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua.

Eu me lembro das coisas, antes delas acontecerem...

O certo era a gente estar sempre brabo de alegre, alegre por dentro, mesmo com tudo de ruim que acontecesse, alegre nas profundezas. Podia? Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas

Posso me esconder de mim?

Viver é plural.

O homem nasceu para aprender, apreender tanto quanto a vida lhe permita.

Cada palavra é, segundo a sua essência, um poema.

Amor é sede depois de se ter bem bebido.

Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma.

Guimarães Rosa
na novela "Campo Geral", em "Manuelzão e Miguilim"/ do livro 'Corpo de Baile'. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2001, pg. 148.
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o coqueiro coqueirando
as manobras do vermelho
no branqueado do azul

Sapo não pula por boniteza, mas porém por precisão.

Guimarães Rosa
Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Nota: Trecho do conto A hora e vez de Augusto Matraga.

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O sertão é dentro da gente.

tênue tecido alaranjado
passando em fundo preto
da noite à luz