Frases de grandes autores que inspiram grandes ideias
Saber desistir. Abandonar ou não abandonar – esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando.
Criar sim, mentir não. Criar não é imaginação, é correr o grande risco de se ter a realidade.
Eu também não sei não pensar. Acontece sem esforço. Só é difícil quando procuro obter essa escuridão silenciosa. Quando estou distraído, caio na sombra e no oco e no doce macio nada-de-mim.
O tempo não existe. O que chamamos de tempo é o movimento de evolução das coisas, mas o tempo em si não existe. Ou existe imutável e nele nos transladamos.
Escrevo muito simples e muito nu. Por isso fere. Sou uma paisagem cinzenta e azul. Elevo-me na fonte seca e na luz fria.
Já não me importo
Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Nota: Trecho de poema do livro "Novas poesias inéditas", de Fernando Pessoa.
Estou aqui de vez em quando muito delicada, me interessam principalmente flores e passarinhos.
Eu não sou uma sonhadora. Só devaneio para alcançar a realidade.
Não me posso resumir porque não se pode somar uma cadeira e duas maçãs. Eu sou uma cadeira e duas maçãs. E não me somo.
A perda das forças não esgota a vontade. Crer é apenas a segunda potência; a primeira é querer, as montanhas proverbiais que a fé transporta nada valem ao lado do que a vontade produz.
Como é bom o instante de precisar que antecede o instante de se ter.
E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas.
Se me abandonar, ainda vivo um pouco, o tempo que um passarinho fica no ar sem bater asas, depois caio, caio e morro.
Andar na escuridão completa à procura de nós mesmos é o que fazemos.
E eu não aguento a resignação. Ah, como devoro com fome e prazer a revolta.
Nota: Trecho da crônica As crianças chatas.
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