Frases de Fernando Pessoa sobre Vazio
Castanho-luz
Meu mundo está castanho:
Meus sonhos
Minhas músicas
Meus poemas
É a cor dos teus olhos que combinam tanto com o tom da tua pele clara e voz amiga.
Não preciso negar que afundei
Mergulhei de vez
No mar castanho-luz dos olhos teus.
Apesar da vida humana não ter preço, agimos sempre como se certas coisas superassem o valor da vida humana.
Pode ser injusto, mas o que acontece em poucos dias, às vezes até uma única vez, pode alterar o rumo da sua vida inteira.
Tem dias que eu não quero dizer nada! Quero apenas o direito de ficar calado sem ter que dizer o porquê de estar assim.
Guarda num velho baú seus instrumentos de trabalho
1 abridor de amanhecer
1 prego que farfalha
1 encolhedor de rios
1 esticador de horizontes
É da natureza da felicidade apresentar-se como inapreensível. Impossível de ter, reter, deter. Quando supomos agarrá-la, é porque já nos escapou.
Porque me deu agora de repente uma vontade danada de abraçar você, mas de corpo presente e ficar junto, sem assunto, deixando a vida passar...
- Por que você está me olhando desse jeito?
- Só lembranças...
Eu me apaixonei por ela enquanto estávamos juntos, e me apaixonei ainda mais nos anos em que ficamos separados.”
É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou.
No dia que for possível à mulher amar em sua força e não em sua fraqueza, não para fugir de si mesma, mas para se encontrar, não para se renunciar, mas para se afirmar, nesse dia então o amor tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte de vida e não perigo mortal.
O ser humano normal acredita no que vê, no que experimenta e no que sabe. O fingidor histérico, naquilo que aprendeu a dizer.
Tudo é importante na vida. Os pequenos atos são preparatórios dos gestos grandiosos e das realizações vultosas.
Amor humano é devolução, é restituição. E aquele que aceita qualquer coisa, também será deixado por qualquer coisa.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Nota: Trecho de soneto de Luís de Camões.
