Frases de Fernando Pessoa Porta Aberta

Para a virtude da discrição, ou de modo geral qualquer virtude, aparecer em seu fulgor, é necessário que faltemos à sua prática.

E cada um acredita, facilmente, no que teme e no que deseja.

O silêncio é um campo
plantado de verdades
que aos poucos se fazem palavras.

Não se perde nada em parecer mau; ganha-se tanto como em sê-lo.

A falsa modéstia é o último requinte da vaidade.

A inimizade pode ser tão cordial quanto a amizade.

A sinceridade imprudente é uma espécie de nudez que nos torna indecentes e desprezíveis.

O homem sério é perigoso, pode transformar-se em tirano.

Olho a noite pela
vidraça. Um beijo, que passa
acende uma estrela.

A morte é de fato o fim, no entanto não é a finalidade da vida.

Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.

Não são as pessoas que são responsáveis pelo falhanço do casamento, é a própria instituição que é pervertida desde a origem.

Quando o ateísmo quiser mártires, que o diga, o meu sangue está pronto.

Não podendo regularizar os outros, regularizo-me a mim mesmo.

O escravo constrói o seu orgulho em função do ardor do patrão.

Nas grandes crises, o coração parte-se ou endurece.

Nunca faças o que te desagrada ver fazer a outros.

O destino, como todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho.

Arte e vida se misturam.
Fantasia e realidade se acrescentam.

Custa menos ao nosso amor-próprio caluniar a sorte do que acusar a nossa má conduta.