Frases de Fernando Pessoa meio Ambiente

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Nada é mais raro no mundo que uma pessoa habitualmente suportável.

Qualquer pessoa que tenha experiência com o trabalho científico sabe que aqueles que se recusam a ir além dos fatos raramente chegam aos fatos em si.

Quando uma pessoa má pratica o bem, pode avaliar-se por tal esforço todo o mal que prepara.

Uma pessoa bela é geralmente boa, mas é raro que seja sensível. Ocupa-se pouco dos outros quem tem tanto prazer de se contemplar a si mesmo; não se esforça muito em amar quem sabe que deve agradar.

Você não precisa ser uma boa pessoa para ter talento.

Apenas no campo temos a oportunidade de conhecer uma pessoa ou um livro.

Quanto mais um pessoa pode fazer, mais se pode motivá-la.

Toda a pessoa vale mais que as suas maneiras de se exprimir.

Ninguém tem o direito de destruir a crença de outra pessoa, exigindo evidência empírica.

Explicar o que é responsabilidade para publicitários é como tentar convencer uma pessoa de 8 anos que relações sexuais são bem mais gostosas do que um sorvete de chocolate.

Em cada pessoa mora uma inocência própria.

Uma pessoa pode chegar aos sessenta anos sem fazer uma ideia do que é um carácter. Nada é mais oculto do que as coisas com que continuamente andamos na boca.

Não hás-de apreciar a pessoa pela aparência, mas pela função. Pondera o exercício da sua função e reconhece a sua dignidade.

Somente uma pessoa medíocre está sempre na melhor.

Enquanto você continuar a colocar uma pessoa para baixo, você também vai para a mesma direção; o que significa que você não poderá alcançar maiores altitudes.

Há metáforas que são mais reais do que gente que anda nas ruas...

Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havermos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!

Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.

Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.

Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?

Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.

Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.

Chove. Que fiz eu da vida?
Fiz o que ela fez de mim...
De pensada, mal vivida...
Triste de quem é assim!

Numa angústia sem remédio
Tenho febre na alma, e, ao ser,
Tenho saudade, entre o tédio,
Só do que nunca quis ter...

Quem eu pudera ter sido,
Que é dele? Entre ódios pequenos
De mim, 'stou de mim partido.
Se ao menos chovesse menos!

Fernando Pessoa

Nota: 23-10-1931