Frases de Escritores Brasileiros

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Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais. Então eu não digo nada, aparentemente submissa. Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã. Domingo de manhã também é a rosa da semana. Não é propriamente rosa que eu quero dizer.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho da crônica Atenção ao sábado.

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Inserida por portalraizes

Dei gritos de dor, e de cólera, pois a dor parece uma ofensa à nossa integridade física. Mas não fui tola. Aproveitei a dor e dei gritos pelo passado e pelo presente. Até pelo futuro gritei, meu Deus.

Clarice Lispector
Aprendendo a viver. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

Nota: Trecho da crônica A revolta.

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Inserida por portalraizes

Mas as palavras que uma pessoa pronunciava quando estava embriagada era como se estivesse prenhe – palavras apenas na boca, que pouco tinham a ver com o centro secreto que era como uma gravidez.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Devaneio e Embriaguez duma Rapariga.

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Inserida por portalraizes

Eu, que fabrico o futuro como uma aranha diligente. E o melhor de mim é quando nada sei e fabrico não sei o quê.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por portalraizes

Cada coisa tem o seu lugar. Que o digam as pirâmides do Egito.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por portalraizes

O bule de chá tão esguio, elegante e cheio de graça. Sim, mas tudo isso num instante passa, e o que fica é um bule velho e um pouquinho lascado, objeto ordinário.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por portalraizes

Deus lhe deu inúmeros pequenos dons que ele não usou nem desenvolveu por receio de ser um homem completo e sem pudor.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Por discrição.

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Inserida por portalraizes

Desencontro

Eu te dou pão e preferes ouro. Eu te dou ouro mas tua fome legítima é de pão.

Clarice Lispector
Crônicas para jovens: de amor e amizade. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.
Inserida por portalraizes

Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Um degrau acima: o silêncio.

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Inserida por portalraizes

(...) sinto quando termino um livro: a pobreza da alma, e esgotamento das fontes de energia.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por portalraizes

Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma num boi? assim fiquei eu...

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em 6 de janeiro de 1948.

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Inserida por portalraizes

E poucos suportam perder todas as outras ilusões. Há os que se voluntariam para o amor, pensando que o amor enriquecerá a vida pessoal. É o contrário: amor é finalmente a pobreza. Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Atualidade do ovo e da galinha (II).

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Inserida por biancavasconcelos

E como a uma borboleta, Ana prendeu o instante entre os dedos antes que ele nunca mais fosse seu.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Amor.

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Inserida por katiacristinaamaro

Ouvira na Rádio Relógio que havia sete bilhões de pessoas no mundo. Ela se sentia perdida. Mas com a tendência que tinha para ser feliz logo se consolou: havia sete bilhões de pessoas para ajudá-la.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por wtfpimenta

Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto O búfalo.

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Inserida por TaliaSampaio

Na certa cada um tinha o próprio caminho a percorrer interminavelmente, fazendo isso parte do destino, no qual ela não sabia se acreditava ou não. (...)

Então, e como sempre, era só depois de desistir das coisas desejadas que elas aconteciam.

Clarice Lispector
Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trechos do texto A procura de uma dignidade.

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Inserida por katiacristinaamaro

A verdade é que Laura tem o pescoço mais feio que já vi no mundo. Mas você não se importa, não é? Porque o que vale mesmo é ser bonito por dentro.

Clarice Lispector
A vida íntima de Laura. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
Inserida por pensador

A vida é tão contínua que nós a dividimos em etapas, e a uma delas chamamos de morte.

Clarice Lispector
A Paixão Segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por tomazdeaquino

Tão difícil tomar as coisas que haviam nascido bem dentro dos outros e pensá-las.

Clarice Lispector
O lustre. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por pensador

Às vezes quase aproximava de um pensamento porém jamais o alcançava embora tudo ao redor lhe soprasse o seu começo.

Clarice Lispector
O lustre. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por pensador

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