Frases de Escritores
Nada me o abismo deu ou o céu mostrou.
Só o vento volta onde estou toda e só,
E tudo dorme no confuso mundo.
Mesmo a circunstância de eu ir publicar um livro vem alterar a minha vida. Perco uma coisa - o ser inédito.
Assim éramos nós obscuradamente dois, nenhum de nós sabendo bem se o outro não era ele-próprio, se o incerto outro viveria...
Jamais deve buscar a coisa em si, a qual depende somente dos espelhos.
A coisa em si, nunca: a coisa em ti.
Um pintor, por exemplo, não pinta uma árvore: ele pinta-se uma árvore.
E um grande poeta - espécie de rei Midas à sua maneira - um grande poeta, bem que ele poderia dizer:
Tudo que eu toco se transforma em mim.
Jorge Luis Borges, que não acreditava em Deus, dizia que a religião é um ramo da literatura fantástica. Triste conclusão de Borges.
É uma barbaridade o que a gente tem de lutar com as palavras, para obrigar as palavras a dizerem o que a gente quer.
Por que os casais brigam?
Minha esposa sentou-se no sofá, junto a mim, enquanto
eu passava pelos canais.
Ela perguntou, “O que tem na TV?“
Eu disse, “Poeira. “
Aí então, a briga começou...
Mãe...
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do céu
E apenas menor que Deus
Que esta minha amada paz e este meu
amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade
bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsoria
dos cemitérios
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto
“As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.”
Mãe, são três letras apenas as deste nome bendito
Também o céu tem três letras e nelas cabe o infinito.
Crimes passionais
Os verdadeiros crimes passionais são os sonetos de amor.
Há duas espécies de livros: uns que os leitores esgotam, outros que esgotam os leitores.
Família desencontrada
O verão é um senhor gordo sentado na varanda reclamando cerveja. O inverno é o vovozinho tiritante. O outono, um tio solteirão. A primavera, em compensação, é uma menina pulando corda.
Eu me esqueci no armário.
Pensei estar vivendo,
estudando, trabalhando, sendo!
Pensei ter amado e odiado,
aprendido e ensinado,
fugido e lutado,
confundido e explicado.
Mas hoje, surpreso,
me vi no armário embutido
calado, sozinho, perdido, parado.
