"Na noite, eu rogo para que toda... Wikney Edson

"Na noite, eu rogo para que toda estrela despenque do firmamento e, para cada uma, eu possa pedir você aqui comigo.
Eu choro, imploro para que Deus me livre desse amar, meu eterno castigo.
Demasiada punição, amar quem não me ama, eterno martírio.
Amá-la, amada minha, é demasiado sofrido.
Quando Deus, por sobre os céus, me impôs o amor a você, passei a invejar a cruz e o sofrimento do próprio Cristo.
O que fiz? Indaguei-me na madrugada, não merecia, não mereço isso.
Eu sou calor, amor, erupção; ela é indiferença, ódio, o frio.
Uma vez e outra, mais uma e numa, ama-lá mais que eu, de novo.
A morte, ante amá-la, seria livramento, mas de ti não me livro.
Leio uma, duas páginas, um trago, uma caneta, te registro em meus escritos.
Queria apagar-lhe do de minha vida, o livro.
Bem da verdade, eu minto, eu finjo.
Tento me livrar de você e não consigo.
Pois, na noite, eu rogo para que toda estrela despenque do firmamento e, para cada uma, eu possa pedir você aqui comigo..."