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Tem coisa que nasce assim,
Com singeleza atrevida,
As duas almas que vivem em nós,
São alimentadas pela arte vida,
Venustidade sem fim,
Na afoiteza para o amanhã,
Sobram certezas que amenizam,
O furor de uma realidade indominável,
Que os bafejos de paz abrandam,
Com astros e abraços de noturna lã,
Há pouco,
Pouco demais,
E o tempo não teve tempo,
De fazer a casca desenvolver,
Por cima deste sentimento,
Cortado com as frias,
Lâminas curvas da foice inevitável,
Da existência,
É agora que,
A realidade fica insuprível,
Muito mais doída,
Pela irônica e tão temida,
Possibilidade da falta não dissipar,
Diante dos pequenos instantes,
Que sua ausência grita,
A inexistência,