Abrace seus filhos e não trabalhe... Luiza Fletcher

Abrace seus filhos e não trabalhe tanto: a mensagem emocionante de um pai que perdeu seu filho

Uma tragédia familiar norte-americana tem comovido a internet. O menino Wiley, de apenas 8 anos, morreu afogado enquanto dormia por conta de uma complicação causada por sua epilepsia infantil.

A situação foi devastadora para a família toda, mas principalmente para o pai do menino, J. R. Storment, empresário e viciado em trabalho.

Storment levava uma vida parecida com a de muitos de nós. Dedicava muitas horas do dia ao trabalho e sem perceber passava mais tempo dentro da empresa do que com a própria família. Não tirava férias havia oito anos, desde o nascimento do filho que perdeu.

Dono do próprio negócio, uma empresa de tecnologia, ele passava a maior parte do dia no trabalho, mal aproveitava o tempo com a esposa e os filhos. Foi em um desses dias que Storment recebeu a pior notícia de sua vida por meio de uma ligação: seu filho havia morrido afogado durante o sono.

No momento, o empresário estava em uma conferência com mais 12 pessoas e deixou tudo para trás para ir cuidar de sua família. Precisou ainda esperar 2 horas para despedir-se do pequeno Wiley, uma experiência que mudou completamente sua maneira de viver a vida.

Depois de todo o trauma, Storment passou a dedicar-se a orientar outros pais a prestarem mais atenção em sua família e aproveitarem mais momentos juntos para que não passassem pelas mesmas dores que ele.

Storment contou sua experiência por meio de uma publicação no LinkedIn, propondo uma reflexão muito profunda sobre o uso do tempo dos pais.

“Muitos perguntam o que podem fazer para ajudar. Abrace seus filhos. Não trabalhe até tarde demais. Muitas das coisas com as quais você gasta seu tempo provavelmente se tornarão um arrependimento quando não tiverem mais tempo. Acho que você tem reuniões o dia todo com as pessoas para quem trabalha. Você tem esse horário regularmente marcado com os seus filhos? Se há alguma lição a tirar disso, é lembrar aos outros, e a mim mesmo, a não perder as coisas importantes.”

Sobre os últimos momentos com o filho, ele disse: “Deitei ao lado dele na cama, segurei sua mão e repeti: ‘O que aconteceu, amigo? O que aconteceu?’ Ficamos com ele por cerca de 30 minutos e acariciamos seus cabelos antes que voltassem com uma maca para tirá-lo. Puxei-o para fora, segurando sua mão e sua testa através da bolsa enquanto o carregavam para a saída da garagem. Os carros foram embora. O último a sair foi a minivan preta com Wiley.”

A mãe de Wiley, Jessica Storment, compartilhou a publicação do marido no LinkedIn, reforçando o apelo de Storment e convidando os pais a estarem mais perto de seus filhos:

Se aprendemos alguma coisa, é que a vida é frágil e o tempo pode ser cruelmente curto. Se você é pai e tem a capacidade de passar mais tempo com seus filhos, faça-o. Quando tudo acaba, restam apenas fotos. O tempo não está mais disponível para você. É inestimável e não deve ser desperdiçado. Tire suas férias e saia com eles. Você não vai se arrepender dos e-mails que você esqueceu de enviar.

Storment aprendeu a lição da maneira mais triste possível, mas hoje pode fazer o seu melhor pelo filho que ainda está vivo. Lembre-se dessa história todas as vezes em que perceber que está colocando o trabalho na frente da família. Uma ligação ou e-mail podem ser enviados no dia seguinte, mas muitas vezes você não terá a oportunidade de abraçar seu filho ou colocá-lo para dormir uma última vez.

Não desvalorize o tempo com seus filhos e sua família, porque ele pode não voltar.