O NADA E TUDO Numa era de conhecimento... JoaoStarkaiser

O NADA E TUDO
Numa era de conhecimento externo, mesmo considerando entre o possível e o imaginário, ousando rasgar o tecido do nosso pensamento habitual, para encontrar algo diferente e inovador, é preciso pensar ideias, teorias, sistemas de pensamento, disciplinas, não somente pessoas, pois, o universo não se importa com nossos desejos.

Devemos buscar, não renovando o que já sabemos, mas, algo intocado que podemos achar onde se encontrar e modelar ao benefício humano, apesar de tudo o que fazemos seja uma tentativa infrutífera para criar algum tipo de permanência, algo para desafiar o esquecimento e não permitir que nossa ilusão de permanência ceda à realidade de nossa frágil existência.

Sabemos pouco do que pensamos! E, se nossa alma nos ouvisse falar as descaradas afirmações do conhecimento do nada que dizemos de modo veemente e brilhantemente apresentado como falamos para os outros, se esconderia de nós.

Podemos presumir que o cérebro, em sua complexidade, é co-dependente com a mente, mas, não cria consciência, apenas manifesta-a. Porém, não faz sentido o homem ser casual sobre a extraordinária significância de seu cérebro, que aprende a entender, falar e desenvolver linguagem e pensamento, sem indagar se a consciência pode existir além do cérebro, como nos alegados relatos de experiências fora do corpo e, em caso afirmativo, como o faz e como o sustenta?

A passagem para a eternidade escondida nos sonhos em nossa curta vida é como um sono onde a consciência das grandezas merecedoras de atenção contraem importâncias reservadas transitando de um momento para o outro sem continuidade definida.

Afirmar que o nosso cérebro é interligado para receber e reconhecer tudo, é considerado radical e contra o sentido tradicional do mundo.

Em contrapartida a hipótese do espaço como um nada vazio sem propriedades tangíveis ou intangíveis, infinito, silencioso, escuro e gelado, sem movimento e imutável, é incompreensível! Então, como é que estamos aqui, se o nada também significa nenhuma lei, o que há para evitar que algo venha do nada?

Quando o indivíduo descarta o todo de tudo o que existe e afirma o nada, se contradiz, pois, está substanciando o nada, mesmo que somente como um conceito. É possível que tudo veio do nada e o que existe é cíclico, algumas coisas transparecendo não ter inicio nem fim, outras aparentando linearidade. E assim deve ser o espaço de tempo durante o qual as coisas ocorrem e se completam tornando infinito a regularidade de vida do universo.

As perspectivas culturais consentem a ambiguidade nas definições do infinito, do zero e do nada. Contudo, a dualidade absoluta da observação do nada cria espaço e consciência, pois, não é possível delimitar o vazio e o nada das coisas existentes sem algo consciente observar tal ausência, pois, a visão é para a mente o que a dimensão representa para a geometria. Demais, o conceito do nada é algo a partir do qual nada é pensado e construído.