Foi Deus que fez o Vento

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O mar está agitado, o vento forte e as ondas quebram sobre o barco.
As ondas levantam o barco que várias vezes quase vira.
E a água invade o varco sem pedir licença.
Não adianta pegar eu balde e tirar água do barco.
Não adianta pegar o leme e tentar driblar as ondas.
Não adianta tentar enfrentar a fúria da natureza.
Essa é uma daquelas situações que o homem percebe que, realmente, não é nada.
O que fazer? Eu me pergunto.
Então eu me lembro...meu Mestre está lá embaixo.
Dormindo, sossegado.
O vento não O afeta, a tempestade não O pertuba.
A fúria da natureza não O assusta.
Nada, absolutamente nada, pode pertuba-Lo
Eu vou até Ele, Ele prometeu que estaria comigo...que me protegeria.
Penso em acorda-Lo mas quando me aproximo vejo uma cena que me deixa impressionado.
Ele está dormindo como um bebê, a tranquilidade em seu rosto é impressionante.
O caus está instaurado, a natureza rompe em fúria e Ele está dormindo.
Nada O abala.
Eu não o acordo...algo me diz que eu não preciso acorda-Lo.
Ele, mesmo dormindo, está no comando.
Acho que é isso que chamam de fé.
Eu me sento ao seu lado, não durmo, estou nervoso demais para isso.
Eu seguro sua mão, afinal, estou apavorado.
Eu recosto minha cabeça no seu ombro, estou exausto.
E de repente me vem a certeza de que, mesmo se tempestade não pare, nós, eu e meu Mestre, chegaremos seguros a outra margem.

Os meus frangalhos dançam conforme a música do vento que os leva, os conduz, e minha fragrância flutua por aí, perdida entre os ares, nos pulmões alheios, desejando fazer-se perfume. É que eu me enchi de tanta saudade e nostalgia que explodi, transbordei, e agora sirvo de caco nessa construção de espelhos que só refletem o físico dos homens e ignoram, insanavelmente, o caráter. Fotos, papéis, memórias e sonhos não me deixam em paz, não param de lembrar-me que eu odeio as aparências porque sei que há muito além do que os olhos veem. Por isso lancei meu punho fechado contra todos os espelhos da minha casa, e agora devo ter uns setenta anos de azar pela frente. Mas tudo bem. Esses resquícios que sobraram de mim e não se misturaram a areia da praia devem servir para um novo começo, e com essa mão calejada prometo escrever uma linda história para mim. Por isso eu vivo da arte e da poesia; ainda que me concedam uma visão realista, profunda e triste sobre o mundo, são belas, me completam e satisfazem por inteira. De qualquer forma, hoje eu vou dormir em paz, hoje eu vou fazer-me mais feliz, porque disso só eu sou capaz. Cortei nossos laços de dependência e destruí minhas estúpidas ilusões; agora é cada um por si, amor. Mas não se preocupe. Esses sulcos que vivem na minha face se rejuvenescerão num piscar de olhos, e a minha essência se fará fragrância aprisionada em vidros anti-reflexos; de visões retorcidas já estou cansada. Fizemos uma troca: eu dei-lhe meu amor enquanto você concedeu-me um punhado ingrato de decepções. E agora, antes que eu me esqueça, devo alertar: um dia, quando você estiver me esquecendo, alguém passará ao seu lado vestindo meu perfume e lhe fará lembrar de mim…

O quarto apagado, a chuva caindo lá fora e o vento cantando na janela. O edredom me aquece, o que clareia meu quarto é a luz do poste lá fora e o notebook. Não quero ouvir música. Meu dia não foi dos melhores. Parte boa? Eu andei uma hora sem rumo e mesmo assim não encontrei meu lugar, isso é bom? Pensei em ligar pra várias pessoas, pensei em correr pro colo de alguém, pensei em sentar num canto da cidade e ver o dia indo embora, ali, quieta. Queria o colo que ninguém podia me dar, mas, tudo bem. Vaguei um bom tempo, comprei suspiros, mal olhei nos olhos de quem cruzava na rua comigo, e vim pra casa.
Agora, eis-me aqui, com alguma coisa presa na garganta que, há tempos, não quer sair. Sempre tive uma vida toda pra dentro, lendo, escrevendo e ouvindo música. Poucos os que me conhecem tão bem para notar quando eu choro pelo telefone, para saber que por trás de uma risada existe é uma vontade imensa de deitar num ombro e pensar em nada. E, quando a gente vive pra dentro, certos dias a alma pede um pouco mais de espaço, aí, eu fico assim.
Na verdade, eu queria mesmo era caminhar na beira do mar, ver a lua se esconder nas nuvens, deixar a chuva molhar meu rosto e deixar que meus olhos se perdessem no horizonte. Queria esquecer da hora, esquecer dos compromissos e responsabilidades, viver como na época que eu achava que era adulta mas vivia como criança, dando uma aula de técnica vocal ali, outra aqui, mas vivendo a vida do meu jeito, sem ter que prestar contas, cumprir horários... Eu saía e caminhava na areia, na companhia de quem eu queria, falando sobre tudo. Queria a tranqüilidade de deitar no chão da varanda e ver o céu passar devagar, ter ainda aquele fio de esperança que eu veria uma estrela cadente; sonhar acordada.
Lembro dos dias que eu passava a tarde escrevendo com cuidado e decorando cada linha importante que eu escrevia no meu diário, hoje, solto uma frase aqui, outra ali... Mas não escrevo como antes.
A criança teve que virar adulto e, sinceramente, tô querendo pedir as contas.
Eu tinha tanto amor guardado aqui dentro de mim, hoje, restou uma coisa seca, sem graça. Não sei se era amor, até porque, eu nunca tive preparo algum para dar nomes às emoções, nem mesmo para entendê-las. Mas, confesso que, essa coisa seca que restou dentro de mim foi a coisa mais verdadeira que eu pude conhecer, e é a minha essência.
Eu tenho andado pensativa. A gente nunca prevê aquilo que pode acontecer, a gente nunca sabe em que estação o trem vai parar, se alguém vai ficar por ali e quem vai embarcar. Nos últimos tempos, as pessoas desembarcaram sem se despedir, foram saindo, o trem esvaziando e, o meu vagão ficou sozinho. Eu e mais uns poucos que precisam continuar a busca de algum vazio que preenche. Todos foram saindo, deixando gravado em mim cada detalhe da viagem... Foram, sem se despedir. E eu conheço bem esse tipo de partida, não há volta.
E, eu fiquei. Fiquei e seguro nas mãos dos que ficaram comigo, de alguns que embarcaram e de outros que estão avisando que precisam ir embora e seguir viagem em outro trem. Meu coração vai ficando espremido, como se nem existisse mais aqui dentro de mim. Vez ou outra eu sinto o seu pulsar, é a esperança de dias bem melhores, de sorrisos verdadeiros, de lágrimas de felicidade, de abraços sinceros e apertados.
Confesso que, como qualquer humano, eu penso em desistir, em deixar que o vento leve tudo, mesmo sabendo que o vento nunca trás nada de volta exatamente como era antes. Mas, não se preocupe, eu não vou desistir. Tem coisa mais autodestrutiva que insistir sem fé nenhuma? Mas, eu continuo insistindo naquele vazio que preenche, no amor sem explicação, naquele tipo de drama que foge dos clichês.
O plano não era ficarmos bem? Entonces..!
Eu sempre fico bem... Sempre.
Lendo aqui, sozinha, vi um trecho de um texto que dizia que seria muito bom que as pessoas não tivessem emoções e se relacionassem sem esperar nada um do outro. E, eu pensei “Que tipo de relação é essa?” Exatamente por esperarmos algo do outro que somos chamados de seres RACIONAIS. Esperamos e sei que nem sempre somos correspondidos, mas esperamos e, todo mundo, em algum momento, é surpreendido e recebe mais do que aquilo que esperava.
Como já dizia Caio Fernando Abreu:
“Quando você não tem amor, você ainda tem as estradas.”
Aqui dentro, o que não quer sair e nem descer, como se fosse um espinho preso na garganta. Na verdade é uma pressa, uma urgência, uma compulsão horrível de querer quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir tudo, antes que cresça e tome uma proporção tão grande que não caiba dentro de mim e, aí, eu sei que estarei perdida, que tudo sairá do meu controle, que eu não conseguirei domar meus sentimentos e irei destruir toda a confiança e cumplicidade que nossas conversas, nossos olhares e o nosso amor parcial construíram tão lentamente dentro da gente. Uma vontade de sair correndo, de negar que no fundo eu sei que as histórias que eu considero clichês são as melhores para serem vividas, vontade de tirar com a mão tudo o que possa me fazer sofrer.
Aqui dentro, aquele medo daquele vazio que preenche e transborda, daquele sentimento confuso e certo demais, daquela coragem repentina que nos faz tomar decisões que jamais pensávamos tomar. Medo do fantasma do passado. Aqui dentro, uma vontade de me enfiar em livros e escrever vários outros livros, ocupar a cabeça com tudo o que não me faça pensar que eu sou um ser humano como qualquer outro e tenho um coração capaz de amar também, assim como qualquer outro. Vontade de enterrar as probabilidades de me apaixonar.

Sou essa mistura de rocha com folha ao vento,
Metade indo, metade ficando.
Aprendi que a direção é mais importante que a velocidade,
Mas nesse exato momento nem sei se estou em movimento
Muito menos se estou indo para algum lugar...

No Silencio Você Vai Me Ver,
Quando O Vento Levar Minha Voz,
Fazendo Seu Coração Se Aqueçer,
E Bater Como Um Leão Feroz,

Minha Vida Estava Sem Sentido,
Jah Nao Queria Mais Viver,
Precisava De Um Motivo,
Para Continuar A Viver,

Então Foi Que Te Encontrei,
E Vi Em Seus Olhos A Inocência,
Entaum Soube Que Era VOcê,
A Razão Da Minha Existencia.

(...) Então, bebamos uma xícara de chá. Faz-se o silêncio, ouve-se o vento que sopra lá fora, as folhas de outono sussurram e voam, o gato dorme sob uma luz quente. E em cada gole, se sublima o tempo.

Haikai 1

Folhas coloridas,
voam ao sabor do vento:
outono chegou

Existem inúmeras maneiras de demonstrar o amor.
Tendo coragem, todas elas surgem como o vento.

. Nada cala a minha saudade, e, com ela, as minhas palavras que, pelo vento ou em pensamento, chegam a ti.

O vento diz que é hoje em meio a multidão...

Deixa o vento soprar, let it be .

Entende o que digo ?
Como, se nem eu mesmo entendo
e tudo que falo são palavras ao vento ?
Então fica combinado assim.

Eu falo e você não entende.
E quando você fala,
eu também não entendo.
De forma que ficamos assim.

Dois surdos que se falam.
E quando o fazem, se bastam.
Diálogo que se alastra pelo mundo à fora

e contagia os outros.
Entra por um ouvido e sai pelo outro.
Você não entende ? Isso é poesia.

Quando resolvemos abrir as portas o vento vem e varre a sujeira... Limpa a casa...

Dizem que as palavras desaparecem ao vento, porém sempre existirá uma pessoa que, sincronizada ao nosso momento, recepcionará essas palavras nos dando a certeza de que sozinhos nunca estaremos

Minha paciência é tão pequena que às vezes até o barulho do vento consegue me tirar do sério.

Os tolos jogam palavras ao vento;
os sábios perpetuam ensinamentos.

Hoje eu acordei árvore: nada me abala,
o vento apenas me balança e pra me tirar
daqui vai ter de chamar o bombeiro.

E se eu
Passar por ti
Através do vento

Apenas
Sinta-me pois eu
Visitarei tu'alma

Com carinho e levarei
Ao teu coração

Um pouco do meu
Amor

Que humildemente
Te afaga
Sem percebeste.

Folhagem seca
Mato sem vida, vento morno, terra cansada!
Sem tempo para florescer...
Onde o amor faleceu.

E ela temia ser sempre a figura quase fantasmagórica com o vento jogando com os cabelos e os olhos brilhando, em lágrimas não derramadas, enquanto gritava na miséria, um grito que rasgará sua alma em pedaços e trará a morte para aqueles em sua volta. Pois era como as pessoas sussurravam e diziam, que a vida ou qualquer coisa com vida não pode ouvi-la, somente a morte e aqueles prestes a morrer, pois esse era o grito triste de uma Banshee.