Fiz de Mim o que Nao Soube
Impossível para mim, é como vento. Uma palavra vazia, mas que quando nós acreditamos acaba nos derrubando.
Queria achar um lugar onde eu pudesse enfim te tirar de mim, um lugar em que eu fizesse uma prece e como num passe de mágica esse amor sumisse, ou então eu queria me acostumar a sentir isso, mas é muito dificil.
Confesso que me sinto,assim sem mais nem menos.Carrego em mim um platônico amor, ou ilusão do amor,chamem como quiser. Penso a vários dias,nos dias de paz que tivemos, nos andares que andamos,nas lutas que passamos. Mesmo sem saber,você viveu. Parte de mim luta,vive,morre. A loucas paixões ainda sim,pertence a você. Mas agora, "Nos tornamos estranhos um para o outro"
A sua pele é macia. Sua voz é grave e suave. Seus olhos são serrados e quando se abrem pra mim, me desfaço. O seu corpo sobre o meu soa feito canção ensaiada. Cola. Encaixa. Troca perfeita essa que passa de mim pra você e vice-versa. A minha língua procura o paladar que o teu pescoço naturalmente me oferece e a sua boca encontra o que de melhor meus lábios podem te proporcionar. Suas mãos são ásperas. Mãos grandes. Firmes. Que eu já não imagino longe das minhas. E seus braços são no molde certo pro meu enlace em você. Suas costas largas quase pedem pra que eu faça carinho com a ponta dos meus dedos. Minhas unhas caminham da sua nuca até sua cintura, e eu sorrio numa forma abstrata de querer dizer “sou maluca, e é por você!”. Mas a sua pele... Como é macia! Quase que brilha. Me faz viajar só de tocar. Sua voz no meu ouvido me faz, na lua, ir e voltar. Você fisgou algo em mim que até hoje meu olhar tenta encontrar ao encarar o teu. E eu não sei explicar o que aconteceu. Desde o dia que te notei, me encontrei. Do seu lado parei, e meu sorriso te pertenceu. Desde quando te conheci, não te esqueci. Assumi. Me apaixonei. Viciei. Sua pele me fazendo sonhar com tua presença enfim. Me obrigando a escrever, nas palavras me perder. Narrando cada detalhe teu, pra te trazer pra perto de mim. Sua pele, fina e breve, mesmo distante daqui, me fazendo te querer.
Nesse exato momento me sinto como se nada em mim fosse real, e que os minutos passados fora só um bom sonho e que eu acordei e to no mesmo lugar.
Odeio pessoas que ficam levantando falso de mim. Essas pessoas deveriam todas ir tomar bem no centro e parar de me importunar a vida!
Com essa alegria abundante que reside em mim, me perco dentro do meu eu e so desejo vc p me dar as maos e dividir comigo vivenciando cada instante tudo que ha nesse clima de êxtase.
De volta pra mim.
Na eterna família, entrelaçada
por simpatia real - e afeição -
entre braços e abraços, é chegado
o momento da separação.
Na estação do cativeiro,
com destino ao mundo terra,
embarco.
A viagem é longa e com ansiedade,
marco
os seis meses que passo...
Enfim, o endereço destino:
de novo, nasço!
Encontro velhos amigos!
Na família de outrora, bendigo
o modo como sou recebido:
com votos de “Seja bem-vinda!”
Compromissada,
em avançar mais um passo,
sendo a semeadura livre,
colho bons frutos
e, obrigatoriamente, também
colho fruto estragado.
Resquícios de egoísmo
ainda arraigados
trazem-me orgulho e vaidade
- sombras das paixões -
Uso então a liberdade
que o livre arbítrio me outorga.
Para o desprendimento alcançar,
o tempo é preciso viver
e em intensidade captar.
Para frutos salutares colher,
é necessário semear caridade,
porque na estação – embarcada -
da esperada liberdade,
quero levar, no meu coração,
da vitória, a realização,
por mais um degrau conquistado.
Em passos largos me aproximo do mais longe de mim. Em matos altos me perco de vista.Entretanto,ainda reconheço felicidade em tal empreitada.
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