Fiz de Mim o que Nao Soube
Seja o que for
Transcendeu a paixão
Se instalou dentro de mim
Ocupou meu coração
Com a beleza do marfim
Veio rasgando as entranhas
Destruindo os desenganos
Movendo montanhas
Tocando rebanhos
Devagar quase que suave
Sutil, quase que parado
Veloz, quase que tremendo
Sentimento atordoado
Tirou-me a calma
E com ela o sono
Foi-se a tranquilidade
Eu já não como
Bem, deve ser amor
Essa inquietude que não me deixa em paz
Pois seja o que for
Se é loucura ou amor: de você eu quero sempre mais...
O desperdício de um gostar, ainda mais quando é recíproco, é quase um crime para mim. É quase um ato ilícito, porque de dor eu entendo...
Com o tempo aprendi a dar mais valor em mim, e entendi que ninguém é mais importante do que eu mesma. Por isso, primeiro eu vou ali me amar, depois te amo, ok?
Acho que faltava era eu dedicar algumas palavras às palavras para que elas voltassem a falar por mim...
Um dos grandes pontos de discórdia entre mim e minha ex esposa é o seguinte: eu vivo cada dia como se fosse o ultimo. Só faço o que me da prazer. Só me entrego ao que me faz feliz. Até perguntei a ela uma vez: “oque você faria se descobrisse que tem somente um ano de vida?” Ela ficou muito encabulada e disse que mudaria tudo na sua vida. E eu lhe respondi que não mudaria nada na minha.
As pessoas hoje em dia não conseguem se realizar em nada e o estresse toma conta de suas vidas a ponto de ser impossível obter alguns momentos de felicidade.
Mas a partir de quando mudei minha vida dessa maneira?
Depois que descobri que não viveria muito tempo, por um problema renal muito grave. Decidi que se eu me curasse viveria a vida de forma diferente. E a partir de então tenho buscado isso. Não foi fácil no começo, mas hoje vivo assim: como se eu fosse morrer a qualquer momento.
Tenho vivido muito bem. Sei que sou tido como irresponsável até mesmo pela minha própria ex.
Mas viver assim me deixa em paz. E tenho tido sempre o necessário pra sobreviver. Não tenho nada em abundancia, mas tenho tido tudo o necessário para a vida.
Minha ex não suportava essa ideia. Ela corre atrás ainda de dinheiro desenfreadamente a ponto de não mais se divertir enquanto vive. Vive o tempo todo preocupada com contas, com desejos de ter, com o futuro. O futuro a Deus pertence já disseram. E é justo pensar dessa maneira. Pois o futuro depende do presente. Se o presente é uma busca desenfreada por dinheiro, nunca vai cessar e nunca permitirá que seja feliz e realizado no futuro, pois o presente (no futuro) continuara sendo a busca por dinheiro.
Não quero com isso deixar a visão errônea de que sou um vagabundo ou conformado com a situação, mas coloco em primeiro lugar tudo o que gosto de fazer e de realizar. E através dessa ideia consigo suprir as necessidades da minha família, sempre fazendo algo prazeroso.
Continuo com a mesma premissa: só faço o que me dá prazer.
O trabalho para mim não é trabalho é lazer e prazer, e ainda me pagam por isso. Adoro cantar, tocar, adoro vender. E sou tão fiel a essa cosmovisão que quando não tenho prazer em vender, não o faço. Vivo de uma forma que não sou escravo do dinheiro e nem do trabalho. E mesmo assim sempre faço alguma coisa. Sempre estou realizando algo. Sempre inventando algo novo para fazer e vivendo a vida com prazer e obtendo dela o necessário para viver.
Não me importa o que vão dizer. Se sou tomado como vagabundo, ou qualquer outro adjetivo inadequado para me qualificar.
Na verdade, as pessoas no fundo tem inveja de não terem coragem de viver assim. Por isso me criticam. Enquanto isso, vou vivendo a vida como se tivesse ganhado na loteria e fosse morrer em breve. Aproveito cada segundo da vida. Leio muito, ouço musica, canto, toco, escrevo e sempre me vem a mão o necessário para viver.
Minha mulher me abandonou. Não suportou viver comigo nesses termos. Está sempre de mau humor, estressada como trabalho, nunca ganha o suficiente, então trabalha mais e o circulo vicioso se completa.
Tenho a vida tranquila que pedi a Deus. É claro que sofro, mas meu modo de viver é tal que quando chegar ao fim da vida poderei dizer o que escreveu Pablo Neruda: “Confesso que vivi”.
Se eu morresse hoje estaria realizado.
É claro que tenho planos.
Sempre penso, planejo e executo cada plano. Viver assim não quer dizer que vivo irresponsavelmente. Não. Planejo, trabalho, estudo, leio, mas como se fosse o ultimo ano de vida.
Tenho prazer em tudo que faço. Tenho prazer em ler, em estudar, em trabalhar, em criar, em cantar, em vender, em tocar, de maneira que isso de modo algum para mim soa como trabalho. Mas sim prazer. Já disse um filosofo: “ escolha algo que você tenha prazer em fazer e não precisará trabalhar um dia sequer na sua vida”. E é uma grande verdade. É assim comigo. Mas minha ex não suportou viver assim comigo. Minhas filhas me entendem. Estão sempre ao meu lado.
O dia a dia não pode ser algo pesado. A vida não pode ser algo pesado e sem prazer. Pelo contrario. Estude o que te dá prazer. Faça o que te dá prazer. E seja feliz.
Minha filha, a primogênita, estuda Direito e toda vez quando volta da aula diz que ama Direito que se realiza estudando Direito, que ama Direito. Ela está no caminho certo. Se tem que estudar que seja algo que de prazer. Se tem que trabalhar que seja em algo que de prazer. Afinal a vida é essa.
A sabedoria da vida está em descobrir como viver, estudar, trabalhar, crescer e tudo fazer com prazer, com gosto.
Não quero deixar a ideia que sou hedonista, não o sou. Mas há que se encontrar na vida, no dia a dia, em tudo, prazer, gosto, realização.
As pessoas são covardes. E por serem covardes me rotulam de irresponsável, hedonista, ou preguiçoso ou sabe-se lá Deus mais o que.
A verdade é que desperto a inveja alheia vivendo dessa maneira. Mas isso não se apega em mim de forma alguma. Aprendi a viver assim, como se fosse partir a qualquer momento. E os covardes me julgam e me condenam, enquanto em seus corações o desejo de ser igual a mim os faz incapazes de serem felizes, e de realizarem seus sonhos e viverem de forma “irresponsável” como eu.
Tenho prazer em pequenas coisas, como abraçar minhas filhas e beija-las. Em acariciar meus bulldogs, em escovar meu rotweiller, em ler um dia inteiro se assim eu o quiser. Ou tocar e cantar profissionalmente por horas a fio. E ainda no final receber o pagamento. Nossa! Isso é demais!
Não me importa o que os outros pensam. Essa é uma decisão que tomei anos atrás e que aprendi a viver e que incorporei de tal forma em minha vida que é automático o meu viver assim dessa maneira.
O que importa realmente, é que em algum momento, voce de fato estava gostando de mim. Onde aquele momento, era apenas voce, e eu.
Paciência, pra mim, é igual dinheiro: aprecio em quantidade, porém, possuo em escassez. Fora que ambos tornam as pessoas mais elegantes...
A saudade, para mim, é tipo uma sombra. Ela existe, mesmo quando nem a noto ou lembro dela, mas há dias em que ela faz questão de se mostrar
Eu: – Suba no balanço.
Você: – Por quê?
Eu: – Você sabe, confie em mim.
Você: – Ok.
Eu: – Agora feche os olhos que eu vou te empurrar.
Você: – Aaaahh!!!
Eu: – Sente essa cócega no estômago?
Você: – Sim.
Eu: – Pois é isso que sinto cada vez que te olho. Agora quando estiver lá em cima, abra os olhos. 1, 2, 3 e já!
Você: – Oh, que bonito!
Eu: – Não sente que vai tocar o céu? Pois é isso que sinto cada vez que por erro você me dá uma olhada. Agora solte uma mão sua.
Você: – Está louco?! Quer me matar?!
Eu: – Sente esse medo? Pois é isso que sinto cada vez que você se vai, quando não te vejo, quando não está aqui comigo...
TRAVESSIA FALCIFORME
Escondo-me dentro de uma barquinha
que segue à deriva dentro de mim
Flutuando em àguas turbulentas
mar sangrento de células em foices
que falcizam as expectativas
os sonhos
os desejos
as metas
que prolongam as distâncias
neste maremoto de crises infindáveis
que estanca as iniciativas
e guarda em suas profundezas
o que restar de coragem.
Embora dentro desta pequena barca escondida
seguindo meu percurso à deriva
eu vou em frente
reluto contras as correntezas que me levam
que me impulsionam a lançar-me neste mar
e nele afogar-me, anular-me... me apagar.
Sigo... prossigo e perdida no trajeto
na longa travessia da vida
talvez até descubra
que não sigo assim tão à deriva.
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