Fio
O que os livros de história nos contaram, gerações a fio, sobre os índios?
Para um texto bem resumido, trago uma reflexão em dois aspectos.
Dentro do olhar capitalista, que os índios são preguiçosos, não gostam de trabalhar. Dormem o dia inteiro e tem uma vida sem responsabilidades.
Dentro do olhar religioso, um povo pagão, que não conhecia a Deus e não rezava a doutrina católica. E precisava ser catequizado.
Isso ainda perdura pelo Brasil afora.
Reforçado ainda mais por falas excludentes e escrotas a que ouvimos nos últimos tempos.
Mas, quem são os índios?
Debruçar-se sobre eles é debruçar-se sobre o aprendizado da contemplação e do respeito à natureza em todas as suas formas e manifestações.
Onde os índios colocaram os pés, vemos o uso da terra com responsabilidade porque sabem que todo contexto natureza tem interligações de seres em equilíbrio.
A contaminação se dá quando os povos que por aqui atracaram, carregados de seus apetrechos consumistas, diminuíram os povos que aqui já estavam numa referência de posses, considerando os índios como primitivos, de valores insignificantes.
O que vemos, hoje, é a continua tentativa de diminuição da cultura, dos conhecimentos práticos e da religiosidade concreta desses povos pelos direitos à terra e à vida que lhes foi roubada.
Os índios sabem que a vida tem uma curta duração e que não adianta acumular bens e riquezas, porque tudo fica aqui quando partem.
E que é mais rico quem faz a passagem integrado numa mística de reencontro com a divindade que tudo criou e confiou, à criatura, a responsabilidade de cuidar e proteger.
Os índios preservam a natureza.
O homem branco,
e branco no sentido de pensamento e não cor de pele, ganancioso que é,
destrói tudo por onde passa.
É isso!
Somos pequenas luzes coloridas
a brilhar num fio invisível chamado vida.
Cada um com com sua cor.
Cada qual com seu brilho.
Balneário Camboriú
Estamos mais ligados
do que você imagina
pelo fio do teleférico
das nossas vidas
neste mundo que gira
muito mais rápido
do que roda gigante,
e do oceano tu és
o mais fino brilhante.
Balneário Camboriú,
as camboas do rio
e Cristo de braços
abertos falam muito
de tudo aquilo
que nos mantém aqui,
e foi por isso que
eu sempre te escolhi.
Os sambaquis são
sobrenaturais poemas
de cerâmica que
seguem sendo escritos
em Tupi-Guarani,
Carijó, Kaigang,
Xokleng e nas horas
de soledade e silêncio
além do nosso tempo.
Com toda a sua magia
pelas nossas ilhas,
capelas e tantas viagens
do tempo até os Açores
com desembarque
em Portugal e uma
volta na Alemanha,
és atlântica esperança.
Não tenho mistério
para ti e me levas
bem fácil pela mão
convidando a dançar
com as nossas origens
e provoca miragens
com encantadoras
cenas que existem
sedutoramente em ti.
És mistério e Folguedo
do Boi-de-Mamão,
no fundo acredito
que você quer
é se casar comigo,
e este é nosso destino;
cidade de amores
de sereias e pescadores.
És todas as Cantorias
de Terno-de-Reis,
uma das jóia mais lindas
que mantém o meu
coração capturado,
soberana da costa
sem titubear somos
súditos do teu reinado.
O cretone do destino
foi nos unindo fio a fio
nesta imensidão azul,
Vamos juntos celebrar
num distante paraíso
onde somente dois
cabem num mar imenso
e brilhante tal qual
a água-marinha lapidada
na jóia mais fina .
Agora é bom
Um movimento de cada vez.
Toma o teu tempo,
Agarra a carne.
Fio de cima abaixo.
E escorre-o a ver onde vai parar.
Lá dentro, como num túmulo, jazem flores vivas
Pétalas vibrantes
Cores desassossegadas
Nutridas por lágrima secas...
Olhos mudos
Garganta fechada.
Só o ar me dá a mão para não deixar fugir esta solidão.
Pinta o chão mas não coloca asfalto, pinta o meio fio nas não faz o reparo na calçada. Queria entender o que passa na cabeça dos gestores.
Pode não estar tudo bem agora mas, eu continuo a me equilibrar no último fio de esperança que ainda me resta.
Ainda que a haja trevas em todos os cantos, um único fio de esperança em Cristo é capaz de iluminar o universo inteiro.
É nesse fio de magia que nos liga a vida que está a beleza de existir, o encanto que nos equilibra entre o etéreo e o profano.
Somos fio da mesma roupa, e ainda que estejamos cortados, é impossível te esquecer. Tentar costurar não é mais o suficiente. A máquina, de orgulho se quebrou! Agora, resta apenas eu e você, nós dois debulhados em saudade.
Agora é tarde
Falei
que o nosso amor estava por um fio
só de lembrar logo eu arrepio
agora e tarde pra voltar atrás
Eu sei
que a nossa história foi um caso
hoje acabou já não há mais mistério
vou confessar eu tenho um novo amor
Nos braços dela eu encontrei abrigo
só de me olhar eu perco o juízo
não me procure, não me ligue mais
Talvez,
entenda cultivar o amor
aprende como evitar a dor
talvez a vida te ensina o que eu não fui capaz
Eu fiz de tudo para ter você
te dei meu mundo e quis pagar pra ver
quebrei a cara e hoje eu aprendi viver
Nos braços dela eu encontrei abrigo
só de me olhar eu perco o juízo
não me procure, não me ligue mais
Talvez,
entenda cultivar o amor
aprende como evitar a dor
talvez a vida te ensina o que eu não fui capaz
Cabelos Grisalhos
Cada fio de cabelo branco, uma história
de tristeza
de alegria de viver
de saudade
de paixão
de amor
de amizades conquistadas e perdidas
da criação
da dor de perder
do ser ou não ser
da fé, ao perceber aonde acertou ou errou
do envelhecer
do propósito percebido após o grisalhar dos cabelos
de ver que a busca por Deus é infinita, por não perceber que ele está dentro do meu coração de menino.
Francisco Pontes
O FIO DE ARIADNE
para Ivan Junqueira
Mesmo que a chuva destrua
a rua, o muro, a rede elétrica,
olhe a casa que a água não levou
e veja que você está dentro dela.
Mesmo que o sol não volte a
abrir o sorriso da primavera,
olhe no interior daquela flor
e veja que você está dentro dela.
Mesmo que a luz se dilua
e os cegos se espalhem pela Terra,
olhe a voz que ninguém apagou
e veja que você está dentro dela.
Mesmo que os dias não mudem
— mesmo filme na mesma tela —
olhe a criança que ficou na plateia
e veja que você está dentro dela.
Mesmo que o mundo todo desabe
e não sobre pedra sobre pedra,
olhe suas mãos, o chão que ficou
e a vida ainda viva além da janela.
SONHAR.
Assim como um simples fio de metal pode interferir no bom funcionamento de uma bússola, por fim, a ausência dos sonhos pode prejudicar toda uma vida.
De um fio fez-se o tecido
Esse manto me torna alado
Por um fio não puxei o gatilho
Quem é que estava ao meu lado?
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