Final
Daquela vida que sonhei, daquele sonho que vivi, não levo a lembrança do final, mas dos dias felizes que vivi.
No caminho dos sonhos existem desafios, mas quando você chegar no final eles serão realizados e aqueles desafios vão ser fichinhas perto de você...então corra atras dos seus sonhos.
Por várias vezes eu tentei. Tentei mesmo, até não conseguir mais. E no final olha só… Você nem sequer se importou. Não vale a pena mesmo mudar nosso “eu” pra agradar outra pessoa. É perda de tempo.
Turbilhão
Escuta o final de uma conversa ao telefone, quando se senta ao lado de uma mulher no ônibus:
- Mas olha, Valmir, eu vou ter que desligar. Meu bônus tá acabando e eu ainda tenho que falar com…
Mas deixa a conversa alheia para lá. Mergulha nos sentimentos daquela música que ainda cantarolava desde que saiu de casa. Era de Caetano (sempre), I’ts a long way. Pegou dois ônibus para chegar ao seu destino e, na metade do caminho do segundo, um da linha 500 e alguma coisa, repetia, já cansada:
- “We’re not that strong, my lord, you know we ain’t that strong. I hear my voice among others…”
Mergulha não só nos sentimentos que essa música lhe causa, mas cai de cabeça na sua vida. Dói. Ela sempre dói. Sempre falta alguma coisa, sempre tem algo de errado. Ela, menina. Ela, mulher. Ela tão confusa. Incompreensível até para ela mesma. Dói. Sua cabeça bagunçada. Entorpecida, nada disso lhe vem à tona. Mas assim, pegando dois ônibus de uma vez só e triste com as coisas que não tem controle sobre, pensa em tudo. Sempre se entristece. Sempre acha que tem algo errado. O que seria? O que será? O que é?! As perguntas sempre lhe angustiaram. Mil imagens passam pelos seus olhos abertos que fingem observar as coisas que passam borrando pela janela. Mas não dá tempo de entender nada, ela pede parada, tem que levantar logo porque o ônibus tá lotadíssimo de gente, tá apertado. Desce, anda pela rua de pedras pretas e brancas, observando o anel no dedo do seu pé. Pensa que é melhor deixar para lá… são só coisas da sua cabeça, invenções que ela nunca compreende mesmo. Tem tempo para essas loucuras mínimas - ou máximas -, não. Vai embora, esquece a perturbação momentânea que teve. Já não sabe mais direito o que é sossego. Mas pensa que pode amar, ainda. Quem sabe esteja chegando a hora de novo. Pensa que daqui a dois ou três dias estará meditando e tomando banho de cachoeira. Pronto! Contenta-se com as coisas que lembra, assim, do nada. Mesmo quando são as memórias saudosas da sua breve vida. Conversa com as outras pessoas e brinca, sorri, dança. Passou. Pelo menos por enquanto.
A vida? É como aqueles suspenses que a gente sabe o final da história, mas acha tão evidente que não deve ser real... e no fim é.
Vencerá ao final aquele que melhor se adaptar as mudanças da vida e quem obtiver carisma, humildade e saber descer de forma sutil e silenciosa;
Seria capaz de esperar anos e mais anos , mas só queria a certeza que no final de tudo , era ao meu lado que você estaria .
Nunca duvide da capacidade de uma mulher, você acha que pode passar por cima dela, no final ela te mostra que na verdade você nunca passou dos seus pés.
PARADOXO
É a contradição
A resposta na minha mão
A verdade no final da piada
Nos olhos do crocodilo a lágrima
É o estranho no espelho
O término sem meio
É o progresso para a morte
Azar na sorte
O fim da estrada
O desfecho sem sacada
Mil olhos cegos
Pasmados e alertos
É a lavagem das mentes
Canto dos malditos em coro de contentes.
Quero alguém que, no final de um diálogo, diga tchau, pelo menos umas 5 vezes, e depois de tudo, apenas, esqueça de ir embora.