Fim de Ano Escolar para Crianças

Mais então, o que Faz meu Olho Brilhar hoje
é o Sorriso da Minha Criança e a Certeza de que
Só o que Veio de Mim vai durar para Sempre.

Nem tudo que eu quero é bom pra mim.
A vida é aquele pai que tambem diz NÃO. Eu sou aquela criança que não aceita, que senta no chão e chora e esperneia. E a vida, como um bom pai, ainda diz: "Haa é? pode reclamar, e alem de não ter o que quer, tambem não terá outras coisas, enquanto não parar com essa birra toda". Eu sou criança que quero porque quero, sem muita logica, sem muito sentido, mas o pai (vida), sabe muito bem porque me nega, sabe que pode me machucar. Na verdade não esta me negando, esta me protegendo. E quando não mais bater o pé, quando estiver brincando, distraido, me trará algo que tenha senitdo e que cuidarei pra sempre.

Ironia é as pessoas sustentarem igrejas revestidas de ouro enquanto a crianças passando fome por todo mundo .

O tempo

Enquanto crianças o tempo não passa
Olhando o relógio e as horas de graça
Sem pensar em nada
Como uma fumaça.

Todos por um e um por ninguém.
Brinquedos e tudo
Sempre a favor
Das horas lentas
Que fazem bem.

E sem perceber
O tempo com jeito
Insere na vida coisas perfeitas.

Ao mover da vida
As horas disparam,
Como um redemoinho
Espalhando ventos.
Poeiras na vida
De quem não tem como
Perceber as horas
Em um ser humano.

Em quanto velho
A vida dispara,
Desesperada.
Sem perceber...
A saudade acalenta
As horas sombrias
De um ser que sustenta.

A vida é uma escola, não importa se você vive ou apenas vê o que se acontece, de qualquer forma sempre tiramos conclusões do que vemos ou vivênciamos, e com isso mudamos de conceitos à toda hora. Nada é estável.

Às vezes o sorriso no rosto de uma reles criança pobre e pura me mostra que a felicidade é a gente quem faz.

Eu sou uma pobre criança,
Escondida pelos arbustos da alma.
Perdida por sentimentos sóbrios,
Esquecida em meio a forte tempestade.

Eu sou uma criança,
Que chora sem ter lagrimas.
Corre sem ter pernas,
Apenas uma criança triste na floresta.

Me sinto só,
Como um adulto acompanhado,
Por sentimentos abandonados e queimados
Na minha triste floresta.

Tudo bem,
A tempestade vem ai.
Vai apagar todas as chamas
E inundar meu coração...

- Álvaro, vamos jogar?

- Não, obrigado. Jogos são pra crianças, eu cresci!

Parece criança quando ganha um brinquedo novo, e no inicio só brinca com ele, o melhor é ele, o mais bonito até, mais depois, que o brinquedo arranha que o brilho se ofusca que a brincadeira não mais te diverte você procura outro, ou até mesmo aquele velho, que estava jogado, em uma caixa, caixa essa cheia de saudade, de coisas que você não deveria mexer, ou de coisas que nunca deveriam ter ficado lá… E pra você, eu não quero ser brinquedo, muito menos caixa, quero ser aquilo que fica não o que se guarda.

Ir a festa de criança sem conhecer ninguém lá (nem mesmo a criança) não é cumprir agenda social. Para mim é um tipo de tortura... Mesmo eu adorando crianças!

Somos ainda crianças espirituais.

Quando eu era criança tinha uma vontade louca de ser adulta. Hoje, com tanto trabalho e responsabilidades, tenho saudades de quando eu era criança.

Um dia pensei que jamais iria crescer, que a fantasia de uma criança era a visão mais bela de um mundo pequeno e cheia de pessoas puras. Mas o tempo passa e com ele a ingenuidade, mas a alegria de uma criança ainda me faz viajar e voltar no tempo... e perceber que a magia da infância me faz sorrir e me faz feliz.

Crianças são puras e inocentes, mas tolas por ansiedade de crescer.

O AMOR PARA A FELICIDADE E O BEM COMUM

Sempre digo que a escola da minha vida se formou pelas dificuldades mais expressivas as quais já enfrentei. A reflexão principal está sobre o fato de ter chegado eu até aqui. Vejo em minha volta pessoas que não suportam as mínimas barreiras – sofrem por depressão, se matam. Algumas que, por tanto individualismo, dão por finalizada a sua vida por não ter a humildade de reconhecer que sua perda pode representar a vez de outro ser feliz também; Não que ela deixará de ser, no entanto, terá de encontrar a felicidade nas mínimas coisas - se é que assim se pode classificar algo neste mundo. Até quando os valores materiais conseguirão esconder a fonte verdadeira da generalização da felicidade? A meu ver, a única riqueza existente é a natureza, esta que permite a existência alheia - querer criar acomodações devastando-a, em análises minhas, é o maior delito, o mais trágico. O amor? Rá! Este está cada vez mais escasso. E nada de confundi-lo com paixão! O desejo comum entre dois seres se difere desta que é a melhor solução para um mundo melhor - repleto de alegria e satisfação total das pessoas para com suas vidas. O valor materializado nada mais simboliza que o formador da desunião, ganância, inveja, falta de hombridade; do desrespeito, individualismo, entre outros aspectos responsáveis pela erradicação do amor na humanidade; Este foi o pior critério elaborado para classificar algo - as pessoas acabam se classificando também. Isso é catastrófico.
Ah, seres humanos, quando finalmente usufruireis da tua inteligência? Quando não houver mais saída? Acontece que será então o fim.

Vigiei meu corpo pela vidraça. Tudo direito. Siga em frente, a noite é sua, criança.

[...] Mas, Maria! A minha criança mora ao lado. A criança que sou, a criança que tu conhece, a criança que tu se lembra. Do lado ainda sou a mesma, sabes que o tempo me trouxe o cheiro da chuva, lembra? A gente gostava tanto de olhar a chuva pela janela naquela casa cheia de gente, eramos tão criança...Por que agora tudo está ao som de música triste, piano de fundo, voz com dor...Desaprendi o jeito, vou rifar meu violão.

Cacique de Guaiviry

Foss’eu levar um adulto,
velho ou criança
me afamaria canibal,
se o homem branco é quem leva
sequer há condição
de julgá-lo cultural.

Foss’eu matar um presidente,
prefeito ou governador
gritariam por “justiça”,
se matam eu mesmo, um cacique
calam-se jornais, políticos:
os índios não rendem notícia.

Foss’eu matar um papa
pastor ou cardeal
enquadrariam os “ateus”,
se matam eu, a xamã
calam-se igrejas, fiéis:
os índios não servem a(pra) Deus.

Foss’eu escrever
neste momento covarde
que o branco me obriga a partir,
diria: sei que a luta
não se faz com o umbigo,
é coletiva e vai prosseguir

pois companheiros de causa,
mesmo que roubem meu corpo,
entendem:
a minha presença, meu grito de luta
desta, sofrida matéria,
transcendem:

“Guaiviry é Terra Indígena,
em frente,
meu povo,
enfrentem!”

Criança quando chora, o espetáculo é sempre maior

Se todos soubessem a importância da educação existiriam mais escolas do que presídios.