Mensagens de final de ano para alunos da educação infantil cheias de carinho
Quando criança, pensei ser piada. Ou mais uma forma de prender a atenção das pessoas, ficção. Porém, hoje posso ver, sem sequer procurar, pessoas plugadas a tomadas, esperando suas vidas carregar.
Pensei que teria que viver muito mais pra presenciar, pessoas sendo trocadas por máquinas, sinonimadas a contatos na lista que contabiliza amizades, mas, aparentemente, estava errado. E creio ainda que, pela forma como segue, ninguém de fato percebeu estar assistindo o passar da vida pela tela do telefone.
Cada história é uma oportunidade para ensinar às crianças o melhor de si mesmas. Quero inspirar famílias a desligarem-se dos ecrãs e a criarem memórias que durem para sempre.
Às vezes, a gente só quer voltar a ser criança, ganhar brinquedos, comer muitos doces e não engordar e não ter que se preocupar com nada.
“As escolas deveriam incluir Libras em sua grade curricular, pois educar vai muito além de transmitir conteúdos — é ensinar a comunicar-se com todas as vozes humanas. A linguagem de sinais não é apenas um código, mas uma ponte entre mundos sensoriais distintos, um exercício de empatia, humanidade e cidadania. Quando o silêncio ganha linguagem, o aprendizado torna-se completo, e a educação revela seu verdadeiro propósito: formar seres conscientes, sensíveis e capazes de ouvir até o que não é dito.”
O que existe de melhor do que ser criança?
A inocência, o riso fácil, a leveza de viver sem os medos que o mundo insiste em ensinar. Ser criança é o primeiro passo rumo à liberdade.
É descobrir o mundo com curiosidade, transformar o simples em mágico e enxergar beleza até nas pequenas coisas. É ser feliz com o que já nasce dentro da gente.
Quem dera pudéssemos guardar um pedacinho dessa fase pra sempre, pra lembrar que a vida pode ser leve, colorida e cheia de encantos, mesmo depois que a gente cresce
Sob o manto do sentir, a dualidade me veste:
Eu sou a criança que teme o trovão discreto
E o insensato que na fúria da onda investe.
Medos bobos me tecem, coragens me dão o veto.
Lembra da primeira vez?
A escola, o beijo, o amor, o salário...
Lembranças que chegam com lucidez,
Um processo de saudades involuntário...
A Menina e o Cachorro
Uma criança brinca com um cachorro
no meio da praça.
Na Praça do Patriarca,
foi lá que eu vi.
Entre cinco e seis anos de idade,
tinha a criança.
Igualmente jovem era o animal.
A garota abraça, beija,
se desmancha em carinhos...
O cachorro retribui lambendo animado
o rosto da menina.
Os dois caem,
rolam no chão.
A menina ora por cima do cão,
ora por baixo.
Alguns pedestres param,
observam, riem, tiram fotos,
maravilhados com a beleza da cena.
Outros, apressados,
submersos em seus problemas,
incapazes de enxergar o mundo à sua volta,
passam sem nada perceber.
Uma mulher se aproxima,
afaga a cabeça do cachorro.
A menina se levanta,
fica de pé, imóvel, séria.
Em sua seriedade,
o esboço de um sorriso enigmático,
quase imperceptível,
me fez lembrar Mona Lisa.
Com o olhar fixo na mulher
acariciando o pequeno animal,
a menina parecia esperar sua vez
de também receber carinho.
A mulher, no entanto, se levanta,
faz um último carinho no cão, arruma a blusa,
ignora a criança e vai embora,
diluindo o sorriso de Mona Lisa da menina,
que a acompanha com o olhar desapontado.
E eu, que a tudo assistia, pensei:
— Infelizmente é assim que nós estamos agora!
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Nascida em meio à pandemia, em 2020, esta crônica em versos descreve uma cena real: uma garotinha em situação de rua e seu cachorro, na Praça do Patriarca, em São Paulo.
Não são necessariamente as palavras, mas, cada ação de um adulto é uma aprendizagem para uma criança!
De pés no chão a professor
Fui criança de pés descalços,
sonhando com horizontes distantes.
Entre cadernos simples e risadas,
aprendi que o saber abre caminhos.
A vida me moldou em silêncio,
com desafios, quedas e recomeços.
E em cada passo, em cada lição,
crescia também minha paixão.
Hoje, ao entrar em sala de aula,
carrego comigo aquela criança.
Sou professor — fruto da esperança,
carregando no peito ainda o sonho de criança.
Lembro-me da primeira escola, e também da primeira professora,
Era um mundo novo e imenso,
mas cabia inteiro na palma da mão,
entre letras trêmulas e números tímidos,
nascia o sonho, brotava a paixão.
Mas, como nem tudo são flores
Veja bem a situação,
Me entrou na mente
Que ali não era o meu lugar,
E a escola naquele ano deixei de frequentar.
Mas como o destino estava traçado
Para a escola voltei,
carregado de histórias, sonhos e esperanças
de quem passou a acreditar na educação
É sentir que cada lição do passado
me preparou para estar aqui, presente.
Não esqueço de uma frase que minha mãe sempre falava “ quero ver um filho meu formado”
era um sonho costurado com amor,
era a esperança de dias melhores.
Para aquele menino de pés no chão
Não era só um diploma,
Mas a oportunidade de transformar a vida com dignidade.
Com isso me fez perceber que a vitória não era só minha e sim dela também.
Hoje me vejo um homem realizado,
Bem vestido e bem calçado,
Mas jamais esquecerei do meu passado
De um menino de pés no chão,
De um sonho de uma mãe profetizado,
Do barro nasceram meus passos,
do estudo, a esperança cresceu.
E hoje, com orgulho e amor,
o menino tornou-se professor.
Maurilio de Jesus.
“Comunicar-se ao nível da criança transforma autoridade em diálogo, e atenção em vínculo duradouro.”
Como fazer educação?
Como fazer educação se, na escola, não se tem educação?
Portas são fechadas com uma pedra.
Tomadas escassas, às vezes nem funcionam. Enquanto isso, os alunos se olham, esperando que algo aconteça. Alguém diz: “Professor, não se preocupe, vai dar certo.” O professor, já suando, responde: “Sim, vai dar certo.”
Mas a extensão é curta demais, o datashow não alcança. Logo, nada feito.
Como fazer educação em uma sala que comporta 40 alunos, mas tem somente um ar-condicionado? O calor é intenso. Os alunos se amontoam uns em cima dos outros, tentando alcançar aquela mísera porção de ar. Como dizia Foucault, a escola se assemelha a uma prisão. E olhando para esta sala, é impossível discordar.
Alunos não podem sair. Não podem usar celular. Têm que escrever sem parar e, diante das adversidades, como consequência ou não, agem com má educação.
Como fazer educação se não conseguimos nem mesmo terminar a chamada com a voz íntegra? Nem muito menos dar nossa aula.
Como fazer educação se, nas salas, não há internet? E, se quisermos fazer uma aula diferente, precisamos usar nossos próprios dados móveis, que, em quinze minutos de uso intenso, acabam antes de o vídeo da música do Michael Jackson terminar.
Como fazer educação se os superiores não têm empatia com os professores e muitas vezes agem de maneira insensível ou hostil? Professores com ansiedade, depressão, burn-out… ninguém nos vê.
Dados não definem como fazer educação.
A educação não está sendo feita.
O professor já não aguenta o pré, o durante e o pós-aula.
Não há como fazer educação assim.
A educação pede ajuda. A educação pede que alguém nos ensine a ensiná-la.
“A Escola é mais do que mero conteúdo.”
Embora não goste de Marxismo, é “História.”
Embora não concorde com o Socialismo,
é “Geografia.”
Mas falando em bom “Português “, cada um tem a sua “Ciência”, usam até a “Matemática “ para provarem o seu ideal, que diga-se de passagem, muitas vezes não rola a “Química “ né.
Esse ser humano é cheio de “Artes” e nem a “Física de Einstein explica tanta “Filosofia.” Utilizam muitas “Letras” pra dizer coisa alguma. Depois procuram a “Psicologia “ pra se livrarem da frustração.
Quem sabe agora, com um pouco de “Moral e Cívica “ aprendam também “OSPB”.
E pra findar essa “Redação”, esse ser humano devia se atentar que o que leva esse país ao Progresso é simplesmente a “Educação “.
“A arte de pensar se lapida na escola, com bons educadores.”
Tenho dito!
⚜️O Carpinteiro.
Meu perdão
Eu me perdoo porque não tive quando criança a estrutura necessária.
Eu me perdoo porque culpei por muito tempo pessoas que achava ser necessário quando na verdade não eram.
Eu me perdoo porque por um tempo não conseguia ver a beleza da vida nos detalhes.
Eu me perdoo porque me isolei achando que seria o melhor.
Eu me perdoo porque me vesti com uma capa de fúria achando que era a solução.
Eu me perdoo porque amei pessoas mas do que a mim mesma.
Eu me perdoo porque falhei com a minha essência.
Não quero água, luz e gás de graça. Eu quero escola, capacitação, trabalho e bom salário.
Benê Morais
A conclusão de um poema espreita
o bobo poeta entretido com o ser criança das palavras convidadas pra
brincadeira de serem emoção em vez
da coisa catada do alfabeto, elas entram na brincadeira fluindo nos versos dizendo olha tio, pro poeta,
a catada não cata ela veste essa, e de
fantasia em fantasianesse universo
de repente o Booo! no começo longe da tia chata da norma padrão...
a explosão da palavra criança
o que é um fantasma?
e um dinossauro?
Leonardo Mesquita
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