Filósofos

Cerca de 6150 frases e pensamentos: Filósofos

Se o povo é analfabeto político, tanto faz ter democracia ou não, entra nos grilhões da mesma forma.

Inserida por AntonioMatienzo

Passei quase 50 anos de vida para incorporar o óbvio: que acordar cedo faz o dia render mais, e que insistir no fácil costuma ser o mais difícil.

Inserida por AntonioMatienzo

A evolução prefere o devido mais débil ao indevido mais vigoroso.

Inserida por AntonioMatienzo

Desde o alvorecer da nossa espécie, o avanço tecnológico tem causado resultados benéficos e maléficos à humanidade, mas nenhum deles me pareceu ser tão constante e garantido quanto a maléfica "concentração de poder exploratório". E isso não pode dar em boa coisa.

Ninguém sabe quando e por qual meio ocorrerá o fim da nossa espécie, mas não há dúvidas que ele decorrerá dos implementos tecnológicos humanos que, somados, resultaram na concentração de poder e na potencialização dos nossos atributos morais. O que não significa que nossos atributos nocivos sejam mais recorrentes que os benéficos, mas que causar estragos é incomparavelmente mais fácil e rápido do que causar benefícios.

Tal regra dificilmente será quebrada, o que parece apontar para o "fim dos tempos" da nossa espécie. Nesse fim, imagino que a humanidade não conhecerá Deus, mas justamente demônios.

Inserida por AntonioMatienzo

O humano passou a ser humano quando deslocou o sentido de si
da realidade
para a representação da realidade

na linha de tempo da evolução, isso parece coincidir com o surgimento do neocórtex no nosso cérebro, de 1 milhão de anos para cá, coisa que os outros mamíferos não tem,

a capacidade de conceitualizar se tornou vantajosa evolutivamente, dando sobrevivência aos indivíduos mais "teóricos" (mais capazes de construir artefatos, atacar, se proteger, etc)

A desvantagem é que esse "ser conceitualizador" passou a ser vítima dessa sua própria racionalidade. A razão propiciou enorme ajuda para resolver suas necessidades básicas, mas acabou trazendo o efeito colateral de "criar" uma quantidade potencialmente infinita de novas necessidades, e a principal dessas "novas necessidades" é precisar de uma "razão para viver", enquanto os outros animais simplesmente vivem, aqui e agora. Como disse o genial Sêneca, "o homem sofre antes do necessário, sofre mais que o necessário".

Esse vazio humano está expresso em todas as épocas e lugares, e cada cultura procurou dar um jeito de resolver isso.

O Gênesis bíblico relata uma expulsão do Paraíso, que pode ser interpretado (pelo menos eu interpreto) como a expulsão de uma época onde as coisas tinham somente a dimensão e a importância que deveriam ter, sem racionalizações superiores (árvore do conhecimento)... e essa narrativa está no berço da tradição ocidental, que atribui a causa de tudo a poderes transcendentais (sobrenaturais) aos quais deveríamos nos conectar para nos salvar.

Os distantes orientais certamente sofriam do mesmo "vazio" que nós, mas buscaram explicações na natureza em si, tentando compreender a organização do universo, ao invés de cogitar forças externas a ele. A salvação do sofrimento terreno (para hindus e budistas) estaria muito mais em corresponder aos desígnios da evolução do que aos interesses individuais, onde o "não-pensar" (meditação) seria muito útil.

O sofrimento é algo tão intrínseco à natureza quanto o nascimento, o amor e a morte. Tudo indica que o advento da razão humana foi um acidente evolutivo utilizado basicamente como tentativa de mitigar o sofrimento da própria espécie. Mas não se pode eliminar da vida algo que é intrínseco a ela, assim essa “razão” começou a se caracterizar como um “elemento estranho” na natureza, como um câncer quer se amplia até hoje.

Esse desvio próprio da espécie humana acarretou na artificialização do planeta inteiro. Atualmente 3/4 de todo o tecido vivo da terra já tem interferência direta humana, E toda ciência ambiental demonstra que no século XX violamos perigosamente a capacidade dos recursos naturais se sustentarem.

É uma bola de neve: Humanos infelizes buscando caminhos para amenizar sua infelicidade, gerando um aumento na infelicidade geral.

O mundo mudou nos últimos 150 anos mais do que em toda a história da humanidade. E dá para apostar que essa velocidade de mudança só tende a aumentar.

No que vai dar? Não estaremos aqui para ver.

Todos estamos nos equilibrando entre o que devemos fazer para nossa própria satisfação e o legado que deixaremos para as dores do mundo. Cada qual conforme suas características pessoais, Cada qual no seu caminho. A somatória de tudo irá compondo os resultados.

O único paraíso que minha insignificante individualidade encontrou foi observar e vivenciar o inocente amor que os animais vivenciam.

Inserida por AntonioMatienzo

Considerar-se do “lado do Bem” é uma das predisposições humanas mais clássicas para praticar “o Mal”.

Considerar-se do “lado do Bem” pode até nos trazer (por algum tempo) autoestima e conforto interior, mas inevitavelmente coloca alguém do “lado do Mal”. Eis o problema. E, assumir (por antecipação) que pessoas pertençam a um "lado do Mal” configura óbvia corrupção para o juízo e perigosa predisposição para praticarmos justamente… “o Mal” que dizemos combater.

Frases típicas de quem se vê do “lado do Bem”:
- Quem come carne é indiferente ao sofrimento.
- Políticos de direita são maus para a sociedade.
- Ateus são pessoas desencaminhadas.

Seguindo o raciocínio acima, temos uma demonstração paradoxal: só poderá existir “lado do Mal” em torno de princípios definidores (eles próprios) de um “lado do Mal”, visto que promovem preconceito em si mesmos (exemplo: nazismo). Salvo esses casos, só se pode verificar “Bem” e “Mal” em atitudes, porquanto inserem ou retiram sofrimento do mundo.

A tendência para inferiorizar quem não pensa como nós (ou não consegue enxergar o que nós conseguimos) certamente existe porque é uma postura bem mais cômoda do que exercer nossos tais “princípios bons”, um truque para elevar artificialmente nossa reputação moral e uma desculpa para nossos instintos vis.

Inserida por AntonioMatienzo

O maniqueísmo é o par perfeito do egoísmo. Ambos devidamente maquiados, perfumados e infiltrados nos valores mais caros às nossas sociedades, e desoladoramente ensinados às nossas crianças desde o berço.

Em tese, seguindo a ideia de que o argumento e a demonstração triunfam, seria possível transformar os valores da sociedade através do diálogo. Mas, na prática, o diálogo é ferramenta débil perante o contrafluxo das paixões. Assim os valores, quando não custam a progredir, não progridem.

Inserida por AntonioMatienzo

O processo evolutivo conferiu à espécie humana um poder de conceitualizar e solucionar tão grandes que expulsaram-no do paraíso selvagem do tempo presente, arremessando-o em um limbo cíclico e infinito de conceitualizar e solucionar problemas, gerando novos problemas, ad infinitum.

E foi justamente Na tentativa de escapar desse ciclo que alguns homens precisaram desenvolver o amor e a compaixão de uma maneira nunca antes existente no mundo. Na busca de sua pacificação interior, o homem conseguiu contrapor seus próprios horrores internos cim um elemento inexplicável pela concepção materialista de evolução, que vem a ser o altruísmo genuíno.

Os animais endotérmicos gozam de Potenciais afetivos similares aos humanos, normalmente restritos ao seu grupo basicamente Como resposta necessária à sobrevivência. E para a felicidade deles, não desenvolveram nenhum tipo de carma cerebral como o homem. Assim, não lhes foi necessário desenvolver o altruísmo no nível que desenvolvemos (capaz de beneficiar muito além do seu grupo). A condição selvagem dos animais lhes submete a severos riscos e hostilidades, mas suas mentes regulares de certa forma os protegem, limitando seu sofrimento ao tempo e à quantidade inevitável. O homem conseguiu se cercar de seguranças e amenidades, mas se tornou vítima de sua compulsão solucionadora, que lhe tira a paz.

Assim que coisa singular aconteceu na relação doméstica entre homens e animais endotérmicos. Esses animais, quando expostos a um ambiente não-selvagem propiciado pelo homem (livres do permanente alerta pela sobrevivência e expostos a afetos favoráveis permanentes) incorporam o amor sem as contrapartidas do conceito e da dúvida. Ou seja, colhem o benefício simultâneo do cérebro equilibrado e do ambiente altruísta. Por isso percebemos o amor dos animais como diferenciado, e temos nesses animais a condição de seres elevados, capazes um amor puro e pacífico como nós homens não somos capazes de experimentar. Em outras palavras, se configuram nos seres reais mais próximos daquilo que nas representações ficcionais humanas São denominados como “Anjos”.

Inserida por AntonioMatienzo

Os fundadores de todas as religiões primeiramente desacreditaram em todas as religiões.

Inserida por AntonioMatienzo

Penso que o desafio em si do convívio é, no fim das contas, um só: um estar como quer (ou pode)... e o outro simplesmente aceitar. Porque esse é o direito (ou a possibilidade) de cada um... ainda que tal exercício faça mal ao outro.... exatamente como se fosse algo injusto ou proposital. Eis o absurdo sem solução dos relacionamentos.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠O Deus e o Diabo reais (se quisermos chamar assim) não cabem em 1 milhão de páginas, mas cabem inteiramente em único ser humano.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠A crença é prima-irmã do preconceito. Bom seria que não as tivéssemos desde o início, visto que ambos só distorcem a realidade e uma vez inculcados são difíceis de remover.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠A ideia de autossuficiência para um ser gregário como o humano é a falácia capitalista mais propriamente dita possível: finge trazer a verdade para lucrar em cima da infelicidade.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠Sofrimento superado é satisfação vitalícia.

Inserida por AntonioMatienzo

O paradoxo do estado democrático.
As divergências político-partidárias representam uma disputa (falando de uma forma extremista) entre ricos que querem ser sustentados pelos pobres contra pobres que querem ser sustentados pelos ricos. Grosso modo, são essas duas classes: a dos poucos com muito dinheiro e a dos muitos com pouco dinheiro. No retrospecto histórico evidentemente a primeira classe tem colhido mais vitórias.
Nas democracias existe entretanto uma terceira classe, a “classe política”, que representaria as divergências ideológicas. “Representaria“ porque costuma representar precariamente tais divergências, por estar majoritariamente comprometida com o benefício da própria classe, se associando com a classe rica quando quer dinheiro, e se associando com a classe pobre quando quer poder. Enquanto a sociedade (representada genericamente por essas duas classes), se beneficiaria do acordo social, a classe política colhe dividendos justamente do desacordo, o que a torna potencialmente inimiga das outras duas classes.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠⁠A ideia da salvação religiosa provém da preguiça da alma, e até o bem-estar meditativo (ou paz interior) são cura provisória. O espírito se manifesta na recorrência da força de vontade.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠Não quero cantarolar falsas esperanças mas vejo o veganismo como norte sem volta para a humanidade porque os argumentos estão vindo de origem bem diversa (espiritual, ética, ideológica, ambiental etc ). Nesse movimento, muito atrapalha querer que o outro seja vegano pelos mesmos motivos de si, mas isso é da natureza humana. Boicotando a desgraça dos animais já bastaria por ora, diferenças resolveríamosno caminho.
Costumo dizer que a humanidade segue uma linha natural de evolução só alterada em períodos de catástrofe. E quais são as catástrofes que mais se assomam no horizonte? Colapso de recursos e colapso do capitalismo. E ambas as hipóteses tem a tendência de reforçar o veganismo (talvez como nunca antes). Não sei se é pra 2050 ou 2300, mas exploração não tem como prosperar indefinidamente. Estamos chegando ao pico, e dele cairemos.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠A angústia é a outra face da miséria. Se a miséria nos deixa angustiados, devo lembrar que a angústia também nos deixa miseráveis.

Inserida por AntonioMatienzo

A Era da Informação não trouxe a expansão mental esperada. A desinformação sempre concorreu deslealmente com a informação. Ambas “tecem a história da humanidade, como com uma linha dupla, uma branca e outra preta” (metáfora de Jostein Gaarder que aparentemente já não cabe na linguística de igualdade racial rss).
Sonhamos com uma Era de Aquário (onde o “bom senso” prevaleceriá, ou prevaleceria), mas fora dos casos isolados e da fé humanista fica difícil imaginar a prevalência da paz, quando o que mais observamos historicamente não foi muito além de um “caos de sensos”.
Só a transformação pessoal produz transformação mundial. O desafio à fé é ver historicamente a Potência Humana majoritariamente a serviço dos grandes manipuladores de mentes.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠A PRAGA de todo movimento progressista são os adeptos que estão nele por vaidade. Qual o coerência de estar num movimento de INCLUSÃO para (no fundo) se sentir superior, só apontando o dedo e focando nas diferenças internas?

Inserida por AntonioMatienzo

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