Filha mais Velha
"Diz uma velha e distorcida crença.Que o dinheiro é coisa do diabo.
Agora! quem quiser ver mesmo o diabo é só ficar sem ele"
MUTILADOS RUBROS DE VINHO
Restos mutilados na velha cor dos rubros vinhos
Gramática desarticulada acompanhada de lágrimas
Rasga a mortalha do peito no último arrependimento
Nas brumas dos caminhos esta o gemido silencioso
De um tonto místico profeta, na sua liturgia angustiante
Cicatrizes abertas no trilho da memória do sítio incerto
Tecerei uns sonhos irreais como feridos de batalhas perdidas
Penetramos no sentido da vida seríamos menos miseráveis
Nos anseios os tigres de garras que dilaceram o pior pesadelo
Duvida do suor com as lágrimas salgadas pedaços de si mesmo
Pobres de palavras para exprimir a mentira na dor do que
É escuro, sujo sem o conforto nas horas de sofrimento na verdade
Do tempo, de uma alma plantada do mundo que anda perdida
Não tem norte, nem vida, sente-se já crucificada dolorida
Sem sorte, sem sonho, sem destino, restos mutilados
Numa gramática de batalhas, esquecidas, perdidas
Escondidas no sentimento de uma alma em luto
Sem nunca ser compreendida nos rubros vinhos de cor.
Sabe o que causa aquela sensação de que estamos vivendo mal?
Comparação!
Isso mesmo, aquela velha formula de querer nos comparar com os outros, a nossa vida, situação, e tudo mais.
Por isso apenas viva, você foi plantado aonde deve florescer, sempre !
Ainda menino brincava com uma prima através de uma velha cerca de bambu que separava nossas casas, éramos proibidos de frequentar um a casa do outro por motivos que não entendíamos. Mas sempre brincávamos com bichinhos de plástico, através de um buraco na velha cerca... existia amizade sincera e alegria de viver.
Não devemos separar as crianças por nossas vãs diferenças. Afinal, nem mesmo a intolerância dos adultos impede a inocência das crianças com uma cerca de incompreensão. Pois nas crianças está a pureza de coração e o mais perfeito louvor a Deus.
VELHA MORTALHA
Mar velho feito em mortalha
Que na fria carne rasgada
Embalsamas todas as dores
Entre os murmúrios tristes
Voz escura na calada garganta
Nas tramas obscuras da queda
Ondas serenas de maremotos
Nos carinhos remotos em fúria
Lágrimas tuas em gritos roucos
Tormentas tolas numa ambrósia
Vagos espaços nas lentes perdidas
Os arcanjos cantam proclamam amor
Pobres vidas perdidas nos enigmas
Velha mortalha feita no profundo mar
Entre os portões de ferro nos sonhos
Transladam o delírio no fim risonho
Velho mar que embalsamas a mortalha
Dos erros das tristezas em murmúrios
Voz calada nas tramas obscuras da vida.
Velha casa de meus pais,
Eu não te esqueço jamais
Por esta existência em fora,
Só porque tu me retratas
As fantasias mais gratas
Daqueles tempos de outrora!...
Mamoeiro! Bananeira!
Joazeiro! Goiabeira!
- Que cinema sem igual!
Jogando sobre as alfombras
Um rendilhado de sombras
Na tela do teu quintal!
E aquela batida longa
Da cantiga da araponga
Que entre os rasgos do concriz
E os estalos do canário
Ia formando o cenário
Daquela quadra feliz!
Mas o tempo - este malvado!
Para matar o meu passado,
Numa explosão de arrogância,
Jogou de encontro ao mistério
Toda a beleza do império
Dos sonhos de minha infância!
Árvores, pássaros, tudo
Rolou para o poço mudo
Do abismo do nunca-mais!...
Enquanto a sonoridade
Dos gorjeios da saudade
Se esparrama em teus beirais...
Por isso em tuas janelas,
Em tuas portas singelas
E em cada vidro quebrado,
Onde a tristeza se deita,
Vejo uma réstia perfeita
Das estórias do passado!...
Ai velha casa sombria
Quem, nesta vida, diria
Que aquele céu sucumbisse,
Que aquela fase passasse,
Que aquela ilusão fugisse
E que não mais voltasse!...
Na festa descolorida
Da paisagem destruída,
Aos olhos da Natureza,
Só tu ficaste de pé
Confortando a minha fé!
Matando a minha tristeza!
Velha casa desolada
Guardas na tua fachada
Uma indelével lembrança
Dos meus dias de quimera,
Das rosas da primavera
Que plantei quando era criança!
E agora que o sol se pôs
E a bruma envolve nós dois
Na sua atroz densidade
Enfrentemos a incerteza
Tu - conduzindo tristeza!
Eu - transportando saudade!
'NASCER'
Chegamos tão frágeis e a alma tão pequenina. Surgimos vibrando no trapézio. É a velha vida que brota do espanto e vem aos poucos, despercebido, nos cantos/melodias...
Não se demora e o 'tempo' torna-se declinante, com seus batimentos cansados impedindo o contemplar das imagens que criamos. Almejamos obstinados os dias que sugamos, imperceptíveis, se espairecem nas varandas, estafados, avistando paisagens íngremes, com seus ciclos e fim definidos...
Para onde foram os sonhos/invenções? Asfixiados, estão vagando nos túmulos. Expirando-se no tempo que resta. Poema desbotado, patéticos na gaveta adormecida. E os círculos sem impressões ofuscam o azul dos horizontes. O azul que sonhara-se de início, nas montanhas, sentado sob o luar maravilhoso, estarrecedor...
Novos nascimentos quebram o silêncio inesperado. Relatando-nos que ainda resta esperança no choro. No afago materno. Na alegria que inflama a alma quando da primeira respiração. Quando abraçamos o mundo minúsculo e tão vasto. Quando apertamos as primeiras mãos e dizemos: estou 'pronto' para exalar a vida que dar sonhos e para os sentimentos que encapsulam os dias no frio...
A velha canção "Le coline Sono in Fiore",
trilha sonora da infância distante...
veio-me à memória...
Papai a colocava para tocar, na velha vitrola,
e tirava mamãe para dançar!
ela, fazia-se de zangada,
mas se percebia, pela troca de olhares,
que adorava aquela doce brincadeira...
Terminada a canção, mamãe escapava para
seus afazeres, não sem que, ele, lhe aplicasse
um tapa no bumbum...
ao que ríamos até não mais poder...
Há muito eles se foram
mas, o seu amor deixou tanto encantamento!
e ensinamentos de como viver a dois...
Amavam-se sem complicações... podia-se
ouvir suas longas conversas, recheadas de
gargalhadas...Quanto a nós, seus filhos,
herdamos deles, a leveza, o bom humor
e a certeza de que é possível viver feliz a dois,
se houver um real desejo de bem viver.
COISAS DA VIDA
Uma velha escada de ferro.
Prédios caindo aos pedaços, abrigam pessoas abandonadas ao próprio destino.
Em meio a este caos urbano,
com seu azul imponente, o mar, ao longe, testemunha a desordem e as contradições daquele lugar.
O ar fresco e agradável de uma tarde no fim do outono,
a paz e a discrição tão cúmplice de quem busca a solidão,
torna o ambiente propício para momentos de confissões sofridas, entregas inesperadas e lágrimas que aliviam a alma.
Duas pessoas praticamente desconhecidas, compartilham uma cumplicidade, vinda não se sabe de onde.
Há um entendimento entre as retinas que dispensa explicações.
Os olhos buscam-se a todo instante, ao mesmo tempo que repelem-se, tentando não sucumbir ao desejo de um contato físico acolhedor.
A relação entre eles, é de quem busca um refúgio emocional, um lugar para se esconder da rotina diária que consome tempo e saúde.
Buscam entre sí um pouso, querem descansar a cabeça da ciranda da vida, que por vezes tira todas coisas do eixo, com o único objetivo de colocar tudo no seu devido lugar.
Ano novo! Vida velha.
Todos os anos gosto de promover uma limpeza mental onde proponho o seguinte:
Renovar nossas praticas diárias com mudanças de atitude. Onde o principio de toda a mudança é adotar novo comportamento que julgo primordial numa evolução: Decidir a partir do agora não julgar nada no dia-a-dia. Livrar-se das velhas atitudes, Ao deitar-se ter como oração a limpeza da mente afirmando que oque foi feito de errado a partir daquele momento serão todas perdoadas. Ter a certeza de que somos esperiênciadores de tudo que há na vida e que somos eternos aprendizes.
Rasgar ainda que em pensamento, ou queimar tudo que está em excesso e ter o propósito de não acumular nada, nem sentimentos principalmente os medíocres.
Carregar como metas mentais só o Amor e a paz, deixando de lado a não aceitação de adjetivos preconceituosos ou depressivos. Nunca permitir que o outro seja nem coadjuvante nem mentor de qualquer coisa que possa perturbar nossa Paz.
Afirmarmos ainda, que somos o porteiro de nossas vidas e ter consciência de que só entra em minha vida alguém ou algo que EU decidir.
E o principal, manter como primeira atitude a dignidade, o Amor e a Paz. Onde nada será maior que tais propósitos.
A principal das principais é a doação. É o dando que se recebe, e amando o próximo igualmente a nós que seremos felizes, e não há no Universo lei de felicidade igual ou maior que esta.
Se bater saudades, me procure no velho banco da praça, ou até mesmo atrás da velha estação, se eu não estiver me procure naquele lugar que costumávamos sentar para pensar na vida. Mas se a tua saudade for maior, bata na minha porta sem hora ou qualquer desculpa planejada, apenas bata. Que por ti eu sempre estarei a espera.
Casinha velha
abandonada
na beira da estrada...
quantas histórias
tristes e alegres
ali foram vividas
talvez deixadas
até levadas
seguindo a vida...
mel - ((*_*))
"O corpo, tal qual uma velha capa de chuva, já sem uso, deve ficar aqui estendido no chão, e apenas a alma elevada continuará rumo ao abraço do pai, numa demonstração de alegria por ter retornado pra casa...Vivo com essa certeza".
É velha amiga a vida não é só engraçada, ela brinca de esconde-esconde, pula-pula, cabra cega, amarelinha, e outra mais - Porém te ensina que nem tudo é imaginação. Te leva a lugares inimagináveis basta você se deixar levar. Mas cuidado de repente podes acabar ausente da mesma onde tudo é meramente ilusório. Não achas?
Gosto de gente velha
Gosto de conversar com gente velha
Eles sempre sabem muito
E tem muito pra ensinar.
MÓBILES
Demétrio Sena, Magé - RJ.
É tristonho romper uma velha empatia,
desatar algum laço que nunca existiu,
porque foi fantasia de pano abstrato;
foi apenas um sonho sem razão de ser...
Dei meus gritos em vão pra caverna sem fundo
que jamais emitia recibos de voz,
uma foz desaguou a esperança no abismo
e perdi a visão do paraíso em ti...
Pendurava meus móbiles no teu silêncio;
só queria pensar que te ouvia dizer
pra entrar e fazer o meu ninho em tu´alma...
Mas os ventos varreram qualquer ilusão,
pela vasta erosão enxerguei a distância
dessa proximidade que nunca existiu...
Sobre aquela velha frase “quando o relacionamento se acaba, nada verdade nunca se amou”? Não acho que seja verdade. Não é porque o relacionamento entre duas pessoas não deu certo, que não houve amor entre elas. Talvez só não era para dar certo mesmo, certas coisas não tem explicação. Talvez era só para se apaixonarem, se amarem e terminarem, levarem como aprendizado. Certas pessoas gostam muito uma da outra, porém não estão destinadas a ficar juntas, suas personalidades e seus caminhos são tão diferentes que não conseguiram se conciliar. Às vezes por mais que exista o amor, o relacionamento entre as pessoas se desgastam, se cansam, a convivência começa a não dar certo e o relacionamento não passa mais a ser uma coisa única e especial, passa a ser rotina, dia a dia, obrigação. E isso não quer dizer que não tenha tido amor. Existe amor até mesmo nas relações mais improváveis, mas talvez o problema é que não exista amor o suficiente de ambas as partes para aguentar um relacionamento longo e duradouro, ou um amor forte o suficiente para seguir mesmo com todos os obstáculos. Mas nem por isso deixa de ser amor. Existem várias formas de sentir, existem várias formas de amor. Cada relacionamento, independente do seu tempo de duração, é único e especial do seu jeito. Cada relacionamento tem sua forma de amor, sua forma de sentir. Existem inúmeras formas de amor e inúmeras formas de ficar junto, independente de estar ao lado fisicamente. Amores intensos, amores calmos, amores agitados, amores tranquilos. Só porque o relacionamento se desgastou e chegou ao fim, não quer dizer que foi por falta de amor, na maioria das vezes é chega ao fim por falta de fé, por falta de esperança, por falta de gestos, por falta de atitudes. Relacionamento nenhum sobrevive somente com amor dito em palavras. Houve amor. Não foi intenso o suficiente para dar certo, mas houve.
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