Ferir Alguém
Ore por aqueles que tentam te ferir, porque cada oração é uma semente que Deus usa para transformar corações.
O impossível pode até te ferir, mas é ele quem abre as portas para você ir além de todos os seus limites conhecidos.
Quando se sentir um caco, tome cuidado!
Pois os seus cacos tendem a ferir
A quem te ama e te oferece ajuda!
Na busca pela cura interior,
Permita-se estar no silêncio e no recolhimento,
Tal como um vaso que aguarda com paciência
O agir do Oleiro!
(Do Livro: O Aleph, a poesia de José de Deus)
O Grito Invisível
Grito em silêncio para não ferir,
mas cada ausência é um porvir.
Quem não escuta, não sabe a dor
de quem sorri sem ter amor.
Não entendo a escolha de ferir com palavras ou atitudes. O que se ganha tentando apagar a luz de alguém? Nenhuma dor alheia deveria ser fonte de alegria. Cada gesto, cada mensagem tem poder — que seja para levantar, nunca para diminuir. No coração que carrega amor, não há espaço para atitudes que machucam. Que a gente aprenda a ser ponte, e não pedra.
"A falsidade pode ferir, mas também nos ensina a dar mais valor à pureza dos vínculos verdadeiros."
"O inimigo que se disfarça de amigo não pode ferir a alma, pois o verdadeiro amigo nos torna mais fortes, não mais frágeis."
Minha maior ferida foi te ferir
Minha maior alegria foi te fazer feliz
Minha maior dor foi causar suas lágrimas
Minha maior riqueza foi te provocar risadas
Minha alegria é te amar
Minha tristesa é que quem ama também pode errar
Minhas lágrimas caem por ter te magoado
Mas oro e torço pra por ti ser perdoado!!
(ÁG)
Tentaram me machucar.
Tentaram me enlouquecer, me ferir, me destruir.
Mas esqueceram… que eu já havia morrido por dentro
no dia 11 de setembro de 2001.
Enquanto o mundo assistia em choque às Torres Gêmeas desabando,
eu desabava por dentro.
Fui deixada sozinha, sangrando num hospital, entre a vida e a morte.
E naquele lugar frio e indiferente, meu filho partiu.
Esqueceram que o que manteve meu corpo em pé
foi a alma despedaçada… sustentada pelo amor.
Mesmo fraca, quase sem vida, eu fui.
Fui registrar o nome do meu filho —
um nascimento que durou um sopro,
seguido, no mesmo instante, por uma certidão de óbito.
No velório, enquanto o mundo seguia alheio à minha dor,
eu cheguei até ele.
Arranquei uma a uma as flores que cobriam seu corpinho.
Tirei com minhas mãos a roupinha que eu havia comprado com tanto carinho
para levá-lo para casa nos braços —
e, em vez disso, o acolhi em meus braços no silêncio do luto.
Aproximei-o do meu colo, encostei-o aos meus seios,
que ainda carregavam o leite da vida.
O calor do meu corpo encontrou o frio da morte.
E naquele instante… todo o amor do mundo gritou em silêncio dentro de mim.
Beijei sua testa gelada com a ternura de quem ama além da vida,
além da carne, além do tempo.
E o devolvi ao seu pequeno caixão, com as mãos trêmulas
e a alma em pedaços.
Essa foi — e sempre será — a dor mais cruel que um ser humano pode suportar:
amar profundamente… e ser forçado a sepultar.
--
Essa é a minha história.
Eu sou Aline Caira.
E o nome do meu filho que partiu era Hanthony Savilly.
Enquanto o mundo chorava pelas Torres Gêmeas,
eu chorava pelo meu mundo que havia desabado dentro de mim.
Ferir por dentro
Dói acordar com o peito em pedaços.
Dói sorrir quando o coração sangra.
Ninguém vê a batalha escondida,
apenas a máscara que disfarça.
O silêncio engole o grito,
e a alma arde em segredo.
Ser forte não é não sentir,
é continuar de pé,
mesmo sangrando por dentro
Naldha Alves
