Felicitações Casamento

Como somos insensatos, queremos tudo conquistar, como se tivéssemos tempo de tudo possuir.

A necessidade é a melhor mestra e guia da natureza. A necessidade é terna e inventora, o eterno freio e lei da natureza.

O tempo e a paciência são dois eternos beligerantes.

O desejo de conquistar é realmente muito natural e comum; e, sempre que os homens conseguem satisfazê-lo, são louvados, nunca censurados; mas, quando não conseguem e querem satisfazê-lo de qualquer modo, é que estão em erro, e são merecedores de censura.

O amor, para ser belo, não precisa de ser eterno.

As conquistas são fáceis de fazer, porque as fazemos com todas as nossas forças; são difíceis de conservar, porque as defendemos só com uma parte das nossas forças.

Nossa existência não é mais que um curto-circuito de luz entre duas eternidades de escuridão.

Quem faz o bem, conquista paz interior.

Apenas é igual a outro quem prova sê-lo e apenas é digno da liberdade quem a sabe conquistar.

A glória deve ser conquistada; a honra, por sua vez, basta que não seja perdida.

O preço da fidelidade é a eterna vigilância.

Quando estamos motivados por metas que têm significados profundos, por sonhos que precisam ser realizados, por puro amor que precisa se expressar, então nós vivemos verdadeiramente a vida.

Mais vale um homem lento à cólera do que um herói, e um homem senhor de si do que o conquistador de uma cidade.

A conquista é um acaso que talvez dependa mais das falhas dos vencidos do que do gênio do vencedor.

As verdadeiras conquistas, as únicas de que nunca nos arrependemos, são aquelas que fazemos contra a ignorância.

A palavra é tempo, o silêncio é eternidade.

Quando conquistou tudo o que todos querem cortejar, a pobre recompensa não vale os custos: juventude desperdiçada, alma aviltada, honra perdida, são os teus frutos, ó paixão triunfante!

A esperança é a poesia da dor, é a promessa eternamente suspensa diante dos olhos que choram e do coração que padece.

Quem mata o tempo injuria a eternidade.

Inconstância

Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...