Faz de Conta Qu eu Acredito
Confio que Deus está agindo, onde eu não posso agir.
Confio que suas providências estão a caminho, mesmo que eu não consiga ver.
Confio que me susterá, mesmo quando eu não for capaz de crer.
Sua mão, sua poderosa mão, firmemente me fará prevalecer.
Ainda que as ondas rujam e queiram me amedrontar
Ao ouvir sua voz, imediatamente vão baixar.
Sinto o calor do seu olhar, a me conduzir, a me acalmar.
Sinto o aconchego do seu colo a me ninar.
Para outra vez eu dormir!
Meu farol pode cair, mas já que é imaginação humana, eu poderia sonhar quantas vezes eu quiser durante toda minha vida.
Carol.
Ainda que eu escalasse o mais alto monte em busca da mais bela flor não encontraria uma que se compare a beleza do seu rosto quando sorri.
Eu vi também.
O jázigo dos pobres
Melancolia e saudade
Ai, a dor dos pobres homens
Ai, lá se vai minha mocidade.
Trechos curtos de longo alcance
Refletidos na luz do luar
Sereno pranto vi de relance
Também vi o amor acabar.
Sorrisos arregaçados também vi
Nas noites chuvosas vi também
Regai-me fruto de meu colibri
Jorrai meu sangue na escuridão!
Almas cansadas também atendi
Almas confusas atendi também
Ajudai o próximo como ajuda a ti
Sangrai bem pouco na imensidão!
Minha voz agora me falha
Minha visão me falha também
Erros tolos cometi na farra
Assustado, disse amém.
Já chorei por quem amava
E por quem eu odiava também
Inimigos que me odiavam,
Assustado, amava eles também.
Não me julgues por amar
Não me julgues se errei
Só me julgue se puderes
Me amar, como te amei.
Não me pinte como um santo,
Não me pinte como um rei,
Mas também não sou diabo
Sou humano e morrerei.
Eu prefiro que eu me escreva com o lápis,
porque ele é a mais pura humildade,
quando erra se apaga e corrige,
já a caneta,
é insistente e ignorante e SO pode ser corrigida substituindo-a.
com um véu de branco esquecimento...
Eu digo que você é a personificação da morte, porque desejo estranhamente tuas mãos em volta do meu pescoço. E que teus olhos persuadem, porque a partir do momento em que os olho, viro tua submissa, sem nem pensar nas consequências que teus pedidos podem me levar. Mas não há importância. Eu te devoraria metaforicamente pro resto do pequeno infinito que teríamos, de qualquer forma. Eu inventaria uma cura para todo tipo de câncer do mundo se isso me fizesse poder te levar do inferno até ao meu lado. Garoto, você é minha ruína. Interprete como quiser, mas entenda que nada é pior do que te escutar de longe e te ver perdido entre lábios vermelhos e irresistíveis. Tudo o que eu posso te dar são beijos apaixonadinhos, e amor, se tiver sorte. Talvez possa também te dar olhares amedrontados e um pouco de prazer, mas é só isso. Eu quero te levar para o fundo do mar, para o espaço, para o céu, ou inferno, se for mais apropriado. E então você descobrirá que eu anseio por você a tempo demais. E anseio por qualquer coisa que venha da tua boca, dos teus olhos, do teu corpo. Descobrirá que o que acontece em mim não é febre, e sim, desejo por você. Eu fervo por você. Eu entro em convulsão, eu decomponho. Eu enlouqueço. Eu continuo a mesma. Te faço ser minha cura. Te faço ser meu objeto se quiseres mudar as posições. Te faço sofrer. Te faço feliz. Te faço outro homem, embora você seja todo o mal e o bem em um só, de uma maneira positiva. Porque eu te vi chegar. E eu quis isso. Quis ficar eufórica, quis sair do monótono. Quis ficar acima da tua lista de prioridades. Quis ficar por baixo de você. Quis sentir teus lábios meus, fora de mim.
Quis sentir você dentro de mim.
Pensei que era inteligente por dizer o que eu pensava muitas vezes. Tem coisa mais burra que isso? Existe sempre aquela certeza boa de tô-fazendo-a-coisa-certa. Aquele orgulho absurdo em dizer eu-falo-tudo-o-que-penso. O que a gente ganha com isso? Mudando a pergunta: o que a gente ganha se gabando de dizer todo o bê-a-bá que pensa?
Cicatrizes existem, mas o rancor não mora aqui, eu garanto. Passou e pronto. E se ainda tá amassado, a gente sacode, disfarça e tudo fica bem.
Clarissa Corrêa
Enquanto eu não me convencesse que a culpa era sua, verdadeiramente sua, totalmente sua, escandalosamente sua e que era você, não eu que tinha que pedir desculpas, eu jamais seria capaz de me desligar de você. Mas agora parece que finalmente estou me desligando de você, estou arrancando essa erva daninha que era você no meu coração, estou limpando a fuligem que ficou nas beiradas, estou renovando meu coração, me renovando. Estou que nem me reconheço mais, rindo por aí sem motivo aparente, fazendo balizas desajeitadas, ocupando minha cabeça com Direito Constitucional. Estou enfim com a agenda lotada e não tem lugar nela para você, nem na minha vida, não mais.
"Minha Delicadeza eu até que tenho de sobra.
Já minha insensatez estou acumulando
nos pequenos momentos de lucidez
Que me afaga a alma
e transborda nas minhas emoções."
—By Coelhinha
Quando eu conhecei panelada, nos tempos de criança, que os anos já me levaram,panelada era comida de pobres, porque as vísceras e as tripas do boi, eram baratas e rico não dava valor.Hoje, trata-se de comida de ricos.
VIVER
Eu havia esquecido
A sensação do vento
Tocando o meu rosto
Eu havia esquecido
Que os pássaros voam
Em busca de uma suave Liberdade
Eu havia esquecido
O simples beijo de um beija - flor
Eu havia esquecido
Onde nasce o Sol ou quando surge a Lua
Eu havia esquecido
Que nesta vida levo apenas uma bagagem
O amor e a simplicidade de poder vivenciar
Momentos tristes,
Momentos felizes
Mas enfim...
Eu havia esquecido
Que não posso me esqueçer do que é belo
E de todas as oportunidades
Que DEUS me concede para poder viver.
“Vida, eu não amo” Eu amo as coisas que eu tenho. Como é que posso amar uma coisa que pode me deixar a qualquer momento, sem hora marcada?
Os meus relacionamentos nunca duram, porque tudo sempre tem um começo um meio e um fim. Mas eu sempre quero ter um pouco mais, nunca queremos que as coisas acabem, queremos que durem até a semana que vem, ou quem sabe um mês ou quem sabe ainda a vida toda.
Leon e eu somos como um castelinho de cartas de baralho, apenas um sopro para tudo se desmoronar.
Quando o vi pela primeira vez, aqueles olhos brilhantes olhando para mim, sabia que ele era cilada e que não deveria me envolver. Ele era presunçoso, metido e cheio da verdade. O rosto dele só descrevia uma coisa, o quanto ele era arrogante. Sempre me questionei como uma pessoa poderia ser tão arrogante assim? O tom de voz dele chegava até me ofender e olha que não precisava falar muita coisa. Aquela mania obsessiva de falar “aham”. Meu Deus como eu odeio pessoas que falam isso! Para mim “aham” não se resume a sim, só mostra a preguiça da pessoa a pronunciar uma simples palavra. E as manias dele não paravam por ai, ele ficava me encarando quase sempre, tirando sarro do meu sotaque de mineira, não tenho culpa se puxo mais o R em algumas palavras. Ele tem muitas outras manias, poderia até escrever um livro só que manias do Leon. Mesmo com tudo isso eu não resisti. A carne é fraca, eu sei. E acabei me envolvendo com ele, gostando dele, de estar com ele, de conversar com ele. Posso até dizer que acabei me apaixonando por ele, coisa que nunca tinha me acontecido antes. Às vezes acredito que me apaixonei pelo Leon que criei em minha imaginação. Em minha imaginação ele é perfeito, muito longe da realidade. Porque como ser humano ele é cheio de defeitos, poderia até dizer que o amo com todos os seus defeitos. Mas acredito que nem todo amor do mundo poderia suportar tantos defeitos, mancadas e vacilos. O amor é uma troca, não se pode amar sozinho. Isso não é egoísmo e nem narcisismo, mas amar sozinho é triste. Perdi a conta de quantas vezes chorei a noite procurando encontrar uma desculpa, um motivo que me fizesse tira-lo da cabeça e ama-lo menos. Não achei motivo algum, mas minhas lagrimas acharam motivo suficiente para caírem sem parar. Quando estava junto de Leon, eu sabia que ele não estava junto a mim, ele nunca esteve. Ele não é daquele tipo que se prende a alguém, ele gosta de ser livre. Liberdade creio eu é sua palavra favorita. Todo cheio da verdade sabia bem o que queria, sabia o que buscava e sabia que comigo não iria encontrar. Meu coração ele despedaçou de todas as maneiras possíveis que um coração pode se despedaçar. Deixou marcas que não sei se um dia poderão ser apagadas. Choros que não sei se um dia serão silenciado. Mas outro dia amanhece e eu tenho que me levantar, com ou sem Leon. O castelinho de cartas de baralho se desmoronou, mas esta na hora de reerguer um novo castelo.
Não digo que não me surpreendi; antes que eu visse, você disse e eu não pude acreditar...
